Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
Eu rasgo o véu que me envolvia, a túnica que por tanto tempo me transformou em alvo da própria tempestade interior. Rasgo essa capa que me fez acreditar que minhas feridas eram abismos sem fim, que me forçou a vigiar as noites até que o nascer do sol — esse espetáculo de aurora e renovação — se desvanecesse no horizonte.
Eu rasgo esse manto, essa carapaça que vesti, essa ilusão que me ensinaram a silenciar meu reflexo e negar o amor próprio. Rasgo cada fragmento embutido em mim — mentiras como correntes invisíveis, enganos como labirintos intermináveis, traições como espinhos enraizados, inseguranças como névoas densas.
Rasgarei sempre que meus olhos se fecharem, e mesmo antes de o fazer. Cada vez que a sede ameaçar consumir a essência da minha alma. Toda vez que eu hesitar diante da porta da liberdade, rasgarei a túnica do sofrimento que me condenou a viver na penumbra.
Rasgarei suas cartas, apagarei os pergaminhos das memórias que guardam a sua presença, enquanto a dor persistir, enquanto sua sombra ainda pairar. E se for preciso, rasgarei as camadas mais profundas do meu ser, até que não reste vestígio de você dentro de mim.
"Vou te emprestar meus olhos pra você vê a coisa mais linda que eu vejo quando você sorri." SORRIA... (Anônimo)
Você
Você sempre soube que eu iria amar você.
Por isso, insistiu.
Eu sempre soube que amor igual eu nunca mais terei.
Por isso, evitei.
Leticia Bravo @febredoquesinto
Mente
Nada há com o que eu concorde com tudo.
Contudo, posso assentir, se sentir, por vezes, com algo.
Malgrado os reveses que a discordância me traz, sigo questionadora, inquieta, pouco convencida, crente no que a mente dirá.
Pode ser verdade ou mentira bonita.
Pura filosofia, chuva de ideias, diálogos inconclusivos.
Não requer resposta precisa.
A criatividade só aceita sugestões.
Nada mais.
Leticia Bravo @febredoquesinto
Ideias não surgem e eu fico a deriva com uma falsa esperança de voltar para os velhos tempos onde eu apenas chorava e sequer tinha uma consciência, para os tempos vindouros que virão em prol do prazer humano e da juventude, que uma vez foi perdida com o tesouro do grande profeta. Rogo por dias melhores, por uma nostalgia que não posso ter no momento, vivo em uma ambiguidade da minha própria existência caótica em um mundo que não me pertence, vozes ecoam da essência do vazio e da loucura humana desenfreada. Luto com demônios dia pós dia e eles querem minha carne, meu ser e minha mente, seria isso um pedido de ajuda? Ou apenas uma citação de uma alma fragilizada com tanto? Apenas sei que por mais que nós tentássemos iriamos ruir em meio ao frenesi da carne e do espírito.
Decorei a mais profunda dor do meu ser e convivo com a incerteza do amanhã e a certeza da noite fria. Meu coração clama por sua atenção e carinho entretanto não posso ter minha dose de felicidade momentânea tão cedo, o sol já se pôs e eu sequer pude ler seus juramentos naquela folha.
Eu re-signifiquei minha vida ao perceber que cada desafio é uma oportunidade de crescimento. Aprendi a olhar para as dificuldades com novos olhos, transformando dor em sabedoria e incertezas em força. Essa jornada de autodescoberta me permitiu reavaliar meus valores, priorizar o que realmente importa e abraçar mudanças com coragem. Hoje, vivo com mais leveza, gratidão e a certeza de que sou o autor da minha própria história.
W. Carvalho!
"Eu não critico o fofoqueiro, porque ele é apenas um narrador que conta a minha história. Enquanto ele fala, eu sigo vivendo e escrevendo novos capítulos."
Com dura e branda cadeia...
Já esqueci-me de quem eu fui...
E nesta incessante lida...
Já nem sei quem ou o quê serei...
Com o mal, e com o bem...
Já não me dá beijos qualquer passageiro...
Entre o que vai e o que vem...
Entre lágrimas, um sorriso faceiro...
Anjos ou deuses, sempre nós tivemos...
Nossa vontade é o nosso pensamento...
Tão pouco me agrada...
O ardor do inferno...
Ou a paz do céu verdadeiro...
Se eu fosse tão feliz...
De viva voz eu diria:
Que pouco ou muito é dito...
Mas é certo tudo terminar um dia...
Há fogo que devora…
Há frio que abraça...
Há amor que entre nós volteia...
E também o descaso que se semeia...
Eu te abençôo...
Não desejando amaldiçoar...
Mas se o faço...
Não permito ninguém me julgar...
O coração que vive ainda...
E pulsa e quer pulsar...
Ainda sonha...
Em sua metade encontrar...
Oh...
Pudesse durar sempre...
As venturas por quais passei...
Mas compreendo que assim o mundo não seria o que é...
Só lamento por quem tolamente me entreguei...
Tive soluços, febre, e absurdos desejos...
De nada me arrependo...
Mas quisera eu...
Poder voltar no tempo...
Façamos nossa vida um dia...
Que há noite antes e após...
O pouco que duramos...
Ninguém sabe o que vai por esse mundo...
Na eternidade - não é mais que poucos segundos...
Sandro Paschoal Nogueira
Não é que você é minha segunda opção, é só que eu não preciso de uma segunda opção quando você é minha única escolha.
Sou apenas eu e o silêncio.
O sol já se foi, mais um dia se findou.
E eu continuo ocultando esse sentimento.
Fico me perguntando se você percebe as palavras que não são pronunciadas.
Ok universo eu já aprendi dolorosamente. Que não devo julgar as intenções pelo comportamento dos outros.