Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
Quando eu descobri que tudo bem que eu fosse odiada por algumas pessoas, passei a ser admirada por muitas outras e finalmente me libertei pra ser quem realmente eu sou!
🎗️FACES DO HIV🎗️
O HIV não vive comigo, eu vivo com ele. Porque são 24 horas lutando pelo direito das pessoas que vivem com o vírus. Viver com HIV não é difícil. Difícil mesmo é a gente não ser aceita no mundo em que vivemos.
Sônia Cavalcante Borba - vive com HIV 17 anos.
A VIDA DE UM SKATISTA
Na vida de um skatista, a rua é meu palco,
Com o vento nos cabelos, eu sigo o meu traço.
Aos quinze anos, com sede de aventura,
Eu deslizo pelas ruas, com garra e bravura.
Meu skate é minha asa, meu escape, minha voz,
Nas pistas e calçadas, eu mostro quem sou nós.
Com manobras incríveis, eu desafio a gravidade,
E a cada queda, levanto com tenacidade.
As rampas são desafios, os corrimãos, amigos,
Nas praças e parques, eu deixo minha marca, meus abrigos.
Com calças largas e boné virado para o lado,
Eu expresso minha individualidade com um sorriso arrojado.
Nas ruas, eu encontro minha tribo, meu povo,
Compartilhando histórias e sonhos, lado a lado.
Na vida de um skatista aos quinze anos de idade,
A liberdade e a paixão são minha maior verdade.
AUTO RECONHECIMENTO
No espelho da alma, me encontrei perdido,
Em busca do eu, que por tanto tempo esqueci.
No silêncio da noite, na quietude do ser,
Descobri segredos que me fizeram renascer.
Vi traços antigos, sombras do passado,
Mas também encontrei luz, um novo legado.
No labirinto de emoções, me perdi e me achei,
No auto reconhecimento, minha verdade encontrei.
Aceitei minhas falhas, abracei minhas virtudes,
No espelho da alma, encontrei atitudes.
Cresci com cada erro, com cada acerto aprendi,
No caminho do auto reconhecimento, renasci.
meu corpo é
meu lugar
de fala
e eu falo
com meus cabelos e
meus olhos e
meu nariz
meu corpo é
meu lugar
de fala
e eu falo
com minha raça
Tomo partido
Eu tomo partido
O partido das mulheres pretas
Mulheres como eu
Quando saem de suas casas
São arrastadas em carro de polícia
Mulheres como eu
Quando exigem seus direitos no trabalho
São arrastadas com algemas da polícia
Mulheres como eu
Quando atuam na política governamental
São alvejadas sem investigação da Polícia
Mulheres como eu
Choram a morte do filho
Que saía para a escola
Mulheres como eu
Choram a morte do filho
Que brincava na calçada
Mulheres como eu
Choram a morte do filho
Que soltava pipa no domingo
Mulheres como eu
Esperam pelo marido que não volta pra casa
Mulheres como eu
Vivem com medo de que o marido não volte pra casa
Mulheres como eu
Sofrem com o marido quando não pode voltar pra casa
Mulheres como eu vivem de luto e de luta
Defendem a honra da família tradicional brasileira sem pai
Defendem o prato cheio na mesa
Não se rendem na guerra
E vencem cada batalha armadas da própria carne
Por dentro da pele
Na pele em que habito
Eu entendo que existo
E sou todos e todas antes de mim
Na mata, na terra, na água salgada
No canto, no banzo e na pele marcada
Eu sou
A história de quem defende um império
De quem constrói um país
Eu sou as mães que embalam a criança
Sou a mão que cultiva a raiz
Eu sou peito que alimenta e peita
Eu sou corpo que dança e que brilha
Eu sou mais do que você vê
Eu sou minha mãe, minha irmã e minha filha
Falo de mim sim , não é ego, simplesmente dizem que cada peça tem o seu encaixe, e eu não me encaixo em hipocrisia e falsidade , coisa que o mundo está cheio , vivo para mim apenas , não é egoísmo e sim amor próprio, não romântizo a fé, se não entendem o que é ter , não praticam isso , toda a vida é uma mentira com normas da sociedade , a minha verdade é que se dane a sociedade
E se eu te contasse que essas suas lágrimas de tristeza deveriam ser lágrimas de alegria, você acreditaria?
Num enredo de desencontros, você era a vírgula que buscava, eu me tornei o ponto final inesperado. Entre interrogações, minha jornada se desenrola entre parênteses de incerteza. Você partiu, abrindo caminho para novos capítulos na trama da minha vida.
Morto
Eu morri, percebestes?
Juramentos que prometias meu bem,
acabaste no meu mal.
Sabes, eu era feliz com o pouco
que me davas.
Eu era o suficiente para o pouco
que você era.
Eu morri, percebestes?
Eu acreditei cegamente em promessas
de uma pessoa confusa.
Busquei salvação num poço de maldade
e traições.
E contemplei o que fez em mim a escuridão.
Eu morri, percebestes?
Me abandonou da forma mais
frívola possível, me abandonando
numa posição de razão.
Você me matou.
Se eu tivesse percebido o detalhe correto no momento preciso, hermano, desconsiderando a improbabilidade disso, será que teria evitado o trabalho ingrato de desembaraçar agora todos esses fios em busca de alguma pegada, de algum padrão para mais esse desvio?
Ela me pergunta se não quero conversar. O problema é que, nesse momento, eu preciso do silêncio.
Em algum momento, acho que eu percebi que, se a gente quer que as coisas sejam de um jeito, não dá pra depender do destino ou da sorte. A gente tem que agir e fazer acontecer.