Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
Esta bem estou é viajando mesmo,
agora pra um lugar distante que nem Eu conheço
mas la sei que vou encontrar um lazer
pra na vida pensar refletir o que é de errado fiz nesta vida por ter
a minhas melhores condições de raciocínio na perda de os melhores momentos viver
sim foi é sem sentido tudo que fiz por agora merecer.
Eu sinto o meu corpo tremer,
Toda vez que eu te vejo.
Meu corpo se arrepia,
E eu lembro do seu beijo.
Que rolou naquele dia,
E me trouxe alegria.
Agora tudo é passado,
E você é um mal-amado'
Imagino quando eu vou deixar de me emocionar em passar horas olhando pro céu contemplando a grandeza da lua e a infinita beleza das estrelas e planetas que brilham a milhares de anos-luz de mim, tento imagino quando deixar de gostar da musica que escuto varias vezes ao dia, quando eu deixar de achar essa musica bonita, imagino quando eu não estiver mais afim da garota que sou hipnotizado por sua beleza e pelo seu jeito de ser que para mim é encantador, imagino também quando deixarei de achar as flores uma das coisas mais expressantes de beleza, simplicidade e repressora com seus espinhos, imagino quando deixarei de ver beleza na arte e quando deixarei de valorar de dar prioridade à aquilo que é importante para mim e quando eu achar o meu melhor filme uma grande chatisse e perda de tempo em assisti-lo, me pergunto sera que foram as coisas que mudaram ou foi eu ou talvez quem sabe as pessoas perto de mim, a sociedade, hum talvez,mas a minha preocupação é que não quero deixa de olhar pro céu não quero deixar de gostar da garoto mais interessante que já conheci, não quero deixar de escutar renato russo ou assistir Diário de um Vampiro,mas infelizmente sera essa mudança inevitável, respondo-me , sim ate o ponto em que você costuma a deixar coisas importantes para você de lado, e não a partir do momento em que não quer perde-las e fara de tudo para que isso não ocorra, então a resposta esta em você e não nas coisas.
Será que é pedir muito para você, não me ignorar, eu tento de tudo para você prestar atenção em mim, me olhar, me escutar, mas nada adianta, isso é muito pra você?
E quanto mais o tempo avança adiante em direção a velhice, mais eu retrocedo minha mente desesperado de volta a um passado que jamais retornará em busca da minha juventude.
Cade você pra fazer eu sorri? É, pois hoje as lagrimas enciste em cair, preciso te contar sobre a vida, preciso escutar tua voz ou simplesmente receber um abraço teu, passar horas vendo a vida passar do teu lado. Porque você escuta o meu pedido de socorro no silencio.
Teus olhinhos, quando se alinham ao meu, brilham como as estrelas do céu e então eu me sinto ímpar por um instante no universo. Teu sorriso calmo e cintilante que me deixa 'mundiado', e eu então, já entorpecido me rendo aos teus lábios desenhados perfeitamente pelo criador, então eu tenho a certeza de que ele é perfeito em tudo...
Porém, do teu amor eu sou refém, e da tua paixão sou escravo. A tua metade que me enaltece é o sol que clareia minha vida e me enche de esperança, e a outra metade é como a escuridão, que me deixa cego e sem direção. Sem saber pra onde ir eu me perco e fico vagando sem destino certo. E é essa metade que me destrói...
Talvez eu não seja tão bom quanto pareça, talvez as pessoas se equivoquem quando fazem uma biografia positiva de mim. Viver a realidade.
Cansado de muita coisa...
Nesses momentos que deixo meus pensamentos irem além e fico num lugar onde apenas eu ouço as palhetadas no violão. Nesses momentos, apenas elas me entendem, e talvez sejam as únicas a me entender...
MEMÓRIAS DE UM NATAL PASSADO
Quando era criança, na noite de Natal, eu e o meu irmão partia-mos nozes e avelãs no chão de cimento da cozinha, à luz do candeeiro, enquanto a minha mãe se ocupava das coisas que as mães fazem.
Depois, quando o meu pai chegava, jantava-mos como sempre e seguia-se, propriamente, a cerimónia de Natal. Naquela noite o meu pai trazia um bolo-rei e uma garrafa de vinho do Porto.
Sentados à mesa, abria-se a garrafa de vinho do porto e partia-se o bolo em fatias. O meu irmão e eu disputava-mos o brinde do bolo-rei comendo o mais rápido possível na expectativa de nos calhar em sorte não a fava, mas sim o almejado brinde!
Eu não gostava daquele bolo, mas naquele tempo a gente “não sabia o que era gostar”, como dizia a minha mãe quando nos punha o prato á frente. Assim acostumada, engolia rapidamente as fatias para não sentir o sabor e ser a primeira a encontrar o brinde.
O meu pai, deleitava-se com o copito de vinho do Porto e observava calado as nossas criancices.
Depois, vencedor e derrotado continuavam felizes, na expectativa da verdadeira magia do Natal. Púnhamos o nosso sapato na chaminé, (eu punha a bota de borracha, que era maior), para que, á meia-noite o menino Jesus pusesse a prenda.
Íamos para a cama excitados, mas queríamos dormir para o tempo passar depressa e ser logo de manhã. Mal o sol nascia, corria-mos direitos ao sapatinho para ver o que o menino Jesus tinha la deixado.
Lembro-me de chegar junto á chaminé e encontrar o maior chocolate que alguma vez tivera visto ou ousara imaginar existir. O meu irmão, quatro anos mais velho, explicou-me que era de Espanha, que era uma terra muito longe onde havia dessas coisas que não havia cá.
O mano é que sabia tudo e, por isso, satisfeita com a resposta e ainda mais com o presente, levei o dia todo para conseguir comê-lo a saborear cada pedacinho devagar!
Depois, não me lembro quando, o meu irmão contou-me que não era o menino Jesus que punha a prenda no sapatinho, mas sim o nosso pai. Eu não acreditei e fui perguntar-lhe.
O meu pai, que gostava ainda mais daquilo do que nos, respondeu de imediato que não, que era mentira do meu irmão, que ele sabia lá, pois se estava a dormir…
Com a pulga atras da orelha, no Natal seguinte decidi ficar de vigília, para ver se apanhava o meu pai em flagrante, ou via o Menino. Mas os olhos pesavam e, contra minha vontade e sem dar por isso, adormecia sempre e nunca chegava a apurar a verdade.
Na idade dos porquês, havia outro mistério á volta da prenda de natal. É que eu ouvia dizer aos miúdos la da rua, que eram todos os que eu conhecia no mundo, que lhes mandavam escrever uma carta ao menino Jesus a pedir o que queriam receber. Maravilhada com tal perspetiva, apressei-me a aprender a ler e a escrever com a D. Adelina, que era uma senhora que tomava conta da gente quando a nossa mãe tinha que ir trabalhar e que tinha a 4ª classe, por isso era muito respeitada sobre os assuntos da escrita e das contas.
Antes de entrar para a escola primária já sabia ler e escrever mas isso não era suficiente.
Faltava ainda arranjar maneira de fazer chegar a carta ao seu destino. Para mim, aquilo não resultou: da lista de brinquedos que eu conhecia, não estava nenhum no meu sapato.
Questionada, a minha mãe, que tinha ficado encarregue de dar a carta ao Sr. Carteiro, disse-me que o menino Jesus só dava prendas boas aos meninos que se portavam bem. Mas eu já era uma menina crescida, já tinha entrado para a escola primária (em 1974) e sabia que os que recebiam brinquedos eram diferentes de mim noutras coisas também.
E foi então que, depois de ler a carta dos Direitos da Criança que estava afixada na porta da sala de aula, soube de tudo. Senti-me triste, zangada e confusa: Porque é que escreviam coisas certas e as deixavam ser erradas? Eles eram grandes, podiam fazer tudo! Se estava escrito ali na porta da escola era porque era verdade e importante, igual para todas as crianças como dizia na Carta. Que tínhamos direito a um pai e uma mãe lembro-me. A partir dali todas as coisas que a que a criança tinha direito, eu não tinha, e isso eram por culpa de alguém. Experimentei pela primeira vez um sentimento que hoje sei chamar-se injustiça.
Tranquilizei-me com o pensamento de que um dia viria alguém importante e faria com que tudo aquilo se cumprisse. E eu aí esperar. Era criança, tinha muito tempo: nascera a minha consciência cívica.
Compreendi que os adultos diziam as coisas que deviam ser, mas não eram como eles diziam. Nesta compreensão confusa do mundo escrevi nesse primeiro ano na escola a minha carta ao menino Jesus e deixei-a eu mesma no sapatinho. Era um bilhete maior que o sapato e dizia assim:
“Menino Jesus
Obrigada pela prenda.
Vou pensar em ti todas as noites mesmo depois do natal passar e espero por ti no natal que vem. Gosto muito de ti.
Adeus.”
E rezei a Deus que, houvesse ou não menino Jesus para por a prenda no sapatinho, me trouxesse todas as noites o meu pai para casa.
Nisa
Setúbal, 29 de Novembro de 2012
Se você estiver ocupada demais para me ligar ou me dar atenção, eu vou entender.
Se você me coloca em segundo plano em sua vida, eu vou entender.
Mas, se eu começar a me afastar de você, é sua vez de entender.
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
No canal do Pensador no WhatsApp, você recebe diariamente um lembrete de que é possível evoluir, um hábito por vez.
Quero receber