Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais

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Eu sonho com a chuva
Sonho com jardins
na areia do deserto
Acordo com dores
Sonho com amor
Enquanto o tempo
escorre pelas minhas mãos

Sonho com fogo
Esses sonhos estão amarrados
a um cavalo que nunca se cansa
E nas chamas
Sua sombra brinca
na forma do desejo
de um homem

Essa rosa do deserto
Cada um de seus véus
Uma promessa escondida
Essa flor do deserto
Nenhum outro doce perfume
me torturou mais do que esse

Percebo que nada
é o que parece
Eu sonho com a chuva
Ergo meu olhar ao céu vazio

Fecho meus olhos
Esse raro perfume
É a doce intoxicação
do seu amor

Doce rosa do deserto
Cada um de seus véus
Uma promessa secreta

Essa flor do deserto
Nenhum outro doce perfume
me torturou mais do que esse

Doce rosa do deserto
Essa memória do éden
assedia a nós todos
Essa flor do deserto,
esse raro perfume.

Inserida por NewtonJayme

Minha esperança está nas mãos do Grande Eu Sou.
Meus olhos vão ver o impossível acontecer...

Inserida por NewtonJayme

Tu e eu a mais linda canção
do violão de Deus.

Inserida por NewtonJayme

As minhas depressões talvez sejam
as minhas metamorfoses:
É a maneira que eu tenho
de passar de lagarta
a crisálida.
São etapas de libertação.

Inserida por NewtonJayme

Quando eu voltei
Nem quis acreditar
Aquela casa
O meu lugar
Tudo era igual
na aparência.
Nosso jardim,
O tempo maltratou,
Mas ainda havia flores
Que você plantou.

Meus passos tristes
me levaram, sem eu ver
E novamente eu fui rever
Aquele quarto antigo.

Minha saudade enlouqueceu
E eu compreendi o quanto
errei naquele adeus.

Eu já não sei
O que eu vim fazer aqui
Eu fico deslocado, sem você
Você esqueceu o endereço de voltar
Sou um estrangeiro em nosso lar!

Devolva as mãos
Que eu aprendi a amar
Traga de volta o meu olhar
Faça feliz meu rosto.

Um estrangeiro como eu
Precisa sempre de um amigo
Pra recomeçar

Eu já não sei
O que eu vim fazer aqui
Eu fico deslocado, sem você
Você esqueceu o endereço de voltar
Sou um estrangeiro em nosso lar!
Sou um estrangeiro em nosso lar!

Inserida por NewtonJayme

Achei uma pétala
No meio do livro
Que eu tinha
Quando ainda lia você,

Mas sempre
que
se abrem
páginas
onde secaram
pétalas,
A brisa acode
Para que esses
despedaços de flores
voem vivos e morram em paz.

E em paz, despedaçados,
Leremos outras folhas
Como se fossem
as de um romance novo
Sem marcas de pétalas secas...

Inserida por NewtonJayme

É necessário que eu tenha em mente
a IGREJA CATÓLICA, difundida desde
o Oriente até o Ocidente.

Inserida por NewtonJayme

Tudo que eu examinei com meu pensamento de todas
as formas e variáveis, eu não consegui chegar
perto do verdadeiro significado do Ser Deus.

Inserida por NewtonJayme

⁠Porque metade
de você é amor,
e a outra metade,
que também é amor,
Sou eu! Sou eu! Sou eu!

Inserida por NewtonJayme

⁠Ao Psicodrama

Quero dizer que aprendi a deixar o meu eu se sobressair,
O suficiente para perceber o tamanho de potência.
Me desafiei, fui para o palco, sai da minha plateia.
Nem sempre me saio bem,
Mas também, nem devo!

Inserida por taiscoll

⁠Hoje eu precisava escrever,
mesmo que as palavras pareçam pequenas diante do que sinto.
Há uma dor em mim que ninguém vê.
É um vazio tão profundo que não sei como descrever.
Só sei que está aqui — me atravessando em silêncio.
Esperei com amor, com fé, com cada parte do meu ser.
Esperei como quem acredita em milagre,
como quem sente antes mesmo de existir.
Me entreguei por inteiro, corpo e alma,
a um sonho que crescia — mesmo sem forma.
E quando a resposta veio…
não foi grito, nem tragédia.
Foi apenas o não.
Silencioso, seco, cortante.
E ali, eu me perdi um pouco.
Ninguém viu meu luto.
Ninguém me abraçou por algo que “nunca aconteceu”.
Mas dentro de mim, eu vivi.
Eu sonhei.
Eu amei.
Hoje carrego uma dor muda,
como quem enterra uma parte de si sem ter onde chorar.
E mesmo assim…
mesmo assim…
há um pedaço de mim que ainda espera.
Que ainda ama o que não chegou.
Se um dia você me vir sorrindo,
saiba que há um mar calmo por fora,
mas que por dentro…
ainda há ondas que não sabem descansar.
Com amor,
de mim — por mim.

Inserida por zorictha

⁠Talvez eu confunda os leitor, talvez nem se trate sobre alguém em específico. Os meus amores foram histórias que se acumularam em quem sou hoje, uns piores, outros melhores. Hoje, falarei sobre mim e sobre os meus sentimentos mais atuais. Dedicar algo em específico a alguém não será raridade, mas aprendi que devo me apaixonar por quem sou. Eu também mereço uma carta de amor.

Inserida por arynasciment0

Liberdade

Eu aprendi a viver com a dor da tua ausência, como um sapato apertado, calcei um par de culpa e segui adiante, hoje me livro deste aperto, não poderia deixar passar o dia mais feliz da minha vida sem uma marca, pegadas, descalço de espírito escrevo esse texto.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Eu me faço de surdo para não ouvir meu coração gritar teu nome.
Eu me faço de cego para não te ver quando fecho os olhos.
E assim sigo, fingindo te esquecer.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠⁠Eu sinto uma profunda dor silenciosa...

Gosto do som da música, do percurso
da minha casa até o trabalho;
estou sempre ouvindo música.
Em casa e no trabalho, ouço o barulho
dos carros, dos comboios e de toda a gente.
Chego em casa, ligo a televisão e ouço o noticiário:
outra vítima do silêncio se atirou
nos ruidosos trilhos do trem.
No trabalho, ouço o rádio, que toca uma música ridícula, e
minh'alma sofrida dança desolada.

Gosto do som da chuva, lágrimas do céu;
até os homens choram, silenciosamente.
E o choro da terra é abafado
pelos nossos gritos ambiciosos;
ouço o barulho das fábricas, corro para o campo,
e a chuva, tempestuosamente,
em seu suave cair, encharca meu coração ressecado.

Gosto do canto dos pássaros;
da minha cama me levanto,
e nela me deito, ouvindo os tordos ao amanhecer
e os urutaus ao anoitecer que, calmamente,
levam distante meu espírito atormentado.

Gosto de deitar-me e dormir
com o barulho do ventilador;
porque gosto de barulho,
assim silencio os gritos sussurrados
em minha cabeça. E eu, que tenho sido tão quieto,
se os ouço e me falam, descanso resignado.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Eu acredito em Deus, mas me pergunto se Ele crê em mim,
assim como cremos na Sua chuva, e no seu Sol.

O que é real? As paredes sólidas e frias de concreto,
concreto, a realidade concreta. Ou a memória fugaz
de um abraço quente e terno, terno, visto o terno,
chego ao trabalho, olho-me no espelho, e não vejo nada.

Cego, vejo além do espelho e enxergo através da realidade sensível,
sensível, atravesso as aparências em busca de algo que transcenda o tangível.

Mas então o espelho despedaça-se diante dos meus olhos,
como coisa real, um mosaico de sentimentos e lembranças,
desfaz-se e reconstrói-se a cada instante. Cada caco reflete uma versão minha,
mas, entre tantos, quem realmente sou eu?

Há tantos de mim que não podem tantos estarem certos, e entre tantos, perdi-me.

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Eu vivo um dia de cada vez,
Levanto-me cedo, enfrento o trem,
E volto tarde, sem ninguém.

Construo sonhos de papelão,
Como um mendigo,
Mãos calejadas, olhos cansados,
Essência perdida.

Vivo um dia de cada vez,
Como se fosse o último,
Não por querer viver,
Mas por precisar comer.

Construo um lar de solidão,
Como um empregado,
Com tijolos de suor e dor,
E paredes de ilusões.

Vivo um dia de cada vez,
Como se fosse uma prisão,
Não por querer viver,
Mas por não ser ninguém.

Construo uma vida de incertezas,
Enfrento a vida, e me perco,
Sem coragem para lutar...

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Eu tenho o péssimo hábito
de amar tudo aquilo
que me escapa à mão.
Talvez o amor, em essência,
seja um desejo inatingível,
perseguindo incansavelmente
o próprio rabo, como um cão à roda.

Carrego em minha pequenez
a cruel ironia
dos sonhos que, alçados,
se erguem como montanhas firmes,
e que, num instante breve,
se desmoronam em montes de areia.

Soterrado pela rotina,
pela futilidade do dia-a-dia,
sinto o peso da realidade
que escorre entre meus dedos
como areia numa ampulheta.

Talvez esperar que o mundo
se despenhe em barranco,
e morrer deitado à sombra
não seja de toda a má ideia.

Inserida por GabrieldeArruda

Eu não estou só, não, definitivamente não estou,
mas a solidão insiste em me ter por companhia.
Sinto-me só, e há uma grande diferença
entre ser e sentir. Não sei como posso
ser útil à sociedade; génio? Não sou, nem quero ser.
Suficiente é ser humano, com todas as minhas
fragilidades, e talvez isso já seja o bastante.
Me deram por louco, e contento-me em ser louco;
deixem-me ser louco!

Dispenso a companhia dos que se acham
cheios de verdades; prefiro a solitude,
ainda que sentir-se só seja um golpe
forte demais. O peso que me foi imputado
ao nascer é grande, e para isso sou fraco
demais.

Sim, estou rodeado de pessoas, pessoas a quem
eu amo e que me amam, acredito eu,
mas como pode um homem nesta posição
não sentir? Como aquele que agasalha,
e agasalho há para quem tem frio,
mas não se sente aquecido.⁠

Inserida por GabrieldeArruda

⁠Talvez eu esteja doente, mas para quê curar-me?
E se esta "doença" for, na verdade, sensatez?
Uma percepção mais sutil e íntima das coisas, uma linha tênue
entre o que é “normal” e o que é loucura,
um fio quase invisível, como um traço esboçado em aquarela nas sombras cinzentas do cotidiano.

Por que razão, então, recorrer à terapia,
encher-me de medicamentos, visitar o psicólogo?
Se a minha verdade reside na inquietude,
essa inquietude que me revela e me transforma.
Talvez eu esteja realmente doente,
mas não percebo isso como um problema, não em mim (nem em mim).

Se o problema não reside em mim,
de que vale "me tratar"?
A busca por soluções torna-se um esforço inútil,
como querer aprisionar um raio numa garrafa (uma tempestade de emoções, como em Vivaldi, em "As Quatro Estações").
Estar convencido de que nada sei
é, na verdade, libertador: a libertação de uma alma desconfortável, como quem calça um sapato apertado.
Vejo nisso um reconhecimento profundo de que tudo pode ser nada,
e, possivelmente, nada do que acredito seja real.

Inserida por GabrieldeArruda