Eu Nao tenho Culpa de estar te Amando
O estranho na cidade
Para onde quer que eu olhe
Só vejo sujeira
No céu, a poluição
No chão, fezes e poeira
O cheiro do esgoto
Arranha minhas narinas
Enquanto o grito das buzinas
Destroça meus ouvidos
Uma criança pedindo
Um viciado cheirando
A polícia espancando
Outro mendigo
Paredes pichadas
Ruas esburacadas
Os bichos revirando
O lixo de cada canto
Outdoors e painéis de neon
Iluminam a podridão
E em alto e bom tom
Imploram por nossa atenção
Observamos de baixo
Os monumentos dos poderosos
E sob o cimento
Os corpos dos que os ergueram
Eu poderia chamar de trauma
Mas isso foi o que me deu a vida
Me trouxe uma nova alma
E nasceu em mim
Um espirito artista
Agora espalho arte em verso
Sentimentos cortam
Mas o meu é inverso
Sou a paz quando surtam
Te distanceio desse mundo perverso
As vezes eu acordo com medo,
Com medo de tudo
Mas isso é segredo,
Meio inseguro, em cima do muro
Fico quieto no meu canto,
Pensando mas mudo.
As vezes acordo com coragem,
Acordo sem medo
Da dor da saudade,
Pode ser vaidade,
Mas logo eu
Na flor da idade.
Sigo com a arte na minha veia,
Independente da personalidade
Sou poeta até o ultimo grão
De areia.
Eu Sou
Quando voce é
Todas as pissibilidades estão presentes
O mundo manifesto está ao seu redor
Porque você saiu do tabuleiro do jogo
Não joga mais...
Nao mais se importa se é pião
Que tem que se esconder dos cavalos
Ficar preocupado com o bispos
Derrubar as torres
Enfrentar a rainha
Derrubar o rei
E nem com as cores...
O Eu Sou o que Sou
É um estado de presença
É você presente
Consciente
Você absoluto
Dono de sí
Você criança
Assim que nasceu
Sem preconceitos
Sem crendices
Apegos
Ilusões
Ideologias
Dogmas
Razões...
É voce no estado natural
Na sua própria essência
Consciênte da sua luz
Do seu amor
Da sua vida
Do seu poder interior
Da sua ligação com o todo
Com tudo
Com o Criador
_ Voce o criador
Que não precisa mais jogar
Que acha graça dos que querem ganhar
Dos que perdem e choram
Pirque sempre e sempre foi manipulado
Assim como quem ganha
Porque se acha, aparentemente, feliz
Pirque acredita que é o dono do jogo
Que o tabuleiro te pertence
Tudo ilusão
Tudo cegueira
O véu da vaidade
Que nos foi dada
Desde a infância
Nas escolas
Nas doutrinas
Na sociedade
Para nos manter escravos de um sistema
Presos na propria mente
Andando inconscientes
Sem jamais acordar
Busqueis a verdade
E ela vos libertará
Porque, Eu Sou
O poder
A honra
E a glória
Para todo o sempre
Amém
Com a consciência
Das palavras da liberdade
Do renascimento
Da pureza
Da beleza
Do amor
De Jesus
No coração
Gratidão
"Despertas tu que dormes
E levanta_te
Entre os mortos
E Cristo te esclarecerá"
Paz no coração
O Eu sou o que Sou...
Parece simples
Mas devemos sair do jogo
Para nunca mais ganhar
Jamais perder
Tudo ilusão
Não precisamos de jogar nada
Já nascemos com o tabuleiro
E todas as peças dentro de nós
E sendo assim
Jogar para que?
Se todos agindo assim
Só vão se perder
E morrer
Sem ver o seu próprio paraíso
Assim na terra
Como no céu
Das reflexões eu ganhei a morte, deixei tudo o que tinha para trás e então ganhei a humildade a aprendi que nada tenho a oferecer se não o que sou, ao beber na taça eu ganhei a verdade, das viagens eu soube o que é confiança e me purifiquei, ao jurar eu pude nascer de novo, e somente nascendo novamente é possível enxergar a luz
Houve um tempo na minha vida em que eu queria acabar como Evelyn McHale
Enquanto andava pelo Boulevard Center
Houve um tempo na minha vida em que eu queria ser uma pessoa básica
Usando camisa branca e seu ecobag indo para o Palacete Bolonha
Houve um tempo na minha vida em que eu pedia para ser apenas normal.
Deus é amor? Sim.
Mas onde eu consubstancio essa experiência?
Além das gavetas religiosas da minha mente?
Deus é real? Sim.
Mas o que ele quer nos ensinar agora?
Exatamente, tentar aproximar as escrituras do nosso solo existencial.
A experiência de leitura com a palavra
refletindo sempre no espelho da vida.
SINTO - Parte 1
Sinto a mudança comigo, pra que eu finalmente seja
Sinto enxurrada de ideias que vem da mente e transborda pela caneta
Sinto aprendizado, sinto bom senso
Me sinto a deriva, sinto o favor do vento
Me sinto pequeno numa onda grande e sombria
Sinto esperança porque o mar abriu um dia
Sinto paz, sinto revolta, sinto rancor as vezes
Sinto sentimentos que gestavam a mais de nove meses
Sinto o sabor de saborear outra boca
Sinto que tudo muda nessa vida loka
Me sinto pressionado, mas sigo sendo
Não inventaram nada a prova de tempo
Sinto armadilhas sussurrando e me faço de surdo
Me sinto o alvo predileto do inimigo astuto
Senti, sonhos arriscados, de grinalda e véu
Senti o amargo sabor do doce de mél
