Eu Gosto do Risco dos que Arriscam
Que lábios doce.
Que beijo gostoso.
Gosto de fruto proibido.
Que doce pecado.
Que me faz ser inconsequente
Adolescente e pecador
Profano sonhador.
Que vontade de repetir.
À distância
Gosto do que imagino bom
Desde o gosto do bombom
Devido a isso fico frustrado
Quando é ruim o resultado
Me atraí por uma estranha
Vi ela num site, na manha
Ainda que falamos pouco
Assim eu não fiquei rouco
Ou será que só teclamos?
Estou viajando, hermanos
Trocando ao vivo e virtual
Desdenhando o que é real
Nunca namorei à distância
Mas não foi por implicância
Talvez antiquado eu esteja
Repelindo quem me deseja
Temo quebrar minha cara
Pagando caro por uma tara
Combinando de nos vermos
E achar ela mais ou menos
Te amo pois te desconheço
Deslembre o meu endereço
A admiração tem validade
Eu não quero cara-metade.
CARTAS
Guardadas ainda estão as cartas
que a mim enviastes.
Temo as abrir,não gosto de surpresas,
sabes bem que te quero, por isso assim
fazes de mim tua presa.
Tento queimá-las não consigo, algo me
prende, me amarra.
Até nisso mandas.
Talvez o inconsciente trabalhe ao contrário,
será que eu quero tê-las para te sentir presente ?
Não confirmo e não desminto.
Sei que quando as pego, sinto o peito sufocado,
tenho a impressão que me espias, e deitas
ali, ao meu lado.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Não gosto de metades em assuntos do coração. Migalhas não me satisfazem, me dou por inteira, então precisa haver reciprocidade, do contrário pulo fora. Completude é a palavra certa, sou assim, comigo é tudo ou nada!! Sou intensa, o que faço é pra valer, verdadeiro, muito autêntico. Melhor assim no meu ponto de vista que viver uma existência cheia de traumas, humilhações e sofrimentos. Ser feliz só ou acompanhada é minha meta, até porque ninguém vai me fazer uma pessoa feliz, isso só eu mesma posso fazer!! Claro que se for bem acompanhada melhor será, se não tudo bem também!!
Gosto de gente bacana, do bem, que tem o coração grande e não leva a vida com tanta dureza. Gente que sabe dividir levezas, compartilhar ternura, espalhar amor. Gente que sabe ser amiga, que tem sempre um sorriso nos lábios, ouvidos disponíveis para ouvir a quem precisa, coração cheio de bondade para perdoar e braços abertos para compreender que todo amor e afeto cabem num simples abraço que conforta, ajuda, pacifica, transmutando em esperança o desespero, a desarmonia que habita no peito do amigo. Perto dessa gente boa, do bem que quero sempre ficar, amigos assim que faço questão de os ter sempre ao meu lado, bem sei que são raros, mas existem, graças a Deus eu tenho alguns poucos amigos assim. Gratidão Senhor, ainda existe gente muito boa no mundo!!
Não gosto de novelas porque me emociono e não posso fazer nada. Filmes vejo pouco, mas é semelhante. Ler não tenho nada contra. Isso será mais algum tipo de preconceito?
Fica a dica
Já mastiguei e continuo mastigando o gosto amargo da mentira e da falsidade, mas aprendi a não digeri-la.
Gosto de gente que celebra o dom da vida através do sorriso sincero e caráter verdadeiro. A estes todo o meu respeito !
Estatísticas, probabilidades e quebra cabeças mentais são hobbies para mim! Gosto de observar e constatar os resultados!
"Gosto das pessoas que são capazes de compreender e traduzir as palavras com inteligência e a simplicidade do próprio ato de existir e de ser quem é".
Gosto de você assim:
Do jeitinho que você é.
Com todas as suas qualidades .
E todos os seus defeitos.
" Amo cada pedacinho seu ".
__Sophia Vargas ♥
13/12/2009
AGOSTO venha com gosto...
Gosto de lutar.
Gosto de superar.
Gosto de vencer.
Gosto de perdoar.
Gosto de amar.
Gosto de surpreender.
Gosto de confiar.
Gosto de agradecer.
Gosto de perseverá.
Vem com gosto... ao nosso gosto... ao gosto de Deus!!
"Se você não sabe sentir o gosto doce da felicidade alheia, não vai sentir nunca o gosto amargo da inveja que você transpassa a ela."
—By Coelhinha
Hoje amanheci com o gosto da saudade...
...de encontrar pessoas reais. Amigos e mais.
Beijos e abraços virtuais não me satisfaz...
Trabalho, filhos, esposas e maridos.
Estudos, happy hours, entendemos tudo isso.... Mas não nos satisfaz.
Teatro, balada, cinema, livros. Sozinho ou com um ou outro amigo. Nao satisfaz.
Queremos o cheiro. A sensação do regozijo e do riso, ver expressões eclodir. E saber que fez ou deixou fazer um bem a outro. Que ninguém mais fez.
Saudade do ser humano ser menos tecnológico.
Agostos
________Quem vive a vida com gosto - nas intempéries dos Agostos, pulando cordas e quebrando gelos, ou, acendendo fogos e transpondo invernos - sabe que uma Primavera está para chegar...
Recordo-me bem do frio de Junhos na cidade e Julhos no campo, quando levantávamos bem cedo para a missa das cinco e para ver as vacas no curral - exatamente nesta ordem...Víamos as tardes se acabarem nas montanhas cinzas e ofuscadas pelo por-do-sol, um vento sem sal e sem gosto... Então, sonhávamos com a chegada dos ventos de Agosto - aquilo é que era vento temperado!
Pelo menos a gente podia dar corda no tempo: soltar pipas - ainda que em combate com as ventanias, redemoinhos de folhas secas e esterco de gado.
Recordo-me feliz de sentar-me no balanço da varanda e ver o curral fechado de tábuas e porteiras de braúna as manhãs geladas de inverno - resto de outono revirado de folhas secas e úmidas pelo orvalho da noite.
À tarde, a névoa se dissipava e o sol forte de inverno esquentava a terra vermelha e a plantação murcha e pálida - um cheiro de poeira passada, passando longe e deixando seu rastro sobre as folhas mortas, que nem tapete velho.
O anoitecer era um frio de gelar a pele e a memória. Dava uma saudade das tardes de abril e das manhãs de maio!
De repente, tudo vai ficando pra trás, mas o registro fica na mente e nas recordações - eram como beijos roubados às pressas... Por isso, soltar pipas em Agosto era muito bom... Enquanto elas se empinavam e se perdiam pelo espaço, as lembranças flutuavam na mente!
Naquele tempo, a gente não tinha fotografias e nem precisava de gavetas... Somente para guardar roupas, talvez...
Os olhos eram os nossos melhores armários... Tudo viam e tudo trancavam, arrumadinho - cada coisa em sua prateleira - e lá também se penduravam os raios de sol, as nuvens avermelhadas desfiadas e as cachoeiras que batiam nas pedras soltando faíscas de luzes... Filetes prateados e alucinantes que cegavam as nossas vistas, que nunca mais saíram da memória.
As coisas novas nunca ficam nos mesmos lugares... Os redemoinhos da vida as espalham pelos ambientes por onde andamos... Mas no armário dos olhos, nada sai da sequência e as imagens, em cores efusiantes, desfilam uma a uma, bagunçando nossas cabeças, estremecendo nossos lábios e levitando nossos corpos - viajamos, literalmente!
Às vezes, nos sentimos meio árvores - fixas no chão, embora seus galhos balancem e alcancem os céus, continuam ali - um exemplo de aceitação. Idosas e crescidas, não sairão vivas do lugar e se saírem, estarão mortas.
Assim, um pouco de nós se sente como árvores e outro tanto como o vento. É quando paramos estáticos, ou corremos o mundo só com a imaginação e o registro de nossas vivências. Mas não somos como elas que vivem as estações e não se descabelam com as mesmices . Quando florescem e frutificam, se superam em beleza com a nova safra. E se não dão flores ou frutos, renovam sua roupagem em folhas verdes e viçosas.
Na essência, nunca seremos como elas - envelheceremos aos poucos, mas para sempre e o viço da juventude se esvai, lentamente... Aí nossos brilhos serão outros - o conhecimento, a sabedoria e a renovação de valores.
Árvores e pessoas precisam ser adubadas com insumos potencialmente necessários à renovação e fortalecimento interior - elas perdem a flexibilidade dos seus galhos e as pessoas se emperram - corpo e mente.
Dizem que em Agosto os cães ficam raivosos e atravessam as cercas de suas casas, em busca de outros seres, para descarregarem suas raivas.
Talvez seja também a época de o homem soltar seus gritos e suas lamúrias - libertar o peito e deixar o ar sair em disparate, como pipas ao vento - as cores são as nossas marcas... o branco a nossa paz.
Quem sabe os Agostos de nossas vidas sejam oportunos desejos de repaginação de nossos layouts - tempos sagrados de reconstrução dos nossos projetos e recondução das ideias - renovação de tons, símbolos, sabores e percepções - o espelho de um outro EU.
O outono deixa sementes, que domem aconchegadas pelo inverno - berço temporário. Mais tarde, precisarão ser lançadas ao solo para germinarem. Como as pipas, as sementes devem ser lançadas ao vento, harmoniosamente!
Afagadas pelas mãos serão, respeitosamente, depositadas ao solo.
Foi em Agosto que, sem nenhum gosto, descobri que as férias eram passageiras - o mês de soltar nosso tempo era sequestrado pelos devotos do ensino que jamais entenderam que 'o aprender' é viver solto e livre de regras ou razões e que as pipas só se soltam sem amarras...
Agostos são guardadores de conhecimentos que brotam nas Primaveras . "Agosto é quando Deus deixa a natureza traduzir visivelmente o tempo das mutações". Transformações virão, aceitações, quem sabe? As sementes são novos gens prontos para diferentes combinações - mentes em evolução.
Deixemos as flores colorir os campos, os jardins e nossas vidas - olhos precisam de cores!
Então, sacudam os seus ventos, renovem suas poeiras - não deixem a sombra encobrir o sol - não deixem as lágrimas ofuscar os horizontes, não deixem a tristeza destruir as alegrias e não deixem o choro ofuscar os sorrisos. Vivam felizes os seus Agostos, enquanto aguardam, ansiosos, pelas suas Primaveras.
texto- Delza Marques - 8/08/2017- (Lendo Miryan Lucy Rezende).
