Eu Errei me Perdoa Poesia
Minhas poesias são reflexos das minhas dores, talves se não as tivesse, eu seria um escritor encéfalo.
A vida sempre me bateu muito, fez eu adquirir calos. Ao longo de anos, fui mudando, me moldando e me blindando. Hoje sou apenas alguém que não possui sentimento algum.
Houve momentos em que um abraço era tudo que eu precisava… mas ninguém estava lá. A solidão se torna um grito mudo, um vazio que aperta o peito, quando o corpo implora por calor e só recebe o frio implacável das paredes gélidas. Nessas horas, a ausência do toque se torna tortura, e o abraço que nunca veio rasga ainda mais a minha alma já despedaçada.
Talvez meu destino seja esse: ser ombro, mesmo quando eu desabo por dentro. Curar dores alheias enquanto carrego as minhas em silêncio. Ouvir choros… quando tudo o que eu queria era alguém pra ouvir o meu. Minhas lágrimas são segredos guardados, mas ainda assim… faço das minhas mãos cansadas um abrigo para quem precisa. Mesmo que o alívio… nunca venha pra mim.
Não importa o caminho, o desfecho é sempre o mesmo. Eu, naufrágio de mim. É como se o erro estivesse gravado em minha essência, antes mesmo de eu nascer. Cada escolha apenas uma variação do inevitável. Luto, insisto, me debato, mas há algo maior, invisível, que já decidiu meu lugar, é à margem, entre os que tentam e nunca chegam.
Penso nos dias bons, mas a dor me puxa pelos tornozelos, como se eu tentasse nadar em cimento. Cada pensamento feliz é afogado por um espasmo, um aperto, um sopro de tristeza cravado no corpo. Quero ver luz, mas há sempre uma sombra colada aos meus passos, sussurrando que sonhar dói mais do que desistir.
O mundo lá fora desaba em água e cólera, e eu aqui, sob este teto de vidro, vestígio translúcido daquilo que um dia chamei de proteção, permaneço imóvel, vulnerável, suplicando em silêncio para que sua fragilidade não ceda antes da minha. Como se houvesse hierarquia no colapso.
A terra treme e não é o chão, sou eu. Cada rachadura no solo parece ecoar uma falha em mim, somos feitos da mesma matéria instável.
Embora, em algum momento do meu breve existir, eu tenha buscado a morte, amo, inexplicavelmente, a minha vida.
Talvez eu não saiba o que é o amor porque aprendi a reconhecê-lo mais pela carência do que pela presença.
Meu passado é um espelho cujo reflexo me fere, ainda que eu o quebre, as lembranças de um tempo sombrio permanecerão intactas.
No terrível espinho do pecado eu pisei, mas a verdade que nunca quis ver Deus me revelou. Onde fui temporal, agora sou oceano, onde fui fonte seca, hoje transbordo.
As minhas batalhas internas, essas são as mais difíceis da mina vida, pois só eu as enxergo, só eu as conheço e só eu posso as derrotar.
Eu escrevo para não transbordar, o papel se torna meu confidente, onde meus pensamentos escorrem em rabiscos que carregam todas as minhas cicatrizes invisíveis, que além de mim, ninguém consegue as ver.
Quando a dúvida sussurrava, eu respondi com trabalho. A persistência foi meu verbo preferido. Agora colho o silêncio das certezas.
Talvez eu seja transgressor da minha mente, sendo infesto com minha existência. Sinto-me invadido por pensamentos que me repelem, como se minha própria consciência fosse inimiga, uma traidora que me enche de dúvidas sobre o direito de continuar existindo. Essa sensação de infecção mental corrói meu senso de identidade, questionando se ainda há algo de puro em mim para resgatar.
Tem uma coisa que eu sou muito bom, sou bom em não ser bom em nada... Ao admitir minhas incoerências e falhas, percebo que me curvo a uma verdade dolorosa, minha identidade se fragmentou quando meu corpo e minha mente falharam. Reconhecer essa “incapacidade” sem me ressentir é um ato de amor próprio que ainda carrego como ambiguidade, saber que posso “não ser bom” em qualquer coisa, mas ainda assim mereço existir.
Eu não sou preguiçoso, só tenho uma relação complicada com a gravidade. É que ela me puxa para baixo com tanta força que fica difícil levantar da cama de manhã.
Alguns passam a vida procurando por um propósito, mas eu encontrei o meu no brilho dos olhos de alguém que faz a minha vida valer a pena.
Seu pai pode ser um professor de matemática, mas eu sou especialista em calcular a fórmula perfeita para conquistar o seu coração.
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