Eu Errei me Perdoa Poesia
Sou apreciador das histórias tristes,
as que nos trazem a dor do aprender.
Já com as felizes nada se aprende,
a não ser, a dor de nada saber.
A CERTEZA DO TEMPO
Quando a noite o silêncio ensurdece e
A solidão é apenas mais uma praga.
O relógio, infame, a negra renda tece
Sudário de ouro, cobrindo a adaga.
E do fundo da cisterna úmida e fria
A dor da existência amofina a cerne
O pêndulo nunca trouxe paz e alegria
Necrose dos ossos!_ Vigia o verme!
Julga incivil meu dialecto de vil poeta...!
Espera, então a insanidade da velhice...
Onde o tempo é morte. Lenta. Mas certa!
Quando já não há sol nem luz no nascente
Tudo é tal e qual quanto fora sempre...
Fastio penoso. Apatia. Fim decadente!
Sempre tem um verso que não se encaixa
Um objeto da mudança que não cabe na caixa
O bicho de estimação perdido na mudança
Uma música improvável que toca e a gente dança
Tem aquele sol que não brilha tanto
O tanto que parece pouco
E o pouco que parece nada
Tem dia parecendo madrugada
Dá saudade, chora, chora, e não tem consolo
Eis o pão de cada de dia
Que infelizmente não foi me dado hoje
Não tive no café poesia
Nem um versinho na hora do almoço
Declarar minha fome ou me acostumar?
Desse tipo de fome eu não devo morrer
Mas se é pra viver do jeito que está
Uma passagem pro inferno
Cansei de viver!
La femme de trente ans
Amarás
o meu nariz
brilhante
as minhas estrias
os meus pontos pretos
os meus textos
os meus achaques
e as minhas manias
e as minhas gatas
de solteirona
ou não me amarás
Pensei
que a liberdade vinha com a idade
depois pensei
que a liberdade vinha com o tempo
depois pensei
que a liberdade vinha com o dinheiro
depois pensei
que a liberdade vinha com o poder
depois percebi
que a liberdade não vem
não é coisa que lhe aconteça
terei sempre de ir eu.
Lixo de vida.
Lixo de humanos.
Lixo de sol.
Lixo de luz.
Lixo de ar.
Lixo de dia.
E assim acaba minha poesia.
Que é um lixo, todavia.
lua em noite nublada
mulher misteriosa
e secreta ilha
numa mística
distante península
feita para sacudir
as estruturas
e as tempestades
sempre resistir
fuga do mundo
no mesmo lugar
em círculos a te buscar
no fundo por não saber
nem por onde começar
corrente estelar de virgo
de silêncio em silêncio
sem obter resposta
o coração segue endoidecido.
Será que o mundo é contente?
onde alguém que é diferente
enfrentando um mar de gente lutando por igualdade,
quem sabe essa vontade esse almejo por igualdade pode se tornar verdade
e um dia acontecer.
seja amor e amizade, dê presença de verdade pra alguém que precisa de você.
plante o bem e colha o bem, ofereça tudo que tu tem, faça algo faça o bem.
Nó
O tempo perdido
Pode ser recuperado
A solidão é a ausência
De alguém não encontrado
Deixe o passado no passado
Viva com as marcas
Disperse o medo
não chore, ainda é cedo
Não sinta-se só
Insista, tem solução
Há medo ao teu redor
Há coragem no teu coração
Ouça a coragem
Desate o nó.
LIBRA
linha tênue entre tempestade e brisa de verão, ela é balança que pesa razão e emoção. é viver se equilibrando na corda bamba da indecisão e fazer justiça com as mãos no coração. comunicativa, leve e descontraída, não se cativar por seu carisma é vã tentativa. sempre se pondo no lugar do outro, tem medo de magoar como tem prazer em agradar. ela rouba a desventura dos outros e cuida como se fosse sua. é esconder o nirvana dentro da alma e contagiar pela sua essência. é constelação que guia e sereia que dispersa. é equilíbrio perfeito de ingenuidade e malícia. amante da liberdade e esperançosa na bondade, acredita que o amor é uma flor regada de amizade. ela que é ar puro e força motriz, sociável e delicada, balança que cai e levanta e ninguém diz, é a menina que sonha grande e mente que voa longe. é calmaria, bagunça, guerra e paz que desfaz e se refaz.
amor não correspondido é como
se ajoelhar em arroz cru
e esperar
a água fervente
dos beijos dele
para suavizar a sua dor
mas ele nunca vem
Entre fios de letras soltas
e trapos de linhas livres
remendo palavras
envoltas no manto
bordado da poeira de poesia...
Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
Borboleta
Metamorfoseia borboleta
Ensina a conjunção ranheta
A transformar a solidão
Em acontecimento, e então...
Desenhar o dia com companhia
Alegria
Emoção com euforia
Sonhos e fantasias
Coonestando o coração
Com amor e paixão...
Voa belas borboletas
De asas multicoloridas
Brancas azuis e pretas
Glorificando esta vida
De chegada e partida
Em diversidade e brio
Colorindo o estio
Com felicidade, harmonia
Provocando na alma arrepio...
E na inspiração poesia.
Luciano Spagnol.
Neste começo d’hoje
tuas costas negavam
qualquer espécie de outono
Afinal
a ideia de estação
é só um tema ilusional
engendrado por humanos
que nunca puderam desenhar
tua coluna vertebral
a dedo nu
tenham atenção a esse nó
que acontece no estômago
no preciso momento em que
esperam por vosso amante
Declaração
Amo mulheres
que se amam,
mulheres amadas,
fêmeas fecundas não fecundadas
e outras mais que levam no ventre
futuros de outras
mulheres amadas
que se derramam pela madrugada
e dão à luz suas virtudes roubadas
amo-as irrestrito
suave e em delito
par
em
par
a todas e a cada.
Me vesti de Bráulio Bessa
Só para te dizer
Lute pelos seus sonhos
Até porque
"só se compreende um sonho se o sonhador for você."
Amantes amadores,
Amando amores
Amórficos
Amargos
Amarelos
Amassados
Amaram amestrar,
Amarrando
Amedrontando
Amargurando
Amordaçando
Amortecendo
Amachucar
Se foi amor,
Não foi amável
Não foi amigo
Não foi amante
Não foi amado
Foi-se o amor à morte!
Se amou, amou errado!
Quando alguém entra na sua vida, você quer fazer parte da sua história e não da sua estória.
Não apresente as pessoas o seu mundo de ilusões, seja verdadeiro, deixe que ela conheça o seu mundo real. Se ela quiser fazer parte também das suas estórias, deixe que ela decida por isso!
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