Eu Errei me Perdoa Poesia

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O DITO

No disse digo da vida
eu decide a partida
dizendo como dizer.

Foi editando o digo
que o dito disse aquilo
que não queria saber.

Esses ditos são dizeres
que ao dizer fica o dito
que disseram de você.

No dito por não dito
permeando meus gritos
tento eu compreender.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Uma parte de mim precisa de você e a outra também.
As vezes eu preciso de você.... Em outras preciso muito.
Então não abandone quem nunca abandonaria você.

Inserida por Renan_Villanova

UNHAS E DENTES

Quando eu arranco
as cutículas das minhas unhas...
Elas não me unham,
assim como não me unhava antes
... Com seus cotocos cortados
e seus cortados cutucados!

Mesmo assim...
Tão logo vem a anciã
e as dentadas desenfreadas
desencadeiam uma serie de tique
e com eles, as cutiladas nas unhas,
como se quisesse mantê-las na linha...
De uma, acabrunhada rua.

Para a ansiedade da anciã...
As unhas são como se fosses impunes
e como castigo da inquietação...
Cortam as unhas, já cortadas!
Pelos os tique das suas trivelas
e suas, incorrigíveis dentadas.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

POEMA AUTOBIOGRÁFICO

Onde eu nasci
A cidade é sorriso
Do triângulo mineiro, Araguari
O cerrado é dos pés, piso
A juventude, amanheci ali
E a saudade inciso

Na chuva, brincando cresci
Ouvi os pássaros no quintal
E as estórias de saci
Fui criança, afinal...
Hoje longe, eu aqui
E lá sempre estarei

Em nada mudei!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SEI MAIS NÃO SEI

Eu não vou ficar aqui...
Protestando o seu trabalho
nas minhas horas de folga
tudo para que,
essas horas passem agora
pois elas se parecem mais
com o calvário das minhas horas.

Eu não vou ficar aqui...
Ouvindo palestra que não são, e sim...
O que são, são imposição de patrão
e cobranças a mim.

Eu já sei, eu já sei...
Eu já sei que com a minha
carteira assinada...
Eu nunca serei o que sei.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Eu não sou seu príncipe
Eu não tenho nenhuma armadura
Ou alguma espada

Eu tenho muitos defeitos
Eu também cometo erros
Eu não sou nenhum príncipe numa armadura brilhante

Mas eu posso ser seu
Eu posso ficar ao seu lado sempre
Eu posso te abraçar quando você precisar

Eu posso te fazer sorrir
Eu posso te fazer feliz

Mas não esqueça baby
Eu não sou nenhum príncipe em uma armadura brilhante

Eu também cometo erros
Eu posso te magoar
Eu posso te fazer chorar

Mas baby

Eu vou estar sempre ao seu lado
Eu vou sempre tentar te animar
Eu sempre vou dar o meu melhor quando estiver ao seu lado

Mas não se esqueça baby
Eu não sou nenhum príncipe em uma armadura brilhante
Mas sempre estarei ao seu lado.

Inserida por Renan_Villanova

PRESTOS

Meus prestos...
Eu presto
e empresto,
sem protestos...
Para o empréstimo
reto...
E esse manifesto
eu detesto,
esse treco no esboço
que já vem posto
em bandéco...
Sou um pobre moço
todo insosso
não tenho troco
não tenho gosto
quando penso perto
me peteco.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

QUADRO DA MINHA JANELA

Diante da minha janela aberta
eu vejo olhos, olhares...
Jardins cheio de flores,
dia completos, horas certas
vejo, seu olhar que me olha
permeando-me seu ar, com amores.

Vejo beija-flores pairando sob ar
como se fosse helicóptero, voando e...
Revoando, em volta da felicidade
vejo acesas, as estrelas das cidades,
movidas pela alta camada de eletricidade.

Da fresta da minha janela...
Eu olho, e vejo, você como se fosse,
um diadema colorido, ou...
O totem da minha futura alegria...
vejo, todo o amor que ronda, a magia...
Permanentemente o fluxo
de todos os meus, queridos dias.

Do quadro da minha janela
eu vejo o quadrado do mundo redondo
o luar de prata em noite harmônica
raios de sol sob o alvorecer...
Vejo tudo, vejo o fundo do fundo!
de tudo aquilo que você...
Possa me oferecer.

No quadro da minha janela...
Tem um olhar para arandela
para ela, para aquela
que um dia pode ser rainha dos meus dias
ou flor das flores...
Minha, singela cinderela.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TRÁGICO VOAR

Vou ingerir e infligir
vou me esbaldar, eu vou p'ro ar...
Vou chapar n'essa chapada
em horizonte de chuvisco
cambaleios, nunca visto.

Eu vou chapar, eu vou chapar...
Com meu chápisco, meu belisco
sim! Eu tropico, quando trisco
corro risco pelo risco
depois caio no meu cisco.

É nesse circo que sempre fico,
bom, não é...
Mas, te indico como pacífico
e no primeiro bico...
Com tantas águas, nas deságuas
é tudo seu, somente seu
o seu fim sísmico.

Depois na hora do seu adeus
o que adianta, gritar velei-me...
Valei-me meu Jesus Cristo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

INGNÁVIA

Vocês que já viram tanto!
Esperem até verem, aquele menino que eu vi...
De alpargatas, vestes rasgadas, todo sujo,
tomar banho... Até queria
mas... Nunca encontrava água,
alem, do chafariz.

Um dia aquela mulher, toda saia,
rodada em seus sentimentos
passou pelo reduto, d'aquele menino
o medo expelia n'aquele breve momento...
A fome, esticou a mão do pedinte...
'Dai-me um pão, apenas um pão'
para que eu possa, burla a minha fome
que da forma que me vem...
Muito breve ela me atalha,
e eu assim... nunca! Nunca conseguirei,
chegar a ser homem.

A mulher, por ser pedida
e com medo todo d'aquela vida
tremia n'aquela avenida...
O menino por sentir-se frágil
e com a fome em espantalho
tremia em seu medo 'no medo
de nunca conseguir ser grande.

O medo ali, espalhava-se...
Nos olhares,
nos passos sob a multidão
na aglomerações dos ônibus
e no, estiramento das mãos.

Tudo era medo n'aquela cidade
até mesmo a vaidade...
Sorria com medo de um dia,
minguar, e ficar mesquinha.

O medo, estampava-se...
Nos sentimentos das autoridades
nos amores dos namorados
nas intensidades dos telhados
e pelas ruas dos bairros alagados.

Pela noite de blecaute, medo
... Medo pelas sombras das calçadas
pelas portas abertas das casas
e pelos contos falsos das fadas.

Era medo em cada esquina

em cada quina em cada rima
nas ordens dadas de cima
e medo por ser, menina.

O medo cresceu ficou bruto
passeava pelos viadutos
pelas pontes e pelas placas
e pelas caixas de papelão.

O medo ficou de ressaca
se deitou na classe alta
e foi tremer o coração.

Antes o medo era pobre
aumentou como se fosse preço
e tomou conta da nação.

Agora todos estão com medo...
O mundo, não tem mais segredo
e o povo, não é mais irmão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

LEIO ENLEIO

Leiam, leiam!
Eles lêem...
Eu leio o alheio...

A encomenda do correio
os enleios do meu EMAIL
o velho com meu hashtag
o link dom meus selfs
o meio que me deixa cheio
que me seque, que me segue.

Eu leio... A hora do agora
no tempo que me apavora
o momento de ir embora
a velha cola, da escola
o minuto do decola
e os últimos segundos da bola.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DIA DE FRIO
No dia de frio...
Eu parei para ver o rio
o rio se quer parou
lavei o rosto nas águas
as águas não me lavou.

Depois visualizei a onda
que as ondas de mim levou
na mansidão do remanso
nos trilhos do meu tamanco
nos polens da minha flor.

No dia de frio...
eu contemplei o estio
no intimo do meu tremor
os passos de todos os trilhos
os descarrilhos dos meus trilhos
e os abraços de todo amor.

Em dia de frio...
Ai, ai meu senhor!
Quantas vidas pelas ruas
que morre no treme, treme...
Com frio que vai no osso,
e um amor todo insosso
que almas por ele geme.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Eu não quero mesmo ser alguém que te conhece como todos o conhecem
Quero adentrar à sua alma e vasculhar os seus segredos
Quero ser o motivo dos teus pensamentos e suas divagações
Alguém com quem você compartilha seu mau humor e suas gargalhadas...
... Eu quero ser o seu amor
Ou isso, ou nada!

Inserida por elisasallesflor

NÃO SEI

Eu sei, eu sei...
Ouvi a voz,
era a minha vez,
e eu passei...
Agora, não sei, não sei!
Não sei se eu terei vez,
nem sei quem fez a vez...
Tudo que eu sei,
quando chegou a minha vez,
... Eu passei.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Se tu voltasses...

Dia bonito
Aragem de frescor
Terna primavera!
... Mas o que tenho eu com ela?
Sou um fruto do seu descaso.
Por onde andas meu amor?

Por favor
Não questionem minha tristura
Aqui dentro, onde tudo existe
crença alguma mais persiste,
e as rosas... Ah, as rosas
tão tenras e prosas,
morreram em botão...
Dói-me tanto o coração...

Mas se tu viesses
Se voltasses, enfim,
borboletas azuis, as mais afáveis
revoariam no meu jardim,
e a vida do meu dia,
seria então
poesia...

... Ah meu bem,
se tu voltasses...

Inserida por elisasallesflor

NÃO ME INQUIRA SOBRE O AMOR

Como eu vejo o amor? Pergunta inusitada!
Tal como a morte, me é certo e preciso...
Mas corta a carne como o fio da espada!
Sempre fugiu ao meu domínio. Juízo...

... Que sempre foi a guilhotina má. Afiada
Mão impiedosa do destino avassalador
Nunca fui sentida como a donzela amada
Como a morte, implacável, é o amor!

Flui-me por entre os dedos como o tempo
Este algoz, sentimento de dor e tormento
Beijos frios, pérolas aos porcos e ao vento!

Nunca vi a face do dulçor, acalento doce...
Nunca verei a morte até o fim momento
Não me fale pois do amor;esta mortal foice!

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

GRASNE LIVRE O CORVO!!

Porque haveria eu de não dessaber do sentir?!
Este amor mesquinho que revoou em meu umbral
Acaso foi ele um dia o rosa vermelha à florir?
Não__ Antes fora a peçonhenta mão do mau...

Há chegar nas horas ainda de esperança menina
Varrendo toda utopia do meu verso em arranjo
Envenenando a moça com melado e Estricnina
Podou ainda no anunciar as asas do casto anjo!

Pois então porque não deveria ignorar o amor?
Este maldito tormento das madrugadas frias
Quando nem o beijo falso trás mais o langor...?

Viver de amargura, melhor que existir no engodo.
Que jamais torne a entregar o coração de poesia
Padeça a poetisa lúcida e grasne alto, livre, o corvo!!

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

ESSE PRAZO

Eu preciso de tempo,
antes que me acabo, me de prazo,
para que eu possa, me ajuizar
nesse juízo de mandatos
que sem ouvidos, me arrastam
pelos meus gritos e castigos
pelos trilhos que estavam contigo
e pela leis desses proscritos.

Vida sem prazo, não é nada
... Enforcamento de tempo
afogamento d'água
me vejo molhado, sem asas,
em angustia, que arrasa,
mesmo sem lado, sou de casa,
n'essa brasa, que me aça
no estrangulo nesse fado
me sucumbo nesse enfado.

Meu prazo longo...
meu tempo passa,
vida me abraça, com essa brasa
ébrio me acha...
E eu, fico assim, n'essa cachaça
... Na incisão de prestação
de uma nação sem coração
quanta paixão!!!
Quantas bombas, nesse torrão.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

LAMBUZO DA PAIXÃO

Com pentagrama eu rascunhei
as notas envolventes da nossa paixão
e sob passos do meu peito
eu marquei os contra passos
do nosso amor,
e, induzido pelo seu calor
e dancei sob passos entrelaçados,
e laçados pelas notas do coração.

Uma vez no salão da sedução...
Enquanto o frenesi, elevava meu ego,
eu, rodopiei em seu chamego...
desfalecendo sobre seu corpo
e lambuzando-me sobre sua volúpia...
Eu pincelei amores que deixavam loco.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

POÇO DA PAIXÃO

Se o meu chorar não fosse lágrimas
talvez... Talvez eu aguentasse
Mas, como lágrima é água,
quando os sentimentos me apavoram...
Me banho em lágrimas! Por isso...
Quanto mais eu choro...
o meu amor desfalece e se degrada.

Mas veja... Com o tempo
o poço da paixão secou,
e quando me dei conta...
Eu tinha chorado todas as lágrimas...
D'aquele nosso louco amor.

Inserida por Amontesfnunes

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