Eu Errei me Perdoa Poesia
Caminhada
Na esquina da vida eu busco,
O silenciar da ilusão,
A existência esvaindo,
E o destino se cumprindo
No caminhar neste chão.
Talvez eu não consiga quanto amo
ou amei teu ser dizer, talvez
como num mar que tu não vês
o meu corpo submerso seja o ramo
final que estendo já não sei a quem
Minuciosa formiga
não tem que se lhe diga:
leva a sua palhinha
asinha, asinha.
Assim devera eu ser
e não esta cigarra
que se põe a cantar
e me deita a perder.
Assim devera eu ser:
de patinhas no chão,
formiguinha ao trabalho
e ao tostão.
Assim devera eu ser
se não fora não querer.
de repente
não mais que de repente
eu você
você e eu
nós dois assim
frente a frente
não mais que de repente
nós dois a fim
bem rente
olho no olho
dente no dente
de repente nós dois
pra sempre
no primeiro jardim
da via láctea
fica assim combinado
o nosso piquenique
eu vou de bike
com meu tênis da nike
e não vejo a hora
de avistar o teu
sputnik
venha
me livrar
dessa vidinha à toa,
enquanto
eu fernando,
você outra pessoa:
rapte-me da cama,
leoa!
De amor
Eu não tinha nada, ao vir para este mundo
Busquei em cada olhar um abrigo, um amigo
E nesta leitura me fiz mais profundo
No meu eu. Me vi rico, me vi mendigo
Cada tempo, cada minuto, cada segundo
Caminhei junto ou separado, calei e pude falar
Assim o corpo se tornou fecundo
E aprendi como é bom amar
Que na alma só ele vai fundo
E ao partir, nada terei, só o amor pra levar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano
Ainda hoje você me perguntou o que eu podia querer de presente
Eu tola, respondi que nada!
Que resposta errada!
Quero de ti tudo que não tem preço
Tudo que o dinheiro não pode comprar
Quero seus carinhos, seu toque, seus beijos
Quero seus abraços mais que tudo na vida
Quero seu sorriso ao me ver
Quero poder abrir os olhos e ver você
Quer te procurar a noite e te encontrar
Quero seu peito pra descansar
O que quero de ti é afeto
Sempre ouvi que boas pessoas só recebem em troca o afeto
Talvez por isso sempre quis ser uma boa pessoa
Porque sempre soube que não se pode comprar afeto
Não se compra carícias, beijos e abraços
Não dá para agregar valor aos sentimentos
Quero que continue a me abraçar a alma
Quero que continue a me ler os olhos
Quero que nunca deixe de mexer nos meus cabelos
Quero que nunca me deixe sem teus beijos
Eu
Este mundo imenso, imenso mundo
De pessoas que nem sempre se acham
Grandiosas, este mundo de pessoas
Que acreditam em valores e perdem valores.
Mundo de vapores
E construções, pessoas em estilhaços
Amordaçado – coração.
Mundo imenso, imenso mundo de seres viventes,
Mundo movente, comove por dentro
Pega fogo e se consome – exausto.
Tudo vai perdendo o sentido,
Como esse mundo vasto e imenso,
Querendo ser explorado, explorado
Mundo incompreensível.
E assim vai seguindo o mundo,
Este mundo imenso, de máquinas
Movidas a vapor, combustível
Ou sangue – mundo imenso,
De pessoas que fingem amar,
De pessoas que se acham donas da outra,
Que firmam a posse, e se acham
Únicas, e perde a que se mostrar
Inferior.
Este mundo imenso, imenso mundo.
Foram oito meses
Sem mais e sem menos.
No primeiro mês, com dor no peito eu escrevia a minha poesia
Conheci essa morena, um amor a primeira vista
Me ganhou com seu sorriso e carisma.
No segundo mês, eu a encontrei,
Já estava apaixonada, eu dizia,
Mas o coração ainda doía.
Lembro de segurar sua mão pra baixo e pra cima.
No terceiro mês, o seu bom dia era tudo o que eu queria
Seu sorriso iluminava o meu dia
Então parei de escrever versos
Sobre um passado que já não me feria mais.
Ela já fazia parte de mim ainda no quarto mês
Juras de amor e de carinho
Eu te escrevia versos de paixão ao vivo.
Sua voz eu ouvia ao anoitecer
Sussurrando bem baixinho á me aquecer.
A insegurança às vezes batia,
E você me batia mais ainda.
Você jurou seu amor no quinto mês
Me cativou e se esquivou
Você se importou, mas nunca se apaixonou. Palavras aqui, palavras ali
E você diz que já não sentia.
Me machucando mais uma vez
Eu me afogando em embriaguez.
No sexto mês você se disse arrependida
Se comprometeu,
Disse que o amor da sua vida era eu.
Então ele apareceu
E você se escondeu
Com todos os meus pulmões eu gritei
Mas você não respondeu.
E meu mundo a escurecer
Voltei a escrever.
Por que você me deixou se eu era o seu amor?
E o fim da nossa história se concretizou.
Você foi o motivo pelo qual parei de escrever,
E o mesmo motivo pelo qual voltei à o fazer.
Sinédoque
toda vez que vejo um filme eu me apaixono
pela atriz eu penso
mas é pela personagem
eu penso mas é
pelo diretor mas é
pelo filme pelo cinema
pela arte eu penso
mas é pelo mundo
no mundo existe ela
com quem a atriz se parece
não, a personagem
(não, nenhuma das duas
que só me encantam por ela)
ela por quem penso
me apaixonar agora
e por quem canto há dias
a mesma música sem voz.
na próxima encarnação
eu quero nascer formiga
trabalho duro no verão
que sonho não enche barriga
no inverno descansar e então
cigarras cantem por comida
migalhas dou por sua canção
minha vingança de formiga
se eu não for
eu mesmo
é o mesmo que eu
ter morrido
se o que me salva
me anula
então não é a mim que salva
não sou eu
é o eu-
comprimido
que no instante em que surge
eu sumo
meu sumo se esvai
e eu morro
se me salvaria antes
um segundo
num segundo eu tomo
e me toma
e já não sou eu quem fala
é o outro
eu que não sou
eu mudo
eu que não falo
não sinto
eu que não existo
socorro
se o que me salva
me mata
não é a mim que salva
é de mim
o mundo
você não acreditaria que eu sigo
mentindo e que agora as mentiras
são quase bonitas
apenas porque morremos:
a beleza.
apenas porque morremos
o sol voltará amanhã
exigindo que ao menos
um
de nós
tente de novo
você não acreditaria nas coisas
que tenho tentado provar –
a libido, o corpo, o frio
(sobretudo o frio)
você não acreditaria que
apenas porque morremos
as coisas ainda brilham
que apenas porque morremos
ainda somos necessários
Eu não tenho a alma de um corrimão.
Eu sou mais do elo, da liga e do laço.
Respeito para mim é coisa fina,
assim como o abraço.
Se eu chego antes,
te pego com respeitos demais;
Se eu chego atrasada,
te pego casado e pai;
Então eu chego agora,
pra ver se é boa hora.
Eu decidi meio que sem notar deixar muitas coisas de lado, agora notei que uma delas foi o ódio, que é tão próximo ao amor, porém bem mais citado
Não vou dizer que tudo melhorou, que não tenho problemas e fico zen, mas parei de me preocupar em guardar tanto rancor dos outros e lembrar que podemos amar alguém
Além de si mesmo, afinal, nós é claro, podemos, ser gratos a nós mesmos e pelos frutos que plantamos e tão pouco colhemos
Meu coração pulsou por alguém e ficou perdido, meu coração quebrou por alguém, ih iludido, meu coração bateu por alguém, Ah escondido, meu coração, olha, meu coração, esteve sempre comigo
Nunca me deixou de lado, sempre teve por mim respeito, ao contrário do que faço, dedicando ele aos outros e o deixando de lado trancado no peito...
Risos, gostei tanto desse meu texto que desisti de terminar, deixo a quem for ler essa parte, façam como quiserem... Mas não se esqueçam, todos nós nos amamos, mesmo sem falar... A frequência é a mesma!
Pensei em mentir, pensei em fingir,
dizer: eu tenho um tipo raro de,
estou à beira,
embora não aparente. Não aparento?
Providências: outra cor na pele,
a mais pálida; outro fundo para a foto:
nada; os braços caídos, um mel
pungente entre os dentes.
Quanto à tristeza
que a distância de você me faz,
está perfeita, fica como está: fria,
espantosa, sete dedos
em cada mão. Tudo para que seus olhos
vissem, para que seu corpo
se apiedasse do meu e, quem sabe,
sua compaixão, por um instante,
transmutasse em boca, a boca em pele,
a pele abrigando-nos da tempestade lá fora.
Daria a isso o nome de felicidade,
e morreria.
Eu tenho um tipo raro.
Pisca Pisca
Na casa do meu avô
Tinha eu e mais quatro
Colhemos capim
Colocamos no sapato
O Isaac pediu uma bola
O Mateus um boneco
A Bebel uma saia
A Mychelle uma boneca
E eu uma caneca
Pisca pisca ali na frente e do lado
Meu presente no meio da árvore
Com meu avô segurando o saco
Mas quando abri
Veio uma caneca azul
Era igual a do meu avô
O papai Noel só esqueceu de uma coisa
Que não pedi dessa cor
Que
" Vá minha luz
rume para o alto
mesmo que eu possa apenas te olhar
brilhe
nasceste estrela
tudo que quero é te ver brilhar...
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