Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
A dificuldade no convívio com radicais de qualquer vertente é que só podemos falar com eles de amenidades, já que qualquer assunto sério vira palanque para um discurso interminável de defesas surdas e inflamadas de seu tema predileto.
Não é papel nosso atuar como juízes de realidades diferentes da nossa. O nome dado a tal ato é preconceito. Precisamos é tentar entendê-la. Se não for possível, pelo menos respeitá-la.
O extremista prescinde de um observador para adjetiva-lo. Ele se aliena com total autonomia, já que orbita o único foco que conhece, em moto contínuo, e sua condição de “satélite” ensimesmado o impede de perceber a vastidão à sua volta, que por sua vez também o ignora.
O mundo ocidental exerce forte resistência ao intangível que escape à lógica vigente, por mais que todas as evidências se revelem inequívocas. A ciência tradicional ainda o trata com a burocracia do ambiente político que, quando chega a oficializar os fatos, eles já evoluíram para um patamar muito acima, e o que é franqueado a todos se equipara ao enganoso brilho de uma estrela morta. Para se ter ideia da defasagem, a própria física quântica só agora começa a admitir realidades com que os místicos orientais já lidavam há cinco mil anos.
Respeito e convívio são coisas distintas, um é obrigatório, o outro opcional. Mas o fato de não buscarmos o convívio por nos virmos o oposto de uma outra pessoa não nos exime de respeitá-la, nem legitima qualquer ato que possa feri-la em sua honra ou se preste a agredir seus sentimentos. A forma como tratamos nossos diferentes diz muito mais sobre nós do que sobre eles.
É comum ver pessoas se melindrando com visões críticas por não saber distingui-las de censura ou julgamento. Ao mesmo tempo se vê outras maquiando suas grosserias como “crítica”, quando também não dá para confundir as duas coisas: a crítica é direcionada para as ideias, a agressividade para as pessoas. Desse modo o recurso de se alegar uso de crítica para mascarar uma clara agressão a outrem não vai além da estratégia dos covardes.
No dia do julgamento eles descobrirão que o embriagado falava a real, o escravizado era santo, e o entorpecido pousava de patrão. #trialidade é a política da dualidade levada aos isentos de plantão.
Acreditar ou não num deus é uma crença como outra qualquer: apenas se crê que exista ou se crê que não exista. Mas, apesar disso, os dois lados se veem no domínio de uma "verdade", inalcançável a ambos, de que se utilizam para menosprezar-se mutuamente em vez de tentar entender que são exatamente iguais, somente seguindo em direções contrárias.
Ninguém que se declare defensor das liberdades deveria se rebelar ao ser contrariado, pois que esta é a postura mais típica dos tiranos, não de libertários. No âmbito da Filosofia o pensamento – correto ou não – é livre. Mas isso não é sinônimo de fazer o que se queira, ou de ter um posicionamento avesso a regras. Tal entendimento não é próprio dos que defendem causas nobres como a da liberdade de expressão, mas de quem não percebe a diferença entre libertários e libertinos.
Os Seres Vivos sempre começam pelo sabor e, em seguida conhecem o labor. Podemos crer que os dois juntos podem se chamar de Amor.
À medida que avançamos nos anos poucas oportunidades temos de fazer novos amigos. Dessa forma os antigos passam a ocupar um espaço enorme em novas vidas e o amor que lhes devotamos cresce junto. E é justamente quando a existência se revela mais cruel, pois ao tirá-los de nosso convívio não tira somente um amigo, mas nos arranca parte do que somos, de nossa história, das alegrias construídas com cada um deles. Ao deixar nosso mundo cada dia menor, coloca nos ombros dos que ficam uma carga quase insuportável do amor que trazemos, já que tão poucos para dividi-lo.
Resposta à Fernanda Young, para sua Carta à Tristeza:
Pois é, Fernanda. Folgada como é, comigo ela faz o mesmo. Vez por outra bate na porta,e quando abro ela ai entrando de mala e cuida, se achando a dona do pedaço, como é dedeu feitio. Pensa que vai chegar e se instalar de vez, pois abre o guarda-roupas e ocupatodos os meus cabides – com toda pompa e circunstância – como se fosse ficar para sempre.
Mas como sei bem como ela é, num primeiro momento finjo que concordo. Por educaçãopermito que entre e ocupe todos os meus espaços sem oferecer resistência, como aconteceuainda esta semana mesmo. Mas no dia seguinte já deixo claro que se trata do meu espaço,e que sua estada é – e sempre o será – bem breve, deixando a mala dela bem à vista para
que não se esqueça. Sempre que chega faço assim: não a ignoro nem a expulso; só nãodeixo que se assenhore de tudo.
Logo na primeira vez em que tentou se instalar, disposta a transformar sua vida em casamento,falei em alto e bom tom que isso nunca aconteceria, pois que temos naturezas bem diferentes:e o rompimento se daria em seguida por absoluta incompatibilidade de gênios: ela é amargae eu amo a vida, ela torna tudo pesado e eu curto ser leve, ela gosta da noite e eu adoro o sol.
Então não batemos! Acho que funciona, pois logo ela faz as malas de novo e procura outro lugarpra ficar, já que sabe que por aqui nunca vai passar mesmo de uma hóspede rápida e passageira!
Sei que agora você vai ficar bem, como eu já estou desde que ela desistiu e se foi daqui de novo,em busca de outro lugar pra morar. Sempre tenta, é claro, mas em algum momento vai acabarentendendo que por aqui é que não vai ser!
Espero que se recupere tão rápido quanto eu, e ponha pra fora esse seu sorriso outra vez.
Um beijo pra você!
Luiz Roberto Bodstein
CORRE,CORRE
a vida nos prega peças
quando menos esperamos nos prega essas
nascemos sonhando não esperamos que
o tempo coloque tudo as avessas
muda os rumos que almejamos
trabalhamos,estudamos,planejamos
trabalhando desanimamos pois tudo que pensamos
corre não corre como planejamos
sonhar é bom até os animais sonham
gatos e cachorros com certeza
olhos reviram, latem, suspiram
patas em convulsão se arrastam pelo chão
vivemos em um looping
somos vitimas do vai e vem
não somos donos de nossos gostos
nem de nossos atos também
Vivemos a morte à cada dia
hoje não vemos quem a gente via
o tempo nos leva e a tudo
ficamos com ele,cegos,surdos,
caducos,parados,esquecidos
arrependidos,findos
Me Caço
Me caço
me laço
me faço
no encalço
do abraço
me amasso
me desfaço
me culpo
me cuspo
me uso
me abuso
me culpo
me puno
me vejo
desejo
um beijo
um gracejo
saída
partida
ida
despedida
perdida
iludida
desprovida
sentida
A VIDA SEGUE
A vida segue seu curso,como um rio,tranquila as vezes,às vezes não,às vezes encontra pedras em seu caminho mas com sabedoria as sobrepõe,são bloqueios impostos pela natureza que não cabe à nós questionar.
Como a água em um rio nos conformamos à elas e seguimos o curso.Sabemos por experiência que existem e em algum momento os encontraremos,não estamos preparados para isso até que aconteça.
Neste percurso,algumas vezes,nos desorientamos e tentamos represar o curso dela(a vida),criamos obstáculos, que se interpõe entre a nascente e a foz,algo humanamente impossível de controlar, toda represa,um dia pode se romper e quando acontece,causa transtornos ou prejuízos.
Prejudicamo-nos inconscientemente tentando lutar contra a correnteza que é mais forte que nós ,se soubermos navegar pode nos levar para um lugar melhor,se resistirmos ou não soubermos como transpo-la pode nos afogar,nos sufocar em nossos sentimentos de raiva,angústia,decepção,tristeza,não é simples mas se pudermos respirar neste meio tempo,somente respirar no verdadeiro sentido, podemos passar por este mau trecho e continuar nosso trajeto que na maior parte das vezes é manso.
À Toa
a melhor maneira de começar é começando
o início é maravilhoso tudo é sonho pensar é gostoso
no início nada é definido com o decorrer tudo vai sendo decidido
é no meio que tudo se incorpora, sorrisos,choros,esperanças e aí começa a demora
é aí que a trama se decide que a diversidade reside
aí o texto se incorpa,aí se nasce ou se ve a idéia morta
aí a realidade e a ficção se juntam e se veem postas
onde tudo acontece ou tudo embota
depois do início e do meio o fim se aproxima com galanteio
um texto sem pretensão, escrito por escrever,
para ver como termina então
pode não ser o que no começo foi esperado
mas foi o suficiente para me sentir realizado
nada foi dito, nada foi escrito
tudo é nada quando não tem sentido
termino como comecei
nada falei nada comuniquei
sentei,escrevi,relaxei,me diverti
nada acrescentei,terminei
Os encontros por aparências são temporais, por sentimento, são perenes, mas somente através das almas serão eternos.
Dizem que os homens se encantam pelo que vêem, enquanto as mulheres, pelo que ouvem, mas na verdade, ambos se encantam pela forma como são tratados.
O que mantém um relacionamento maduro não é o amor, é a reciprocidade, como um equilíbrio nas trocas.
Todas as coisas, boas ou ruins, são passageiras, mas as emoções e sentimentos serão perenes, enquanto fluirem.
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