Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto

Quando não queremos educar as crianças para serem adultos educamos os adultos a serem crianças.

Ando no campo e procuro
um clima sem sujidade,
e o campo dá-me o ar puro
que não tenho na cidade.

Não plantamos árvores porque gostamos de plantas, mas sim porque as árvores nos dão frutos e porque estamos preocupados com a nossa sobrevivência.

Após o conluio feito no sinédrio,
seguiu-se o homem, do que é capaz,
sobrando o exemplo dado por Caifás
aos muitos que bebem do mesmo remédio.

O povo, inseguro, ignora, a preceito,
as frases de Cristo, na sua missão,
o seu a seu ego, em cada oração,
pra ter mais orgulho em cada defeito.

Confundem-se os justos com os vendilhões,
num vasto sinédrio de todas as cruzes,
acendem-se as trevas, apagam-se as luzes,
e fecham-se as portas dos bons corações.

Como todos os bons cristãos, serei sempre culpado do bem que podia fazer e não fiz.

Que o estado da minha mente conserve este Natal durante todo o ano.

Se esta chuva não parar
durante esta madrugada,
amanhã não faço nada
e tenho a terra pra cavar.

A minha pátria é o Mundo onde estou e onde me sinto bem.

O olhar de um hipócrita cheira-me quase sempre a esturro.

Peço apenas ao Pai Natal que me dê juízo, para não ser usado e abusado tantas vezes. E para a frente é que é o caminho.

Os hipócritas pensam quase sempre que os outros são parvos.

Penso que ninguém deve ter direito a um subsídio de risco até que os escritores o peçam.

O principal responsável pela pobreza no mundo é a falta de amor entre as pessoas.

A Cultura amedronta os poucos que comandam, surpreende os muitos que servem e assusta todos os que armam intrigas.

Os meus amigos são aqueles que me acompanharam nos momentos bons e nos maus momentos.

Somos quase sempre maus para quem nos deve alguma coisa.

Penso que a política não precisa de pessoas que querem ser necessárias, mas sim de gente que pretende ser útil.

Todos querem produzir vinhos caros e o povo tem sede de água.

Acho estranha essa inteligência de as pessoas dizerem que vivem em liberdade e de se imitarem umas às outras.

Quando se vai o Carnaval, vão-se as máscaras mais verdadeiras do que o seu próprio rosto.