Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
VALA DE OSSOS
Descobriram n'aquela vala antiga
uma pia de ossos de gente...
E algumas casas de formigas.
Os ossos, todos iguais,
com exceção, da diferença de tamanho
mas na cor, todos brancos e com certeza
... As lagrimas de todos, eram d'água.
Ossos, todos esqueléticos,
sem pele, sem sangue, sem carne
Não dá para saber as cores dos
olhos e da vida dos donos...
De quem vivia em castelo
ou de quem vivia em abandono,
quem era pobre ou rico...
Católico, crente ou descrente
quem nasceu primeiro, ou depois
a única diferença que se dá para notar
é d'aqueles que urinavam no penico.
Aquela vala cheia de ossos de gente
é mesmo aquilo que pode se falar...
Que aqui, somos todos inocente!
Que somos iguais perante a terra
e que todos um dia, irão se acabar.
Antonio Montes
TRUPE DE VENTO
Um trupe de vento passou por aqui
vindo, não sei de onde,
Indo... Sei lá e não sei se esconde
... Sem asas sem bonde,
Sem respeitar saia de moça
nem charuto de conde.
Esse vento, ouriçou placa...
Bandeira, roupa no varal!
Provocou... Carreira em potro,
tombo de bêbado
e voar de pombos.
Levantou pipas da molecada
poeira das estradas e atiçou...
Atiço areia sobre as águas.
Aquele trupe de vento que passou por aqui
.... Vindo não sei de onde...
Fazendo corrupio no cisco,
alegrando, cardumes de piabas dos rios...
Pássaros no estio,
farfalhou as folhas
disparou as hélices eólicas
espatifou o bocado da farinha antes da boca
ouriçou os cabelos da velha louca
e badalou os sinos das igrejas.
Aquele trupe de ventos que passou por aqui...
Passou trazendo águas e nuvens
levando as chuvas
alegrou, melou os olhos
Destampou as rolhas,
farfalhou as folhas...
Aquele vento que passou por aqui,
abrindo porta e fechando janelas...
Serpenteou por todas vielas!
Urrando que nem lobo...
Rangendo que nem dentes
esturrou, como se fosse um leão.
Aquele vento que passou por aqui
chiou venenoso, que nem serpente
desfez, procissões e saravas
jogou cisco na cuia do almoço
no momento de cear...
Despedaçou exame de abelhas
desmanchou rasto de ratos,
destrambelhou, voar de pato
provocou e oscilou as ondas do mar.
O bando de pássaro se foi com ele
voltou por causa dele
as borboletas ficaram alem dele
aquele vento, levou as velas da canoa
e o canoeiro, perdeu o dia de chegar.
Antonio Montes
QUANDO MORTO
Claro que os animais,
com alma ou sem alma
quando morto, suas almas,
não nos assombram...
Nem nunca irão nos assombrar!
Pois vivos, são ininterruptamente,
assombrado por nós.
Nós os assombramo-los
o tempo todo, todo tempo...
Com nossas ações, nosso dividir
e nossas ganâncias para com eles.
Os animais vivos...
Vivem o mártir o flagelo
a prisão sem condenação
noites longas de escuridão
e dias muitos amarelos.
Muitos das vezes
eles vêem a óbito amarrados,
fechados, engaiolados
e tudo isso é claro...
Sem nunca terem sidos, condenados.
Antonio montes
INVISIVEIS
Pelas ruas, em seus trapos...
Lá vão eles, lá vão eles com sacos nas
costas, rostos no embaço e passos fracos
... Mãos ao se estender, almeja um pão.
Sob o espaço da praça, lá estão!
No peito uma paixão... Alguns...
Apresentam, uma mímica,
uma musica uma poesia, uma expressão,
nunca apresentam uma ludibriação!
A fala, é uma fala com o coração.
Em seus rostos sobre o vento...
Duas lagrimas forma rios, expelindo
pelos fios das suas mãos.
Uma flauta no tempo... Assopra algumas
cordas velhas de um violão.
Uma canção no peito,
sorriso ao vento, choro na escuridão.
Passadas fracas, lá se vão, pelas noites
pelas ruas do frio... Ou um sonho
sob a velha caixa, de papelão.
Ali, sob relento, encontram-se com o abrigo.
Os olhos te olham, mas não te vêem...
Sua fome, ninguém sente!
Quando te olham, fingem não te perceberem.
Ali na rua escura, sob frio sob chuva
estas alheio em meio as suas agruras...
Estas alheios nos enleios das amarguras.
Alheio, a toda essa gente! Não chore,
não chore, siga em frente...
Um dia você irá morrer, eles irão morrer!
Todos irão morrerem, e os seus ossos...
Irão ser, como os ossos de todos eles!
Não chore... Não chore, a noite...
A lua deles, é sua também, de dia, o sol deles...
É seu também, não chore... Esse caminho
de quinquilharias... Roupas furadas
sapatos rasgados, pés descalços...
Ninguém vê! Ninguém vê seu medo tremulo
suas pernas mancando, cambaleando...
Ninguém vê o caos da sua miséria...
Nem a degradação do seu ser.
Sim, sim! São humanos também...
Mas não te ouvem, não te vêem,
não escutam o seu pedido de socorro!
Assim como não escutam o seu soluço
desesperançosos, ou sua fé descendo
o morro. Não chore, não chore... Você não
tem partida, não tem bom dia, não tem
boa tarde, boa noite... Eles também não
tem bandeiras, nem percebem que a vida
por aqui, é passageira. Sabe... Eles estão
esquecendo suas vidas, junto a sua alma
Não sabem que sua alma grita por amor
por coerência, não sabem, que suas noites
são desprovidas de sorrisos, de asas e de
sonhos... Não sabem que sua alma grita pela,
incompetência humana, nem que você vaga
por ai como se fosse fantasma em plena luz
do dia! Não sabem que seus dias soluçam
de medo de desespero, Não sabem que
sobre seus braços o futuro vem a óbito, a
todo momento dos seus dias... Não chore,
não chore eles te olham, mas não te vêem
te ver, é apenas mais uma faceta da agonia,
mundana.
Antonio Montes
Passo dias e dias e dias
sem escrever poesia...
Mas de repente
sobresalta-me a inspiração
como enxurrada
de verão!
Não escrevo para ser lido ou aplaudido, escrevo para sentir que existo e que estou fazendo alguma coisa útil para a humanidade.
Não me considero um grande poeta, considero-me apenas um ajuntador de palavras que a cada dia que passa tem mais zelo por elas.
Sinto necessidade de escrever como sinto necessidade de respirar... E o amor é o meu melhor oxigênio.
TOQUE DE BELÉM
Aquela palhoça,
toda oca, tem poça...
Poça de chuva
parreiral de uva
ouriçado ao vento,
tem viola, na sacola...
E o nego toca.
Aquela palhoça, choça...
Tem minhoca e tapioca
_ Tem xerem? Tem...
_ Tem o toque de Belém...
Blem, blem!
E também galinha choca.
Antonio Montes
O amor é como um sol que ilumina e aquece as emoções, fazendo produzir no ser humano os mais belos sentimentos de felicidade.
Quando escrevo sinto-me o ser humano mais feliz do mundo, mesmo que ninguém venha ler o que escrevo.
Em vez de olharmos em nossa volta e contemplarmos a incredulidade para com nossos sonhos nos olhos das pessoas que nos cercam, é preferível que olhemos para dentro de nós mesmos e contemplemos Jesus Cristo em nosso coração a nos dizer: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça." (Isaías 41:10)
Bom dia..., (06/12/2017)
cheirinho de alegria solta no ar, bommm
Bom também é fazer aniversário
(sem se preocupar com a idade)
Ruim mesmo é esquecer do aniversário
de quem estimamos e queremos bem.
Às vezes a gente espera soar 00:00 horas
para poder ser o primeiro(a) a manifestar os cumprimentos,
dada a ansiedade que pula no peito,
com desejos de ver a alegria e efusividade do(a) aniversariante.
Queremos dar presentes,
abraçar, ficar juntos por longos instantes até passar o clima,
e a vida voltar a caminhar.
Ahhh... ia me esquecendo do recado que vim dar:
Por falar em se cuidar para não se esquecer do aniversario da pessoa amada,
queria lembrar que neste mês,
dia 25, é aniversário de Jesus Cristo,
Sabia? ...sei que que você sabia!
Mas a gente acaba por se envolver com supérfluos
que acaba por se esquecer do "espírito da data."
...Ahhh sim é também é Natal.
Vamos nos cuidar para não se envolver apenas com a data
mas também com o espírito que norteia o momento,
as festas, eventos, euforia, presentes, clima.... afff
juntou um monte de coisas boas num pouco espaço de tempo, né
"Haja coraçao!"
"Nataaaalllllll, vem ni mim!!!"
Bom dia, (07/12/2017)
anjo de amor!
Sua alegria é luz que alivia,
seja no sofrimento, ou na dor nunca dela se esqueça.
É sempre uma porta aberta para revelação de
horizonte esquecidos, objetivos não conquistados e
e também o incentivo para continuar a luta,
na certeza que o esforço tem que continuar...
hoje, amanhã e por todo o sempre.
A alegria é alimento da alma,
não cabe em almas tristes
ou abatidas pelo desânimo em vida.
Um corpo equilibrado é regado à alegria,
floresce em harmônia e dá frutos em plena soberânia do seu ser,
vibra em teor e intensidade
à música que flui em seu coração.
"Sejamos sim:
Hoje e sempre,
noite e dia, com chuva ou com frio,
portadores e mensageiros desta plena alegria"
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