Eu Duvido de você
O poeta
Esculpi palavras no entardecer,
Para que o anoitecer seja poético.
Duvido que as estrelas não ouçam,
O canto solto dos meus versos.
Duvido que a alma não sinta,
O brilho lírico que eu desperto.
Esculpi olhares distantes, suspiros...
Suspiros instantes de amor.
Frescor de brisa quente,
Em cálida mente, sente.
Duvido que a noite escura não brancura.
Duvido que d’alma livre não flutua.
Esculpi amor em letras de inverno,
Para aquecer as palavras que profiro.
Duvido que a chuva não varra,
As pálidas gotas vazias de emoção.
Duvido que o poeta não tenha,
A esperança viva pro coração.
E de tanto esculpir sentimentos,
Vejo que ganho leveza ao tocar,
Em cada gesto que vem me abraçar,
Em cada paixão que se faz revelar.
Duvido que o poeta não faça do amor rima.
Duvido que a rima não seja do poeta a amar.
Acordei de madrugada
Pra contar
Que duvido que haja no mundo
Amor de amar assim
Igual a esse, que existe em mim
Eu tenho vivido
Um amor em recesso
E tudo que peço
A quem eu amar
É um espaço pequeno de coração
Um momento sereno
de pura atenção
E que possa ouvir até o fim
Todas as juras
deste humilde coração que pede
Qualquer migalha de conforto
Pra um amor
Que acorda de madrugada
e passa os dias absorto
Por amar-te tanto assim
Um amor sem dor
Amor de alegria
Um amor que te traria
Qualquer coisa que fosse
No final de cada dia
Um amor que partisse
Apenas pra poder fazer
Com que você risse
ao vê-lo voltando
E saber que foi verdade
Aquilo tudo que eu disse um dia
Esse amor procura
Alguém que o entrelace
E num simples olhar
lhe diga somente
O quanto gostaria
Que ele ali ficasse
E depois suspirando
de tanta alegria ali contida
Tivesse a certeza
Que a beleza de tanto amar
Haverá de crescer
e permanecer pra sempre assim
Até o fim
de todos os nossos dias.
Edson Ricardo Paiva
Ontem
O dia amanheceu tão calmo
Que tal calmaria tocou-me a alma
E eu duvido que haja neste mundo
Qualquer coração
Que em dado momento
Ao dirigir aos Céus uma oração
Não se percebesse
Coroado e abençoado
Pois, por menor que seja
Qualquer crença
Filosofia
Razão de ser ou de existir.
Não como fechar os olhos
Num momento igual àquele
E abri-los no seguinte instante
E não se dar conta
Que a gente pode sim
Saber-se importante
Apesar de pequeno
Alcançar uma certa iluminação
Receber no coração a calma
Saber-se
Parte integrante de um Todo
Algo Gigante, que a tudo une
Almas encontrando almas
Corações percebendo
O pleno apelo
de outros corações distantes
Compreendermo-nos
Física e Infinitesimalmente variantes
Pequenos portadores
de Espíritos Gigantes
Importantes mensageiros
A meio caminho de lugar algum
Na simples e importante
Missão
De carregar uma mensagem
Cujo pleno teor
desconhecemos
Porém, mesmo assim
de certa forma as intuímos
Na chuva que cai
No brilho das Estrelas
No caminho que os ventos revelam
E, Se em certos momentos
Insistirmos
Em nos sentir tristonhos
Haverá pra sempre
Uma nova oportunidade
de encontrar a verdade em nossos sonhos
Tanto faz, se os sonhamos acordados
Aquilo que diferencia
Umas gentes de outras gentes
É sempre a capacidade
de reconhecer
Seja na forma integral
Ou, quem sabe, percebê-los
Nos poucos fragmentos da verdade
Que nos chega.
O mais importante
Em instantes assim
é tentar e tentar e tentar
Compreender
Que houve sempre um início
E então olhar em volta
Perceber no ar
Todos os indícios
Que aquele simples instante
Faz parte de uma grande História
Que jamais haverá de ter um fim
Desde que a gente deseje
Realmente
Conhecer a verdade da vida
Sempre poderá
Saber que as coisas são
E permanecerão
Pra sempre assim
Independentes da compreensão
Que pode haver ou não
Em mim.
Edson Ricardo Paiva.
Eu não duvido da sorte
e nem desdenho o destino
a seca é a via da morte
onde nasceu Virgulino
a dor que pulsa do corte
faz cada dia mais forte
ser do sertão nordestino.
Só não quero que você
Me mantenha hipnotizado
Duvido de tudo que segue pelo o que é mais fácil
Eu me entrego a você
Como uma cidade derruba os muros
Mostrando a realidade da nossa dupla solidão
Eu duvido que você não sinta mais calafrios! Aposto que tu suspira fundo, sente frio e amargura ao ler uma mensagem minha. Eu sei que dói! Mas o coração é teimoso, quer apagar de novo um erro meu, perdoar e seguir em frente. É que o amor não aceita receitas pré prontas, não está subordinado ao querer controlado e racional, baby. A gente sente, se perde e fica insano. Eu assumo, mas você não precisa assumir.
Trecho PD Hudson
Onde está minha vida?
Fala mentes em vão, está no senhor, eu digo, pergunto, questiono, duvido, será?
È amplo, é simples, é caos, é conserto, é maré baixa, é turbilhão, é correria frenética, é ocasião.
Minha vida anda, corre, dorme, sonha, sofre, é uma constelação estrelada, é a depressão malvada, é simplesmente sexo casual, é o comportamento diário ou anual, enfim, digo que a vida de oração está o remédio, mas vem a malícia dizendo que é tédio, igreja, culto e muita devoção, não não, viajemos na emoção, beijar na boca e brincar de patrão.
São tantas coisas, mas sabemos que mediante ao firmamento, estamos numa conjuntura carnal, perseguido pelo mau, vigiado pelo feroz animal, que espreita a tragar nossas vidas, e onde podemos guardar essas feridas??
No oculto do senhor, no semblante da cruz, a quem entende o caminho que conduz, porém saber que a matéria seduz.
No altar da santidade, da intenção, da busca, da entrega, da perseverança, na fé, no sacrifício, na doação, para fugir do mundo cão, não dar brecha para o ladrão, depositar os tesouros onde o inimigo não alcança, que lugar é este, no céus, na cruz, no madeiro há luz.
Mas sou eu essa natureza carnal, estou na guerra, é batalha, é lona, é luar, tudo no propósito do que se finda, procurando onde está minha vida.
Giovane Silva Santos
Talvez eu esteja louco
E disso
Bom... não duvido nenhum pouco
Minha mente sente dor
E ao mesmo tempo
Uma sensação familiar
E um tanto peculiar
Eu apenas gostaria
De isso apreciar
Não quero parar
De fazer o que faz
Isto aqui dentro nascer
Eu duvido você descobrir o porquê as sementes são o que são? Elas são arduinos, presentes da inspiração.
As vezes não sei, quem eu sou!
Duvido até da minha própria alma.
Não sei se sou dura como uma pedra ?
Ou mole como uma geleia ?
Talvez transparente como a água, ou leve como o vento.
Posso ser até o próprio vento.
São muitas duvidas. Pra pouca afirmação,
Mas sou jovem, teimosa, insana, bruta, arrogante. Porém sou o futuro, sou a resposta, o descobrimento de algo, a vivencia da novidade, do buscar do saber.
Somos jovens merecemos conhecer o nosso modo de viver.
A paz que eu vejo no teu olho
Me habita
E toda vez que eu duvido, o coração agita
Uma bandeira em teu nome
Constelação, passa bonita e logo some
Na imensidão
As vezes me desligo
Não entendo
Ou sei lá eu religo
Duvido.
Não sei se saí
ou se entrei no mundo
Não conheço a chave
Nem sei se existe
Não sei se ao ficar parado
É o mundo que vem
ou se indo passo no mundo
Sei que assim é
To aqui e de repente
Não mais estou
Droga.
Não gosto, é horrível
Nunca é bom
As coisas perdem sentido
Fico triste
Angustiado
Com raiva de mim
Quando não estou, vivo
Quando estou tento entender isso
De desligar
Tentar entender
É terrível
Quando desligo
Fico ruim
É horrível tentar ligar de volta
Dizer que não existe
Mas droga nunca consigo
Me falta você mesmo a tendo
Me falta o eu
A calma o sorriso
Droga as vezes me desliga algo
Quando desliga tenho pavor
Imagine não religar
A palavra não é triste
Não sei só achei essa explicação
As vezes desliga
Ansiedade dizem que é o mal do século, mas eu dúvido muito, pois se muitos desdenham dela, em pleno tempo atual, imagine antigamente onde tudo era camuflado e arredio.
Eu- Você é racional e frio, tempestuoso mar! Duvido que entenda a dor de quem chegou ao fundo e se debate no limite da sua existência, de quem sente que a sua infância é fonte de uma tristeza enraizada.
Mar- Onde a larva encontra a morte vemos borboletas aveludadas, quando o corpo estiver pela metade, tente vê-lo metade cheio.
Transforme seu penhasco sombrio em uma praia agradável e verá que o tanto o aflige não é nada mais que uma etapa do processo, um recuar para pegar impulso, um trampolim para sonhar mais alto.