Eu Desculpo Voce

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Porque não é pela via da linguagem que eu hei de
transmitir o que em mim existe.
O que existe em mim não há palavra que o diga.

Diga ao primeiro que passa; que eu sou da cachaça; mais do que do amor.

Porque eu sou feita pro amor. Da cabeça aos pés.

Não importa o que eu sou. O fato é que o nome do filme é ‘Os homens preferem as loiras’, e eu sou a loira.

Só uma coisa a favor de mim eu posso dizer: nunca feri de propósito. E também me dói quando percebo que feri. Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Deus.

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Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco. Eu não faço literatura: eu apenas vivo ao correr do tempo. O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever. Há tantos anos me perdi de vista que hesito em procurar me encontrar. Estou com medo de começar. Existir me dá às vezes tal taquicardia. Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

O medo me leva ao perigo. E tudo que eu amo é arriscado.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Nos primeiros começos de Brasília.

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Eu gosto de quem se importa comigo,
de quem liga nem que seja só pra me desejar um bom dia,
de quem vem pro meu lado sem eu precisar chamar,
de quem se sente bem em estar comigo
e não me sonega abraços, nem carinhos,
nem beijinhos sem ter fim.
Gosto, na verdade, do que eu ofereço,
porque sou exatamente assim.

Eu estou triste de uma tristeza absurda. Muito triste. Quase não dá pra suportar, mas dá.

Eu até fujo de encrencas. O problema é que é em círculos.

O que eu posso, eu não posso como quero...às vezes!

Landon: Eu te amo.
Jamie: Eu te disse para não se apaixonar por mim.
(Um Amor Para Recordar)

Desculpe, mas eu me amo o suficiente para não aceitar migalhas. Eu sou uma mulher, não sou uma formiga.

Espelho, espelho meu, existe no mundo, alguém que reflita mais do que eu?

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Que eu nunca mendigue paz para a minha dor, mas coração forte para dominá-la.

Eu temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo.

Algumas pessoas falam
que eu tenho problemas com bebidas.
Meu único problema é estar sóbrio.
Eu me considero um bêbado socialista
mais do que um bebedor social.
Às vezes, a única felicidade é a bebedeira
às vezes, nada mais importa.
Eu continuo me perguntando
porque me preocupo quando ninguém mais se importa.

Eu sou uma banheira transbordando sentimentos. E não tem ninguém pra fechar a torneira.

Eu tô levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar. Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar. Cuida do teu pra que ninguém te jogue no chão. Procure dividir-se em alguém, procure-me em qualquer confusão. Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui por não te amar.

Eu

Até agora eu não me conhecia,
julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.

Mas que eu não era Eu não o sabia
mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!

Andava a procurar-me - pobre louca!-
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!

E esta ânsia de viver, que nada acalma,
E a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!