Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio

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Meus versos é como semente
Que nasce arriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obras da criação

Já que ela não era uma pessoa triste, procurou continuar como se nada tivesse perdido. (Ela não sentiu desespero etc. etc.) Também que é que ela podia fazer? Pois ela era crônica. (...) Tristeza era luxo.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Tenta Esquecer-me

Tenta esquecer-me...
Ser lembrado é como evocar
Um fantasma... Deixa-me ser o que sou,
O que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
Me recamarei de estrelas como um manto real,
Me bordarei de nuvens e de asas,
Às vezes virão a mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar,
As imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
É não poder parar!

O mais importante ingrediente na fórmula do sucesso é saber como lidar com as pessoas.

Você sabe o que é o encanto? É ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada.

A verdade é dura como diamante e delicada como a flor de pessegueiro.

É isso, sei lá, mas acho que amo você. Amo de todas as maneiras possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse.

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "Depois que você me mandou limpar os óculos" Link

Como quase todo sofrimento tudo começou com uma aparente felicidade.

Até hoje não diferencio os cogumelos venenosos dos sadios. Como descobrir o que mata sem morrer um pouco por vez?

Depois de tudo te amarei
como se fosse sempre antes
como se de tanto esperar
sem que te visse nem chegasses
estivesses eternamente
respirando perto de mim.

Perto de mim com teus hábitos,
teu colorido e tua guitarra
como estão juntos os países
nas lições escolares
e duas comarcas se confundem
e há um rio perto de um rio
e crescem juntos dois vulcões.

Perto de ti é perto de mim
e longe de tudo é tua ausência
e é cor de argila a lua
na noite do terremoto
quando no terror da terra
juntam-se todas as raízes
e ouve-se soar o silêncio
com a música do espanto.
O medo é também um caminho.
E entre suas pedras pavorosas
pode marchar com quatro pés
e quatro lábios, a ternura.
Porque sem sair do presente
que é um anel delicado
tocamos a areia de ontem
e no mar ensina o amor
um arrebatamento repetido.

Pablo Neruda
O Coração Amarelo

Nota: Poema "Integrações"

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Quantas vezes, em sonho, as asas da saudade
Solto para onde estás, e fico de ti perto!
Como, depois do sonho, é triste a realidade!
Como tudo, sem ti, fica depois deserto!

A face de um velho amigo é como um raio de sol por entre escuras e sombrias nuvens.

Mesmo sendo casto como gelo e puro como a neve, ninguém está livre da calúnia.

Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa parecer.

Ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você.

Como podemos ver Deus
Deus só pode mostra-se como realmente é a homens reais. E isto significa não apenas a homens que sejam individualmente bons, mas a homens reunidos num só corpo, que se amem uns aos outros, que se ajudem uns aos outros e mostrem Deus uns aos outros.

Às vezes, me sinto como se estivéssemos todos presos num filme. Sabemos nossas falas, onde caminhar, como atuar, só que não há uma câmera. No entanto, não conseguimos sair do filme. E é um filme ruim.

Charles Bukowski
BUKOWSKI, C. O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio. Porto Alegre: L&PM, 1999.
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O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem.

O homem que não tem sentido na História, é como um homem que não tem ouvidos nem olhos.

Queremos livros que nos afetem como um desastre. Um livro deve ser como um machado diante de um mar congelado em nós.