Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio
"O tédio afeta e quando
vem consume de repente
rapidamente pensamento
errados perturbam a nossa mente.
Ótimo momento para sair do
casulo e ir passear, mesmo
sem vontade não adianta se
isolar"...
Cada dia é tão só-um!
Dura tão pouco e arde tanto!
Quanto mais de mim me espanto
Mais o tédio □
(escrito em 17.5.1913), In Poesia)
Acordo triste, deprimido
Mais um dia de muito tédio
Ai vem você e me da um "oi"
E vira o dia mais feliz da vida
Artista, que tuas obras sempre sejam uma arma contra o tédio
Das pessoas que esgotadas de um dia cansativo
Se esticam na poltrona, a procura de um remédio
Mire a arte em suas testas, e manda certeiro teu tiro
Mate toda essa tristeza pincelando alegrias
Traga risos e pureza pra fumaça desses dias
Ensine hoje pros pequenos como faz um sonhador
Pra manter seu sonho vivo, nesse mundo repressor.
TRANSPARENTE
Andamos talvez a morder as palavras
No dia a dia, desfeito tédio das noites
Em tempestades particulares já nossas
Grito nos escombros em verdes sulcos
Ramos inclinados escondidos esticados
De joelhos sozinha, parece já assustador
Banho solitário no toque suave do vento
A harmonia dorme o pensamento abatido
Deleito-me nas palavras, escritas na pele
Procurando um abrigo para a minha solidão
Desnudo-me no meu intenso sentimento
Zelando o mar repleto de muitas emoções
De um ser que vive na felicidade do amor
Andamos a morder as palavras no dia a dia
Sentimento tão transparente aos teus olhos
Tu consegues desnudar-me o corpo, a alma.╰☆╮
Tenho remédio ... contra o tédio... tenho sede, fome, endereço ... fico angustiado quando não brigo, rio ou grito... tento o equilíbrio do pensamento entre o fim e o começo e nesse fio se esconde o brilho da morte que corta a dor, a fome, um estraga prazer... não adianto o relógio, quantas horas faltarem, vai estar lá uma solene transmissão ao vivo e a cores, da espada contra o dragão que sempre rondou, se escondeu e agora acordou... não quero saber do tempo passado, quero correr, correr, chegar o mais rápido possível naquele mundo que será só meu... mas só meu, meu zero... meu começo sem pó nem poeira.... apenas eu e o vento... vento que foge em mim, não tenho que pensar, é render-me e viver....
A segunda existe
Mas é quase sempre um tédio
Viver de segunda a quinta é chato
A sexta sempre é meu remédio
Morar no brasil, é ter a garantia de que nunca morreremos de tédio feito um europeu qualquer. Você pode morrer de bala perdida, por um caminhoneiro com rebite vencido, de naufrágio numa embarcação irregular, tomando uma cerveja artesanal num botequim qualquer, por infecção hospitalar, por um novo vírus, um incêndio em ambiente fechado ou ate mesmo por uma enchente tropical num bairro suburbano...Mas jamais de tédio.
Talvez por conta disso, os europeus invejem tanto nossa gente...
Mudei-me na quinta-feira passada, às cinco da tarde, entre névoa e tédio. Fechei tantas malas em minha vida, passei tantas horas preparando bagagens que não levavam a parte nenhuma, que aquela quinta-feira foi um dia cheio de sombras e correias, porque quando vejo as correias das malas é como se visse sombras, partes de um látego que me açoita indiretamente, da maneira mais sutil e mais horrível.
TÉDIO (soneto)
Sobre minh’alma, no cerrado ao relento
Cai tal folhas ao vento, dum dia outonal
Um silêncio mortal, dum vil argumento
Tão brutal, o aborrecimento, tão fatal!
Oh solidão! Tu que poeta no momento
Abandono, no mundo, a mim desigual
Me dando ao pensamento o lamento
Num letargo sentimento descomunal.
Só, sem sonho, sem um simples olhar
Deixar de sonhar, como então fazê-lo?
Se é um aniquilamento assim estar...
Deixar o enfado num desejo em tê-lo
O que não vejo! Porém, estou a ficar.
Ah! Dá-me a aura da ventura em zelo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto, 23 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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