Eu
Tera um dia que nem eu mesmo sei qual; pode ser daqui a um dia, um mês, um ano, uma vida. Em que nossos corações irão bater na mesma sintonia, enquanto esse dia não chega, vamos ser felizes, ou ao menos tentar. Sé é que possível ser feliz longe de você..
Já fui rotulado de tanta coisa, por tanta gente, mas continuo sendo eu mesmo, já as pessoas que me rotularam, cadê??
Confeço que tenho problemas, confeço que talvez não sirva para aquelas coisas que eu mesmo almejo. Confeço que faço parte do grande grupo do todos juntos no eu sozinho
Vou começar a mentir, porque falar a verdade e ser eu mesmo não está dando muito certo. As pessoas preferem quem você finge ser, não quem você é.
Tentei Humildemente falar sobre mim....Tentei ser mais forte do que eu mesmo, só que só de pensar no meu eu, eu me intimido... por que eu sou tanto eu, que isso me assusta. Eu luto contra a mim mesmo, eu desconfio de mim mesmo, eu me engano, eu faço tudo que eu quiser comigo mesmo, não preciso de ninguém, o meu eu é mais forte.O que me interessa, é realmente só o meu eu. Prazer Valéria.
E novamente encaro os mesmos destroços, este que eu mesmo tenho juntado ano após ano, dia após dia. Vazio, ensurdecedor - dor. Não consigo fechar os olhos, cansados de ver e sentir. Me deem uma fórmula, uma pílula para eu parar de pulsar, quanto de mim ainda vou esgotar quando tudo o que quero... eu não sei o que quero, mas tenho certeza. Estou cansada do choro descer a seco, das mãos esfregando lágrimas, do frio, do silêncio, desse único e maldito silêncio. Estou farta de rostos, gestos e mentiras. Um mundo aonde se fala tanto de amor mas que ninguém de fato sabe usá-lo. Estou farta e desejando uma loucura insana, quebrando minhas barreiras estou caindo de novo. Estou cansada de mim e de habitar em mim.
Perdi. Não teve jeito. Me encarei no espelho e dei os parabéns para o adversário; eu mesmo. Não havia mais nada pra se fazer além de reconhecer a derrota. Não dava mais pra se fingir de forte. Essa é uma luta diária, de você com você mesmo. Você contra suas angústias, paranóias e fraquezas. Contra seu corpo que grita, sua mente que o enlouquece e sua alma desistente. Não dá pra vencer todos os dias. Uma hora se esgotam suas elaborações intelectuais mirabolantes e seus recursos afetivos à prova de balas, pra lidar com suas encrencas. Acabam-se as mentiras sinceras e as verdades mentirosas que você conta pra você mesmo pra tornar a realidade um pouquinho mais suportável. Uma hora seu olhar fica turvo e o que resta é se encostar no sofá e olhar pro teto até a visão voltar. O problema é quando nem isso podemos nos permitir fazer, viver nossos tropeços. Mas isso já é história pra outro devaneio...
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Sabe de nada inocente!
Sou eu mesmo esse inocente.
De repente minha querida Amanda Palma começa a repetir o bordão e rir muito.
Pergunto o que quer dizer e ela não consegue explicar pois as lágrimas descem copiosas, obrigando-a a tirar os óculos e parar o carro de qualquer maneira para não causar um desastre. Amanda Palma é assim, ela chora de verdade de tanto rir.
No banco de trás, Beatriz Palma, cópia autêntica da tia, ri “de doer a barriga”, segundo ela.
Sabe de nada inocenteeeee!!!! Repete... Esse sou eu.
Quem conhece uma dessas garotas que tem o riso solto e a alegria em cada palavra sabe como é para explicar alguma coisa para alguém como eu, desligado dos modernismos por pura ignorância, do que se passa nas novelas, nos programas humorísticos de qualquer horário e com esses pagodeiros, funkeiros e gritadores que se intitulam hoje em dia cantores e cantoras.
Da coreografia das gritadoras eu gosto muito. Sempre com exíguos minivestidos, bundas esculpidas nos shorts agarrados e peitões saindo do que se imagina um decote, que mais parece um sutiã, de três a cinco números menores, para caber todo aquele silicone.
A Bia Palma e os da geração dela, nunca ouviram falar de Frank Sinatra, Tony Benet, Andy Williams, Nat King Cole , Ray Charles, Elvis Presley e outros e outras menos votadas e não está aqui quem vá recriminá-la porque eu também nunca ouvi falar desse pessoal que canta o tal “Sabe de nada, inocente...”,"Beijinho no ombro" ou o que o valha.
Aproveito o ensejo para recriminar e condenar toda essa geração de jovens que além de não saber essas coisas, desconhecem qualquer passagem histórica do Brasil, da civilização grega e nem quem foram os últimos cinco presidentes do Brasil. Aliás, não sabem nem a tabuada do sete e a única viagem que fizeram foi a Disney que se bobear,não saberão dizer em que país fica.
Sabem de nada ignoraaaaanteees!
São sim, espertíssimos para algumas coisas e completamente ignorantes para as que fazem com que o ser humano raciocine e raciocinando possam resolver qualquer problema. Tire o telefone da mão desses jovens e eles não conseguirão fazer contas porque além de telefone o tal aparelho é máquina de calcular,fotográica e tem tantas outras utilidades que poderiam ser chamados de cérebros da molecada.
Dou graças a Deus à dona Cristina Palma e ao falecido Seu Palma por terem criado a Amanda nos dias de hoje como eu fui criado no meu tempo. Ela sabe tudo e até mais do que eu. Fala inglês e francês, lembra tudo que aprendeu de literatura, é boa de matemática, excelente de geografia, dirige muito melhor do que eu, nunca me faz peguntas idiotas como”o que você está fazendo”? “onde você foi”? “com quem você estava”? E outras do gênero.
Sabe de tudo a competente!
Mas voltando aos bordões, aos jovens e aos dinossauros (esse sou eu), pego logo no tranco e antes que elas possam se recobrar do ataque de risos eu já tenho os meus próprios bordões para contra atacá-las.
Para a Beatriz Palma vou de:_Sabe de naaadaaa indoleeeenteeee! E para a Amanda Palma:- Sabe de naaadaaa indeceenteee!!!
E assim continuamos nosso caminho eu contagiado pelo riso de delas e sem nenhum conflito de gerações...
Sabemos de tudo, meus amigos pacientes, beijinho ombro prá vocês tá rsss...
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