Estou Indo e logo Volto
Você me olha e me julga
Você não me conhece
- Nem tente! Eu ainda estou neste caminho!
Você acha que pode dizer
quem sou
para onde vou
porque estou
apenas pelas minhas vestes
Você nem me conhece!
- Nem tente! Eu ainda estou neste caminho!
Você franze o cenho
E, intencionalmente, me mede
Seus olhos, seu corpo, sua alma
- Nem negue!
Você acha sua falsa superioridade uma prece
e busca em mim reforçar sua tese.
Você me deseja rebaixada
e subjugada à sua palavra.
- Nem tente! Eu ainda não fiz meu caminho!
Você fala com olhar de desdém
- A quem? Você é apenas mais um sozinho…
E eu sou outro ser solitário
Num caminho de mil descaminhos
Num infindo pomar de esteios
Num perverso clamor de espinho.
Estou pasma com a grandeza
dos pequenos detalhes
inutilizados… ou quase!
Com a esperteza dos tolos
com as dimensões de outros
possíveis, vãs, universos.
A última gota
Eu estou aqui ainda
O que posso eu fazer
enquanto vivo?
Eu estou aqui ainda
Posso ser juiz
ou ser juízo!
Eu estou aqui ainda
Posso lamentar
ou saltar o abismo.
Eu estou aqui ainda
Posso enfurecer
ou tornar-me aprisco.
Eu estou aqui ainda
O que posso eu fazer
enquanto a vida pulsa
em meu peito
em minha face
em minhas mãos?
há decisões que – ainda -
podem ser tomadas
e escolhas que prescindem dos nãos!
eu não estou me aguentando dentro de mim
e sou a única que pode me escutar
afogo-me no mar de sentimentos que criei
e não dou conta de me salvar
c.a.i.n.d.o
É difícil resistir ao instinto
Estou desabando
Caindo
Desatando
Caindo
Descambando
Caindo
Despetalando
Caindo
Desajustando
Caindo
Descarrilando
Caindo
Destemperando
Caindo
É difícil resistir ao instinto
maiêu-tica
estou prestes a ter uma ideia genial
PSIU!
silêncio!
preciso me concentrar
está vindo… está vindo
estou quase parindo
a ideia que ao mundo agitará
q u a s e
q u a s e
q u a s e l á
respira, inspira, expira
cadê a caneta?
cadê o papel?
celular, cadê?
ela está vindo
está vindo
v i n d o
veio!
viu?
alguém pegou?
não?
NÃO?
não acredito!
que pena… que aborrecimento!
já passou…
como pesa deixar ir:
estou tão agarrada aos meus pedaços
no compasso de uma dança destemida
tudo se torna fragmento de mim
mãe
pai
irmã
irmão
filha
filho
todos são peças do meu quebra-cabeça particular
e o adeus dilacera um pouco mais
o que ainda resta dentro da garganta:
estilhaços de uma voz emudecida
pela despedida
das partes do meu espírito que
ainda sonham
vejo os olhos deles pela última vez
mas nunca sei!
até que um alarme soe e me avise:
outra parte de você
se foi…
[nunca existi inteira
agora
sou a peça derradeira]
[redes]coberta
estou seca
ressecada sem a seiva
a nutrição já não enseja
fazer parte de mim
amarelada desde o caule
fino trapo me desnuda
sou flor distante e muda
no chão deste jardim
estou seca
ressecada
ressequida
sem alma, corpo ou vida
pelas veias do meu ser:
a água sumiu do xilema
a fibra vedou meu floema
nunca pude acontecer!
resta-me agora a palavra
filha sou desta lavra
adubo transformado em brasa
desvendo em mim o poema
que nunca pude fazer…
estou bufando Poesia
cagando Poesia
arrotando Poesia
quem diria!
num tô me aguentando
tô arrebentando de Poesia
esta magia!
me agonia
me aperreia
me fantasia
de melodia
estou vomitando Poesia
tá vendo?
até nisso ela me atormenta
quem aguenta?
estou muito insana
de Poesia
a barriga continua vazia
mas o coração se alimenta.
"Eu não consigo mais fingir que estou bem,
Quando você não me vê, não me ouve, não me sente.
Eu não consigo mais amar quem não me ama.
Não consigo mais ser quem não sou mais.
Eu mereço mais, eu mereço melhor,
Eu mereço ser amada, ser valorizada.
Eu vou seguir em frente, vou encontrar meu caminho,
E deixar para trás o que não me faz bem.
Adeus, é hora de dizer adeus.
A esse amor que não me deu valor.
Eu vou seguir em frente, com o coração partido,
Mas livre para amar quem me ama de verdade."
"Desabafo.
Estou a lutar com meus sentimentos,
Medo da solidão me consome lentamente.
Mesmo sendo uma mentira, vivi momentos felizes.
E agora me pergunto: valeu a pena?
A verdade dói, mas a ilusão me mata.
E eu me perco entre o que foi e o que nunca será.
Mas vou aprender a voar sem asas; Eencontrar a paz em minha própria voz.
E na superação, encontrar meu verdadeiro lar."
Resistência
Como vai você?
Eu?
Eu estou.
Me perdendo e me achando.
Mas estou.
Sobrevivendo e resistindo.
...
Talvez este seja o problema:
Resistir.
Melhor seria eu me render.
...
Hein?
Quando foi que nos ensinaram a resistir?
Você lembra?
Quando que entendemos isso como uma qualidade?
...
"Seja resistente na vida" diz o mundo.
Mas, por definição, resistência
'refere-se à capacidade de oposição à algo, de ser firme, de suportar as dificuldades e,’
Atenção:
'refere-se à recusa em ceder'.
...
Que lição estranha recebemos.
Pois ter a 'qualidade' de ser resistente na vida
Significa ter a capacidade de ser oposição à ela,
De não deixar que ela nos atinja.
De não deixar que ela nos toque.
...
Eu não quero ser firme.
Eu quero ser fluida.
Quero que, ao ser tocada pela vida,
Eu me molde.
Quero ser senhor das formas,
Não escravo delas.
...
Já as dificuldades não servem para serem suportadas.
Servem para serem superadas.
Suportar é passar por elas e sair ilesa.
Superar é passar por elas até sair mais forte.
Suportar é aguentar.
Superar é vencer.
...
E a recusa em ceder, da última parte?
Deus me livre não ceder.
Deus me livre ficar lutando com o coração endurecido,
E não me render ao aprendizado,
Ao crescimento.
...
A vida não foi feita para ser resistida.
Ela foi feita para ser experimentada, experienciada.
Não gaste vida sendo resistência ao que te toca.
Quem resiste, sobrevive.
Quem se rende, flui no voo da vida.
E se resistência é ser oposição à vida,
Resistência, na verdade, é morte.
Com a palavra,
Alice Coragem.
Eu não tenho muitos amigos, estou sempre a mudar de cidade, estou a conhecer sempre pessoas novas, crio laços, convivo com elas durante muito tempo e depois mudo de cidade, então não sei bem quem são os meus amigos e com quantos devo contar quando tenho problemas.
Eu estou cansada destes poemas.
Cansada do politicamente correto.
Cansada da linguagem culta da língua portuguesa.
Cansada dos meus versos, linhas.
Cansada das tonicidades, rimas.
Eu preciso descansar e dizer o que há em minha cabeça.
Mas tudo agora soa incerto.
Eu não quero criar incertos sobre meus lemas, não.
Eu quero falar o que sinto e largar os poemas.
Pois quanto mais eu escrevo, mais coisas se vão.
Me faça chorar de novo, esquecer estes dilemas.
Faça eu esquecer que preciso ser perfeita,
E por fim, mostre a mim que humana sou.
E que chorar não é errado, quando se vem do coração.
Estou caindo em desespero!
Meus olhos não param de verter minha indignação,
E meus punhos fechados em fúria!
Gritam comigo até a exaustão.
Porque me traiu?
Que mal lhe fiz além de lhe dedicar meu terno amor?
Oh doce e desgraçada mulher,
Levou-me embora os últimos resquícios de humanidade.
Hoje sou metade, quebrado em mil partes,
E bebo para esquecer,
Da dor que ainda lateja.
Ninguém nasce bom. Só estou me esforçando para ser bom para não me arrepender.
As pessoas que se perguntam o por que estou estranhando; perdi medo de morrer, sei que o tempo passa e que as cicatrizes curam e que por mais que eu tente me enganar a vida vai cobrar e a dona morte virá!
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