Estav Contando as Estrelas no Ceu
foi aí que entendi que não era verdade aquilo que me diziam sobre a saudade, porque parecia que quanto mais o tempo passava, mais eu sentia falta dele, foi aí que eu entendi que não fazia sentido aquela história de superar, aquela velha história de seguir em frente. adiantaria eu bater de frente com o meu próprio coração? foi aí que eu entendi que ele estaria sempre ali nos livros, nas canções, no café fresquinho pela manhã ou em um fim de tarde ao admirar o por do sol. o tempo pode passar, mas faz questão de não deixar algumas coisas irem embora com ele.
não adianta dobrar cinquenta e duas esquinas, o amor sempre insiste. não dá para tapar os ouvidos, fingir de vivo, morrer de amor. ser feliz é agora, e dá sempre um medo danado. e você tem medo porque ele chegou do nada e já não sai mais da sua vida. você tem medo porque sorri enquanto lê uma simples mensagem, mesmo que a casa esteja pegando fogo. dá medo gostar porque nem tudo dá tão certo assim, mas vocês tem tudo a ver. você morre de medo dele ser o homem da sua vida, mas enjoar da vida a dois. tudo porque as pessoas enjoam quando não se conhecem direito, e você também não se conhece muito bem. não dá para arriscar mostrar a música preferida e depois se arrepender, porque se ele partir, você sabe que vai levar também o seu gosto por céu azul, meias brancas e final feliz. você acha que ele provavelmente é o maior erro da sua vida, e tudo bem. porque como eu disse, assim como esperar pode ser para sempre, viver de amor também pode.
mas o pior de tudo é que você ainda o espera, mesmo achando que ele já te esqueceu, espera, mesmo com a sua cabeça gritando pro seu coração que ele já te superou, espera, porque você acha que nunca mais vai encontrar o mesmo cara com aquele gosto musical estranho, espera porque ninguém faz você se sentir tão bem só com uma simples mensagem de bom dia
[..] já tentou mudar as coordenadas dos seus sentimentos, mas sempre te levam a encontro dele, o navio já não suporta mais tanta desilusão e precisa embarcar de vez sem volta. as nuvens a cada segundo ficam se sobrecarregando com seus pensamentos e acabam chorando por aguentar um oceano por anos sem saber se ainda existe sobreviventes. e o que mata é que você não sabe se ele continua o mesmo cara com aquele gosto musical estranho, se ele ainda chora ouvindo a música que antes era a de “vocês” porém, a única coisa que você sabe é que continua ai com aquele sentimento que aos poucos consome, dia após dia, o pouco de sanidade que te resta.
Céu e inferno íntimos
A porta entre nós e o céu não poderá abrir-se enquanto esteja fechada a que fica entre nós e o próximo. Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.
- Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno. O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse:
- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável. - Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe.
O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
- "Aí começa o inferno", disse-lhe o sábio mansamente. O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.
O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento. O velho sábio continuou em silêncio.
Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz. Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:
- "Aí começa o céu".
Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir na própria intimidade. Tanto o céu quanto o inferno, são estados de alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia. A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno.
É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros. Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer objeto do seu interior. Assim, quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância. Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide ou a gaze da autoconfiança...
A decisão depende sempre de nós mesmos. Somente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo. Portanto, criar céus ou infernos portas à dentro da nossa alma, é algo que ninguém poderá fazer por nós.
O Espírito Santo concede o Dom da Fé para pessoas que terão de enfrentar situações impossíveis e serão usadas para revelar a Ação Sobrenatural do Senhor em meio a elas. O Espírito não concede esse dom para que todos se impressionem com a pessoa e se sintam menos espirituais por não possuírem a mesma fé, na medida em que esta é um favor de Deus. Ela é concedida para a expansão do Reino de Deus, para que vidas sejam salvas, pessoas se reconectem com Deus, pessoas sejam libertas da ação opressora do inimigo, ou seja, para a manifestação da vontade de Deus nessa terra.
depressão é você achar que é um câncer na sua própria vida (ou em quem você foi antes dela) e na dos outros, não é bonito e nem legal, não é lindamente dramático, e não é preguiça. depressão é tentar se convencer todo dia que viver é bom, mas nem todos os dias conseguir, e procurar alguma motivação pra levantar/comer/tomar banho porque seu corpo dói. é uma dor como quando esta com febre, mas nenhum remédio pode te ajudar, e as pessoas vão te diminuir por isso. você vai se sentir pior por não vence-la, e cada vez que você levanta, come, ou faz alguma coisa é uma vitória. depressão não é bonito nem legal.
- Eu levaria anos para chegar onde quero ir sem eles.
- Chegar onde?
- Lá em cima. O mais alto que eu posso.
- Até o céu, certo?
- Até o céu.
Senhoras e senhores, isso é o que acontece quando alguém tenta bancar o herói. Não gostamos de heróis.
Todos os momentos que vivi estão marcados por canções. Desde a tristeza mais profunda, à alegria mais genuína. A música se faz presente em cada passo que dou. Sem a arte eu certamente morreria.
Retrato de Erica
Nasceste do ventre da vida,
Como a Frida Khalo
Cores rebentam sobre ti
Um delicioso regalo.
Sonhas ir a paris
Beber o teu café sem açúcar.
Aproveitas e vais à Holanda
ver os campos de tulipas,
Com esse teu cabelo ruivo
Que faz mover as tuas pupilas.
Cantam os pássaros nos beirais
Ansiando a asa que os faz voar
E no cantico das folhas da velha árvore
Adormece a terra na canícula da tarde
Cheira a alecrim do monte e a jasmim
A alfazema enamorada da rosa de alexandria
Embebeda-se dos seus exóticos aromas
No banco de madeira envelhecido pelo tempo
Solitário e pensativo
Sofre o poeta na incessante busca dos seus ideais
Sede que lhe seca as veias
Lhe aperta a garganta ...
E chora lágrimas apertadas junto ao peito
A calma e o silencio são tormenta
Solta-se o grito de alma e em convulsão escreve a vida incompreendida do poeta
Eu, Tu e a Lua
Vejo a luz da lua nos teus olhos brilhantes
E caminho devagar para aquele lugar distante
Espaço intergalático onde as nebulosas se perderam
E ficamos dependendo só das estrelas
Brilhamos com o luar que nos cobre e nos conforta
Ao mundo lá fora decidimos fechar a porta
Mágica e companheira
Que nos deixa abandonados, entregues à noite inteira
Plenos de música em orgão de catedral
Seremos o amor intemporal
Para lá da mágica porta a vida continua
Mas neste lugar feiticeiro...eu, tu e lua!
mca
