Estar em dois Lugares ao Mesmo Tempo
DOIS MUNDOS
Anjo da paz dos enfermos, anjo negro dos pecadores, anjo que aguardo, venha completar sua missão e levai esse ser que hoje caminha em dois mundos, pois meu corpo permanece entre os vivos, mas a alma não encontra razões para permanecer, se muitos lutam eu apenas pedirei que me levai ao dormir pois sem ela ao meu lado jamais desejo acordar.
Depois que ele se foi o mundo parecia não querer girar para aquela moça. O que restaram dos dois, além das fotografias que a esta altura já estavam polaroid, foram as duas alianças que ficaram com ela, e talvez, duas rosas murchas que em dois momentos de romantismo ou por acidente, ele teria guardado em sua agenda. Depois que ele se foi tudo perdera o sentido. O cheiro das coisas rotineiras já não era o mesmo. O sabor também não. A moça, que transmitia alegria constante passou a se recolher ao silêncio. As coisas, talvez, já não teria a graça de antes. Ela que sempre gostou de escrever, já não conseguia mais. Congelaram-se os dedos, dizia ela repetidamente.
Eramos dois!
Minha Cabeça esta a mil,
E eu não consigo pensar em outra coisa.
Não sei em qual vida eu devo estar vivendo, mas tenho a certeza de que não é a minha.
Tudo aqui dentro de mim parece girar feito uma imensa roda gigante, e essas voltas e voltas me deixam explicitamente atônito, vulnerável e sim, bastante paranoico.
Não entendo porque que você é uma camisa de força tão resistente para mim,logo eu que sempre lhe deixei sonhar,sentir uma brisa de liberdade, e você? me trancou, e sinceramente agora eu que não consigo sair. Onde então eu vou parar?
As duras batidas de cabeça contra a parede não deram em nada, nada mesmo, pois eu continuo aqui, preso, encarcerado em alguém que vendou os meus olhos para que eu não enxergasse a realidade, apenas sentisse e imaginasse que aquele fundo preto fizesse parte de um pesadelo noturno que iria acabar ao amanhecer. Amanheceu e cade? Ainda continuo no escuro, e pior, sem venda alguma, o que me obriga a pensar que ainda continuo preso a você. Volto a questionar-me, Onde então eu vou parar?
Aos poucos tudo em mim vai sendo afetado por esse escuro, ah, que saudades do amarelo dos seus cabelos, do azul dos seus olhos e do vermelho dos teus lábios... Pera! Novamente pensando, falando, sentindo você. Sim, eu estou bastante paranoico, talvez eu saiba onde, mas não quero parar.
Aos poucos sinto que até meu olfato já não tem mais o mesmo ritmo de antes, a cada minuto que o relógio faz o favor de engolir, o seu cheiro, doce cheiro some, e vai ficando apenas um cheiro de nada no ar, puro,sem vida, vazio, é, talvez eu já precise parar.
Uma pena, pois gradativamente tudo em mim vai se desgastando, se secando, tudo vai sendo afetado,o sinal de alerta já disparou, o coração esta se aproximando de uma sala escura, uma sala onde coração nenhum quer visitar,o meu foi sendo arrastado, coitado, a porta desta sala escura e vazia estava propositalmente escancarada.
Lá dentro, tudo escuro, o que já não era mais novidade para um coração tão inquieto e vermelho, o mais doloroso disso tudo, é que ele tentou fazer seu máximo, tentou... Mas ela se afastou ainda mais, abandonando aquele pobre coração naquela sala escura, vazia, sem vida. Ela escolheu um outro coração, e o mais desumano disso tudo é ter dado a esse novo coração o mesmo nome que tinha aquele pobre solitário que já não vivia mais, mas dessa vez, a sala deste novo coração estava radiante, extremamente clara, com vida, com luz, com ela.
Morri, espero enterrar a minha sala escura sem sentir mais dor alguma.
Agora, vendo de camarote, comprei uma pipoca dos deuses, sentei, e irei apreciar a sala branca agora.
Agora eu sei aonde eu deveria parar. Tarde demais.
Força de nós dois
Da janela da tua alma encontrei a porta do meu porto seguro
Das tuas palavras, reencontrei a força
Da tua força, recuperei a garra
Da nossa garra, encontramos nós mesmos
E nos reencontramos, nos revemos, revertemos
E vemos a frente o que não existia atrás
Atrás dos sonhos, tão perseguidos
Munidos da força e da fé da cada um
Um pelo outro, outro mundo, nova vida
Vida que se renova, vida a toda prova
Prova de que há de se provar o amor
Uma vez, ao menos, na vida.
( Renata Lessa)
Presente
Renata Lessa (21/09/2012)
Ser ou não ser dois, sermos nós?
Questão difícil? Sei não...
Sei que é cedo, mas o tempo urge,
Surge sorrateiro, vem e vai-se brejeiro
Escapando às nossas mãos.
Não há tempo certo, não há razão.
O momento é agora, não espera não.
O agora é passageiro, ligeiro.
E o agora é hoje, a vontade surge
Assim como o sentimento.
Aumenta, acrescenta,
Mais força e vontade à alma, no coração.
A vida que se vive hoje
Não a mesma que a de ontem.
Assim como o tempo, e efêmera -
Não demora, vai-se embora.
Está mais do que na hora, venha então.
Viver tem pressa, não espera não.
Imprevisível, como o tempo
O sentimento chega, transpassa
Entrelaça num segundo e embaraça
Duas vidas num nó cego,
Pra enxergar a vida com mais graça,
O futuro com contentamento.
Vida que do nada em outra surge,
Contamina, arrebata.
Mas que nada! Maktub!
Estava escrito, previsto, previsívelmente desenhado
Na total imprevisibilidade das linhas do acaso,
De um caso muito bem pensado.
E do nada surge tudo.
Mas que nada! Maktub!
E lá se vai o nada, pra longe do nosso mundo.
Mundo tão nosso, tão esperado.
À espera de um milagre, já realizado.
E o vazio faz-se cheio,
Preeenchido de esperanças, lado a lado.
E do nada se esvai o medo,
Qual água no riacho, correnteza
Escorrendo pelo caminho traçado,
Temor destroçado, elos formados.
A hora é agora,
E o agora está do nosso lado.
Arriscar-se ao momento, finalmente.
Abrir as portas da felicidade -
Ventania forte que nos pega de surpresa,
Esta tão dolorosamente aguardada,
Guardada no peito tristemente desesperado.
Sufocada em um mar de lamentos do passado.
Passado a limpo, renovado.
Presente incerto, hora mais que certa.
A nossa hora, a descoberta.
Hora de ficar junto, lado a lado.
Presente divino, presente esperado.
Presente por Deus enviado.
É impossível amar a fidelidade e não odiar a infidelidade. Se os dois atos são semelhantes pra você, na realidade, no seu caso a frase está invertida.
Por dois anos sofri
Dois longos anos de lágrimas, poesias, canções
Mas sobrevivi
Hoje olho para trás e me sinto feliz por ter vencido todas as tristezas que você me causou
É verdade que olho pra frente e tenho medo
A cada sensação me bloqueio com medo de passar por tudo de novo
Mas me sinto mais forte, capaz de ser feliz
Obrigado pelo que me fez passar
Graças a você eu venci!
Que aquele Natal de dois milênios atrás seja inspiração para nós, assim como foi para os Magos do Oriente, que não foram até Belém para buscarem riquezas, mas para presentearem o que de melhor traziam em suas caminhadas sob a orientação dos altos céus!
Existem dois tipos de lágrimas, a que nasce de uma tristeza profunda, e a que nasce de uma alegria infinita.
Sandra Lima.
Amanhã, talvez, ainda possamos acreditar no infinito, na eternidade. Amanhã, quem sabe, dois corpos ocupem um mesmo espaço, ou o universo gire em torno de nós. Eu sou, até quando estou de longe, um objeto comprimido em átomos. Nada mais e nada menos, que o resto de estrelas. Sou uma super-nova que durará por oitenta anos, ou quem sabe, se eu virar essa esquina, eu morra atropelado, assassinado, executado por um simples tombo no chão. Nós fomos feitos para cair, milhares de anos, para aprendermos a cair, a delfinhar em nossas pequenas riquezas, a sentar num trono de sujeiras, a envesgar os olhos para enxergar apenas o nosso próprio nariz, e é nisso de não olhar para frente que você acaba caindo. Apesar disso, tenho andado olhando para baixo, fixado numa psicose, olhando para os meus pés, e perguntando para onde vão me levar, eu quero saber, por direito, para qual lado meu corpo vai tombar. Quando eu vou explodir também? Eu não vou morrer, gente! Mas na minha lápide, por favor ou amor, gravem meu melhor verso.
- Whendel Silva
BRINCANDO COM AS PSICOLOGIAS.
A mais nova anedota que iremos contar envolve dois gigantes da Psicologia, um é Burrhus Frederic Skinner, nascido em Susquehanna - Pensilvânia, em 20 de Março de 1904 e morreu em Cambridge no dia 18 de Agosto de 1990, o outro é Sigismund Schlomo Freud, nascido em Příbor em 6 de maio de 1856 e morreu em Londres no dia 23 de setembro de 1939, porém ficou mais conhecido como Sigmund Freud.
SKINNER E FREUD - A psicanálise e o desejo e o Behaviorismo e as emoções, o diálogo dos séculos.
Skinner andando pela rua avista seu principal rival Freud, e decidi falar com ele para começar a analisar as contingências. Freud avista Skinner e fica espantado, pensa se não falar com ele com certeza irá parecer que ocorreu um comportamento de esquiva ativa, se falar e ir embora Skinner iria afirmar que Freud emitiu comportamento de fuga, que dilema! É melhor Freud conversar com ele e ver o que esse rapaz anda sonhando...
Skinner e Freud encontram-se:
Skinner diz: Olá Freud, como vão as contingências da vida?
Freud diz: Vai bem, e seus desejos e sonhos, muita sexualidade?
Skinner diz: HAHAHA, você não muda mesmo em rapaz...
Freud diz: É o conflito entre as instâncias psíquicas que me deixam assim
Skinner diz: Ainda com essa teoria, rapaz...
Freud diz: E você, como vai Eros e Tanados, tudo em harmonia?
Skinner diz: Sim, tenho muitos reforços para me produzir alegria e esperança.
Freud diz: Certo, sempre sublimando seus desejos, gostei!
Skinner diz: Explique-me o que é o desejo para a sua Psicanálise?
Freud então fica assustado, mas começa a explicar sobre o desejo a Skinner...
Freud diz: Bom, o ser humano é um ser que deseja. O desejo é o nome ou a representação do que nós éramos na nossa pré-história, vivendo de instintos para sobreviver, buscando alimento, água, ou seja, vivendo de uma maneira biológica. E de repente existe um momento que o homem pode usar palavras, instrumento para modificar o mundo e a partir desse momento nasce o desejo. De maneira bem sucinta o desejo é a violência que nós, através da história de uma sociedade, cultura, psiquismo dos nossos pais, cometemos sobre os instintos humanos, essa violência é a transformações dos institutos em linguagens, fazendo, assim, nascer o psiquismo humano. O desejo é aquilo que persegue um objeto e quando esse objeto é atingido o mesmo perde a sua significação. Existem bons e maus desejos: o mau desejo é aquele que se realiza instantaneamente, fazendo que haja anulação da erotização do corpo do outro, ou seja, o desejo mau é aquele que na medida em que ele aparece ele é consumado, pois a velocidade da satisfação compromete o desejo. Porém o desejo bom é aquele que pode começar e não ter um final rápido. O maior desejo do ser humano e o desejo de ser desejado pelo outro, seja por qual qualquer motivo, apesar de achar que o principal desejo do ser humano e o de ser desejado intelectualmente. Skinner, já falei bastante de desejo, gostaria que você falasse o que é as emoções para o Behaviorismo?
Skinner diz: Ok, Freud. A emoção jamais deixará de ser um fenômeno complexo, onde encontramos a eliciação de respondentes e emissão de operantes. Não existe distinção entre sentimentos e emoções em minha visão.
Freud diz: Skinner, o que é a alegria?
Skinner diz: A alegria, como disse lá no inicio de nossa conversa, é a consequência de apresentações de estímulos reforçadores primários ou condicionados.
Freud diz: E a tristeza?
Skinner diz: A tristeza ocorre quando estamos em privação de estímulos reforçadores, ou algum deles nos é tirado repentinamente, há um término dos mesmos.
Freud diz: E a raiva?
Skinner diz: A raiva acontece quando somos expostos a estímulos aversivos primários ou condicionados, porém isso pode tornar-se medo, isso irá depender da ontogênese e filogênese, ou melhor, da contingência em questão. No medo temos uma probabilidade reduzida de ir em direção ao objeto que nos causa essa resposta emocional, há um aumento da probabilidade de nos afastarmos desse estímulo aversivo.
Freud diz: Sempre fiquei ansioso para saber o que é a ansiedade em sua visão?
Skinner diz: A ansiedade nasce quando entramos em contato com um estímulo pré-aversivo cuja há alguma ligação com um estímulo aversivo que tem grande chance de acontecer no futuro. Tirei sua ansiedade com minha resposta?
Freud diz: Sim, estou aliviado.
Skinner diz: Sabia, pois o alívio é produzido pelo destruir de estímulos aversivos ou pré-aversivos, nesse caso a sua dúvida.
Freud diz: Skinner, tenho de ir, foi bom conversar com você e trocarmos conhecimentos
Skinner diz: Igualmente, e vê se para de fumar esses charutos.
Freud diz: HAHAHA, até logo.
Skinner diz: Até um dia.
Moral da história: Apesar das diferenças absurdas entre essas teorias, pois uma é extra-psíquica e a outra é intra-psíquica, o respeito entre elas é o que as torna igual.
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