Estamos Felizes
Fico abismada com tanta coisa feia, errada e fora do lugar. Estamos vivendo em crises: crise política, crise financeira, crise hídrica, crise na educação.. mas, em meio a todo tormento, dói mesmo é onde o sapato aperta. Me aperta. A realidade é que, por mais que nos revoltemos com toda a bagunça do país e que queiramos que valores essenciais sejam levados a sério, com ética e decência, nunca vamos lutar enquanto não alfinetar o nosso conforto. A cada dia ficamos mais individualistas e despreocupados com o próximo. Eça de Queiroz diz que "dói mais uma dor de dente que uma guerra na China", e eu reafirmo. Dói mais a degradação da minha justiça e a minha falta de dinheiro. Dói mais a minha sede e as minhas dificuldades. Mas, admitindo tudo isso, o que realmente fere é minha miséria como humana. A grande lástima é perceber que toda essa baderna é a consequência de olhos fitos no próprio umbigo. Não devíamos questionar tais deficiências enquanto não questionarmos nós mesmos. Porque, na verdade, a mais catastrófica crise é a falta de humanidade.
QUANDO ME TORNEI INVSÍVEL
Já não sei em que data estamos.
Lá em casa não há calendários e na minha memória
as datas estão todas misturadas.
Me recordo daquelas folhinhas grandes, uns primores,
ilustradas com imagens dos santos
que colocávamos no lado da penteadeira.
Já não há nada disso.
Todas as coisas antigas foram desaparecendo.
E sem que ninguém desse conta,eu me fui apagando também...
Primeiro me trocaram de quarto,pois a família cresceu.
Depois me passaram para outro menor ainda
com a companhia de minhas bisnetas.
Agora ocupo um desvão,que está no pátio de trás.
Prometeram trocaro vidro quebrado da janela,
porém se esqueceram,e todas as noites
por ali circula um ar gelado
que aumenta minhas dores reumáticas.
Mas tudo bem...
Desde há muito tempo tinha intenção de escrever,
porém passava semanas procurando um lápis.
E quando o encontrava,eu mesma voltava a esquecer
onde o tinha posto.
Na minha idade as coisas se perdem facilmente:
claro, não é uma enfermidade delas,
das coisas, porque estou segura de tê-las,
porém sempre desaparecem.
Noutra tarde dei-me conta que minha voz
também tinha desaparecido.
Quando eu falo com meus netos
ou com meus filhos não me respondem.
Todos falam sem me olhar,
como se eu não estivesse com eles,
escutando atenta o que dizem.
As vezes intervenho na conversação, segura de que o que vou lhes dizer
não ocorrera a nenhum deles,e de que lhes vai ser de grande utilidade.
Porém não me ouvem,não me olham,não me respondem.
Então cheia de tristezame retiro para meu quarto
e vou beber minha xícara de café.
E faço assim, de propósito,
para que compreendam que estou aborrecida,
para que se dêem conta que me entristecem e venham buscar-me
e me peçam perdão …Porém ninguém vem....
Quando meu genro ficou doente,
pensei ter a oportunidade de ser-lhe útil, lhe levei
um chá especial que eu mesma preparei.
Coloquei-o na mesinha e me sentei a esperar que o tomasse,
só que ele estava vendo televisão e nem um só movimento
me indicou que se dera conta da minha presença.
O chá pouco a pouco foi esfriando…e junto com ele, meu coração...
Então noutro dia lhes disse que quando eu morresse
todos iriam se arrepender.
Meu neto menor disse:“Ainda estás viva vovó? “.
Eles acharam tanta graça,que não pararam de rir.
Três díasestive chorando no meu quarto,
até que numa manhã entrou um dos rapazes
para retirar umas rodas velhas e nem o bom dia me deu.
Foi então quando me convencí de que sou invisível...
Parei no meio da sala para ver,
se me tornando um estorvo me olhavam.
Porém minha filha seguiu varrendo sem me tocar,
os meninos correram em minha volta,
de um lado para o outro,sem tropeçar em mim.
Um dia se agitaram os meninos,e me vieram dizer
que no dia seguinte nós iríamos todos passar um dia no campo.
Fiquei muito contente. Fazia tanto tempo que não saía
e mais ainda ia ao campo!
No sábado fui a primeira a levantar-me.
Quis arrumar as coisas com calma.
Nós os velhos tardamos muito em fazer qualquer coisa,
assim que adiantei meu tempo para não atrazá-los.
Rápido entravam e saíam da casa correndo
e levavam as bolsas e brinquedos para o carro.
Eu já estava pronta e muito alegre,
permaneci no saguão a esperá-los.
Quando me dei conta eles já tinham partido e o auto desapareceu
envolto em algazarra,compreendí que eu não estava convidada,
talvez porque não coubesse no carro...
...Ou porque meus passos tão lentos impediriam que todos os demais
caminhassem a seu gosto pelo bosque.
Senti claro como meu coração se encolheue a minha face ficou tremendo
como quando a gente tem que engolir a vontade de chorar.
Eu os entendo,eles vivem o mundo deles.
Ríem, gritam,sonham, choram,se abraçam, se beijam.
E eu,já nem sinto mais o gosto de um beijo.
Antes beijava os pequeninos,era um prazer enorme
tê-los em meus braços,como se fossem meus.
Sentía sua pele tenrinha e sua respiração doce bem perto de mim.
A vida nova me produzia um alento e até me dava vontade
de cantar canções que nunca acreditara me lembrar.
Porém um dia minha neta Laura, que acabava de ter um bebê
disse que não era bom que os anciãos beijassem aos bebês,
por questões de saúde...
Desde então já não me aproximo deles,
não quero lhes passar algo mal por minhas imprudências.
Tenho tanto medo de contagiá-los !
Eu os bendigo a todos e lhes perdôo, porque...
“Que culpa tem os pobres de que eu me tenha tornado
i n v i s í v e l ?”
Texto contido em PPS adaptado e produzido pela Helsan Produções
Texto Original- "El dia que me volvi invisible"
autora-Silvia Castillejon Peral
Cidade do México-2002
Ninguém é suficientimente bom como se humano estão por isso estamos sempre tentando alcançar a perfeição pois no final das contas é este o propósito da vida. Embora cada um tem o seu conceito de perfeição.
Amigo
de verdade segura nossa mão
nos momentos alegres
e oferece o ombro quando
estamos tristes;
nos reconduz quando
saímos do caminho;
tem a palavra certa, na medida exata
para preencher aquele vazio
do coração;
sabe ouvir e silenciar;
nos resgata;
não impõe sua vontade;
nos vê com olhos
da alma
e nos sente
mesmo que distante.
estamos distantes
penso em vc a todo instante
não te esqueço
e por vc pago qualquer preço.
talvez diferentes
mas sempre presentes
amor de cada jeito
amor em cada peito.
estou mudado
talvez machucado
tento esconder
quem deveria mudar era vc.
Estamos formando pessoas que acreditam em tudo, mas na verdade não acreditam em nada.. famosos liberais da modernidade
Quando estamos de saída, mas deixamos a porta aberta, tantas coisas aparecem para tentar fazer a gente voltar...
Eis uma grande incoerência, nos só conseguimos enxergar as luzes das estrelas quando estamos na completa escuridão da noite!
Ainda estamos em tempos coloniais... Submissos ao trabalho escravo, em busca da alforria capitalista, embora quanto mais se tenha mais se queira possuir... Ah, essa maldita agulha hipodérmica!
Estamos em eterna travessia do navio negreiro, alienados e vivendo de caridade dos sofistas...
Em uma caverna dando às costas para a saída. Somos zumbis modernos conectados por fios, que nos modelam e configuram, sem chance de falar, sem vontade própria e à base de chicotadas.Esse som é denominado censura.
Razão e Coração
Não, não estamos em guerra, mas a batalha existe, não podemos negar, a razão diz, vai com calma coração! O coração é surdo, só pensa em se entregar. A razão está com pé atrás, diz não para o sentimento novo. O coração tem o dom de dizer coisas que nem mesmo a razão é capaz de compreender. Ela é a razão, ele o coração! Ela o ensina a ir mais além, evoluir e a gostar mais de si próprio. Ela é a mudança que ele precisa! Ele tem um mundo a mostrar, sempre ensina a ela que correr riscos e se entregar vale a pena. Ele é o ponto de equilíbrio dela! Estranhamente se completam! Ela é o amor que ele sempre quis! Ele é o amor que ela tanto precisa!
Vivemos perturbados com o passado e alienados com o futuro. Estamos sempre buscando grandiosas conquistas e grandiosos objetivos que esquecemos de viver o presente, (o hoje). Somos incapazes de enxergar um simples acontecimento do cotidiano, somos incapazes de parar por um minuto sequer e ouvir o cantar dos pássaros, somo incapazes de agradecer de verdade a ajuda de uma pessoa que talvez deixou algo por fazer.
Cresça!
Floresça!
Não nascemos prontos e prontos nunca estamos...
Então, não tenha medo de se reinventar!
Todo dia é uma oportunidade de fazer algo novo..
A vida é um eterno agora!
Joelma Siqueira
Sei que estamos separados nesse instante,muito,muito longe um do outro,mesmo com essa dificuldade eu amo, amo você. Sei que você quer parar de falar comigo, sei que não quer se apegar,mas meu amor não tem como fugir do nosso sentimento, agora só me ame.
Não consigo explicar..nosso amor nasceu assim..tão rápido, bom..aquele momento em que te chamei,não sei..foi tão bom te conhecer.
A passividade é que, estamos no momento na ausência de atitude, qual atitude ? A atitude é você ser uma pessoa! Somos uma pessoa ou somos pedaços fragmentados?
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