Estado de Alma

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Preciso de um banho, gélido e longo. Daqueles que esfriam a cabeça e os miolos, que fazem as ideias fazerem algum sentido numa realidade alucinante. Daqueles que amenizam as dores e fortalecem a fé na vida. Que acomodam as tormentas e organizam os desejos.

Preciso de um banho, para pensar em nada e em tudo. Desafligir um coração que já não bombeia apenas sangue, que pulsa em tempestade e bate em retirada. Preciso de um tempo sozinha com a minha alma, ouvir o que ela tem a dizer para que ela possa ditar as diretrizes e direcionar as próximas rotas.

Preciso de um banho para sentir a água bater e passear por um corpo que já não me pertence mais, que fora deflagrado. Um banho que limpe cada vestígio de pesar deixando o sabão perfumar a pele que o tempo marcou.

Preciso de um banho que amacie a carne e contrarie as expectativas, daqueles que enrugam a ponta dos dedos e moem as certezas.
Preciso de um banho para cantar meus males, mesmo que desafine no final das notas, quero gritar e expulsar os perigos que carrego comigo. Eliminar o medo, o medo, o medo…. Até que toda minha sujeira escorra ralo abaixo.

Sentir!
Sinto saudades
Mas nunca te vi
Sinto seu cheiro
Mas nunca te abracei
Sinto seu beijo
Mas nunca te beijei
Como explicar ?!
O arrepiar do corpo
O sangue que ferve
O desejo que brota
Os sentidos falam
Através de vozes
Vozes de inspiração
Sentidas pelo coração
Transmitidas pela alma
Assim surge o sentir
Assim surge a poesia
Assim surge o poeta.

Expurgo

Cabiam mais e mais de mim neste papel amassado, mas não havia pretensões de certezas na escrita que teimava cicatrizar. Era vontade de desaguar, arder, rasgar o que se fazia pesado aqui dentro. Não tinha mais palavras para serem arrancadas, dilaceradas e amputadas em partes do meu corpo.
Eu agonizava entre os rascunhos já amontoados há dias. Pulsava entre os arrematados sinais de pontuação, entre vírgulas que me deram náuseas. Jamais imaginaria que a pausa traria a presença do desconforto. Uma ponte foi desmanchada e não cresciam em mim as possibilidades de um verso extasiante. Nem um acento, um ponto de exclamação. Era vazio, papel em branco, folhas rasgadas, tela de computador aberta.
Eu estava calcificada, vítima de completo limo, de letras que escorregavam e não previam uma frase, talvez um esguicho de sonoridades, fonemas que se converteriam em um discurso, mesmo que tosco ou maldito, mesmo que vago ou cheio de pontas.
Nada era o que tinha. Nada era a palavra que cantava para minhas mãos, agora, febril, trêmula, desfocada. Nada era o que me convertia e desafiava.
Nada era minha prestação de contas ao papel, era o que me causava repulsa e me violentava.
Tantas cabiam nos versos de amores mal ditos, muitas se intitulariam nos poemas de conveniência e de falta de justiça. Daria para que partes não fragmentadas pousassem nas lâminas daquelas palavras de avesso, de duas faces ou de significados abomináveis.
Várias se venderiam aos poemas mais sórdidos, às juras de amor não declaradas ou anestesiadas. Algumas não se importariam em servir de rima para os mistérios da alma, do mundo anunciado aos quatro cantos. Alimentariam sua poesia de dor mal curada ou emoção de parto não sentenciado.
Eram tantas que habitavam nos meus corpos amanhecidos e de lua. Eram as que pretendiam morar no poema que não tive, no poema que abortou outros que não vieram. Não tive suas companhias. Nem tive caso mal amado. Meu papel e todas as lacunas mantiveram o estágio letárgico, de plena depuração.

É distinguível dois estados da alma humana: o prazer (movimento suave do amor) e a dor (movimento áspero do amor).

Mente vazia
Coração ferido e alma perturbada
Eu já não sinto e não quero mais nada
Viver é ilusão
Ninguém te estende a mão
Sozinha está
Esperando a morte vir lhe buscar.

Sou uma pessoa de extremos, nada de morno ou é gelado ou pegando fogo. Quando eu amo eu amo enlouquecidamente, quando me irrito fico louca, quando estou em paz sou um Buda. Não sou uma equação simples. Me entender requer anos de esforço, estudo, experimentos e principalmente alma.

Poucos compreendem o que os seus olhos falam, os outros tantos estão surdos e ocupados demais para ouvir a alma do próximo

O pior tipo de choro não é aquele que todos vêem. Aquele choro de lamentação, doído. E sim o choro da alma. Não importa o que os outros façam por você, não há conforto. A ferida oculta, que assim como o choro, não demonstra a cicatriz formada. Minha alma tem mais cicatrizes que a minha própria vida.

As Minhas Letras

As letras são os meus maiores refúgios,
como também as minhas melhores companhias.
Tenho por elas um apreço tão grande,
que não me imagino
sem poder delineá-las em traços,
num papel qualquer,
ainda que se manifestem temerosas,
quentes, invasivas dos amores, rabiscos.
As letras completam em linhas compostas,
o que o meu olhar não consegue dizer;
são calmarias para a minha alma,
lucidez para o meu viver.
As letras, as minhas letras,
são vozes ecoantes que flutuam em brisa
e difundem o meu sentir
em compilados versos espaçados,
que vão além de mim; imaginados.
E de todas as lógicas existentes,
são elas, tão somente,
as minhas únicas e inúmeras letras,
que me entende.

Tenho sentimentos guardados no coração que só a sensibilidade pode enxergar

As vezes a realidade lhe obriga a crescer, quando meramente sua alma deseja permanecer jovem para sempre!

Existem 4 tipos de janelas: para o quintal (lar); para a estrada (viagem); para o universo (céu); e para a alma (olhos).

As vezes a lembrança da mente é a alegria da alma.

- Gentileza: uma atitude tão nobre, gratuita e que poucos sabem exercer. Ser gentil vai além de provar para o outro que estamos em harmonia, paz ou no bem. Ser gentil é o reflexo perfeito da nossa própria alma!

O pensamento caminha por perguntas, e as perguntas se desdobram em novas sub perguntas principalmente dentro da subjetividade das respostas cabíveis dentro dos diferentes hiatos de espaço e tempo.O mundo moderno dentro da busca do pensamento é uma crise de subjetividade mas as tradições, sabedorias e religiões antigas tem muitas delas respostas pre estabelecidas mas a grande totalidade não tem as respostas exatas para o auto encontro das respostas de salvação de si mesmo para o tempo e dimensão exata em que vivemos.O pensamento de Descartes dentro da melancolia que diz , penso logo existo mas não responde o nosso eu e reformula a grande pergunta dentro da modernidade....nos estamos nos conhecendo mesmo nos afastando do solitário e singular, eu.

Os vinte anos remetem ao fim da mocidade
Inicia-se um ciclo escorregadio, o prêmio marcado pela idade
Tem marcas mais profundas, o deleite de uma esperança
Calada tão cedo por uma política de amargas alianças

Meu país não é meu lar
Não me restam forças, inda na mocidade, para lutar
Essa profundeza de abismo coberta por purpurina
Não engana minha mocidade, trágica euforia

Ser não mais nova
Ser inda não velha
Resistir para que os versos em mim resistam
Insistir para que as saudades em mim não consistam
Com o eterno esperar



Olhos de alma inquieta
Tão só, naufragada
Refugiei-me em ilusões incertas
Sonhei como marinheiro, a espera da alvorada


Vinte anos, o nada
Bilhões de anos, astrais
De que me valeria a estadia
Se a alma não regozija? Se a alma não tem paz?

E de que valeria a paz
Se só se mostra ela presente
Ao término do ciclo
Da vida intermitente?

Se tantos sonhos ainda sonho
Se tantos versos não sou mais capaz de compor
Por onde anda o sonho de marinheiro
Que um dia em meu peito desabrochou?


Se puder, eu, enfim, ser borboleta
Sem rumo, vagar entre flores do equinócio primaveril...
Por que não veneramos também as mariposas
De vidas noturnas, outonais de abril?


Se tantos sonhos já desisti de sonhar
Por que ainda é latente no peito
O esboço do desejo
Da eterna desventura?


Eu quero me calar
Eu quero gritar aos mares
Para a moça bonita que passa
Que traga a vida na morte
A resposta inconstante
De como se navega para o norte


Fatigada dos sonhos
Do deixar de sonhar
Alçar os céus no prumo da borboleta
Nos ventres da mariposa, repousar.

O lenço para as lágrimas de sua alma é o Evangelho.

Na estrada da vida a alma poderá doer mais que os pés. Mas se continuarmos caminhando, cada passo, cansado ou fatigado, poderá mostrar quem de fato somos e porque estamos neste caminho.

Esse papo de metade da laranja é besteira!
Somos completos, inteiros.
Somos como um bom vinho, que com a idade ganha corpo, qualidades,aromas...Sempre em busca de boas harmonizações.

Pureza no olhar, paz no coração, alegria na alma.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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