Esqueceu de Mim
UM POUCO DE MIM
Certa ocasião escrevi sobre a morte e reportei que a mesma era uma questão de opção. Na mesma senda, nossa vida também é repleta de oportunidades. Hoje, dia que para mim é como qualquer outro, apesar de estar encerrando mais um de tantos ciclos, reflito o que consegui conquistar e, sem qualquer sombra de dúvidas, primeiramente, a dignidade de estabelecer objetivos: escolares, familiares, fraternais, amorosos, de trabalho, projetos, enfim, aquilo que dependa de mim. Não me entendam como uma “mônada” isolada, que se julga capaz de conquistar o universo tateando sozinho na sua escuridão. Bem certo de que a solidão nos remete à reflexão, entretanto, as ações que mais nos permitem a evolução são aquelas que envolvem objetivos e ensinamentos coletivos. Apesar de ter o rótulo do filho mais folgado, nem sempre as coisas foram fáceis, ao que agradeço às orientações deixadas por meus pais, exemplos de superação, sonhos e realizações. Comparadas às provações que a vida lhes apresentou, deveria dizer que não tive sequer um grão de areia como obstáculo, em face do deserto pelo qual os mesmos tiveram que superar. Para tanto, família, trabalho, obstinação e amor, auxiliaram a matar a sede para a travessia. Aliás, quem caminha sedento e, a conta-gotas, com paciência e obstinação, vai buscando energias para chegar ao oásis, bem sabe que este é um caminho sem fim. Ao longo desse intervalo terreno, muitas situações inusitadas já passei. Várias “picadas” foram abertas nesse andar, muitas, deixando “grosseiras” provocadas por alguma aroeira no caminho. “Enxertos” desafiando as relações da própria natureza, como dar uma mãe (“Vaca Chaleira”) a um terneiro órfão (Takamanakira). Outro dia conto mais sobre isso, com detalhes. A tarefa diária, antes do “colégio”, não era lá das mais admiradas para um guri de parcos anos de idade – nem se fale nos dias de geada -, contudo, ao mesmo tempo, mostrava avanços inexplicáveis naquela relação que nasceu resistente, usando-se, inicialmente, a força de “acessórios” como cordas (sogas), maneias e palanques, até que um simples acompanhar daquele ritual mágico, se transformava em uma bela cena de total adaptação e, porque não dizer, evolução.
Afinal evolução de quem?
Nesse caminho vi nascer flores dos braços de minha mãe que, a malho, ferro e fogo, cortava e moldava arranjos que, mais tarde, eu via desfilar em bailes nas cabeças e vestidos de muitas “moçoilas” de minha geração. De alguma forma, eram “essas flores” que garantiam a minha presença em alguns desses eventos festivos. Muitas outras flores e projetos vi enfeitarem a vida dessa “jardineira”, o que daria um livro que não me atrevo a, sequer, principiar. O meu pai, por sua vez, altivo, nunca, jamais, me deixou sem amparo nos momentos mais difíceis que a adolescência insistia em “me aprontar”, mesmo acidentes que envolviam alguma “remontagem” material. Sabe-se lá se eu teria ou terei com meus filhos a mesma tolerância. Caso eu falhe, certamente, não estarei seguindo as diretrizes que me foram confiadas.
Seguimos lutando para vencer cada obstáculo!
Aos meus amados irmãos, agradeço a conjunção de esforços, de todas as formas: física, espiritual, material, emocional etc. Até mesmo às acaloradas brigas, onde sempre levava a pior, pois os “cascudos” vinham em cascata, dos maiores até o menor - no caso - eu mesmo! Aprendi muito e, como já ouvi dizer, vivi na “folga” em relação a muitos percalços ou carências que talvez tenham tido mais do que eu. De qualquer sorte, mais “liso” ou não, tenho a convicção de que fui “curtido” nessa santa troca de cumplicidade, desde as “pescarias” capitaneadas pelo pai, onde eram transformadas em “engenharias de aramados” que acabaram “tramando” homens de verdade! Obrigado a todos vocês: Pai, Mãe e meus Irmãos!
A lição disso tudo: “cultura”! Tanto a do cultivo da terra quanto do campo das letras; em ambas a arte da semeadura, da plantação, do cuidado, do controle das pragas e das rezas elevadas ao alto.
Graças aos exemplos que tive, sempre traduzo cultura como forma de comunicação, não só através de um modo eloquente e rebuscado, mas aquele em que se adapta ao meio onde estejamos, permitindo que haja entendimento: desde um diálogo com um heroico peão de estância, até o mais refinado desembargador em algum tribunal desse país.
Com essa “grande bagagem”, tive o alicerce seguro para sair de casa aos 14 anos, morar “sozinho” com meus irmãos, saindo dos braços de um lar, buscando um horizonte que dependesse somente de mim. Saído de uma escola onde a religiosidade era o mote central para a realidade de uma escola pública que, logo em seguida, emendei com o sonho de uma faculdade de direito, também pública.
Os amigos: onde teriam estado? Em tudo que me move! Os verdadeiros! Os de ocasião, nem os contaria!
Claro que nominá-los seria um desrespeito! Entretanto, a força motivadora desse laço extenso e infinito que se chama amizade é uma das insuperáveis demonstrações da presença de um Ente Supremo.
O mais incrível de tudo isso é que olho para as décadas que passaram e tenho a alegria de registrar que muitos amigos, de longa data, permanecem no meu convívio diário, que distância ou tempo nenhum separam. Outros tantos, agregaram-se nesse rol com uma intensidade que os coloca como partícipes das amizades que parecem transpor nossa própria existência terrena.
Até mesmo aqueles que partiram para o oriente eterno, tenho sempre vivas as lembranças boas e até passagens tragicômicas, que me fazem rir da vida quando ela nos apronta!
Acadêmicos, colegas de aula, colegas de especialização, de mestrado, colegas de trabalho etc. Nossos rastros ficaram vivos em cada lugar que passamos.
Aqueles que, eventualmente, não consegui agradar, tenham em mente que nunca tive como desiderato de vida fragilizar a vida dos outros, nem mesmo em pensamento.
Toda discussão que envolve rotular as pessoas procuro passar ao longe, pois sou adepto da discussão de ideias e não de preconceitos!
Porém, na lição de Confúcio, em os Anacletos, um aprendiz indagava ao mestre: uma injúria se paga com uma boa ação? Ao que o mestre respondeu: uma injúria se paga com retidão, afinal, com o que se pagaria, então, uma boa ação?
Nesse contexto, faço breve conexão sobre o perdão, que é algo salutar, em certa medida. Todavia, o perdão reiterado pode significar conivência, acabando por ceifar uma oportunidade daquele que necessita alguma evolução.
Aos meus filhos, não vou dedicar muito do que aqui escrevo, pois espero registrar a cada dia minha gratidão em gestos de amor e de carinho, que nos fortalecem para seguir empreendendo nessa aplicação Divina, cuja rentabilidade pode não dar inveja aos economistas mas me tornam uma pessoa repleta e muito rica: riquíssima!
Enfim, já plantei árvores, já escrevi livros e tenho meus amados filhos!
Com franqueza e escusas pelo lugar comum, minha maior ambição é a velha máxima popular de continuar agregando vida aos anos e não anos à vida!
Certa ocasião, em algum tempo dessas “décadas”, escrevi:
“Meu único amor
é amar ter muitos amores
este é o meu jeito de ser
‘eta’ jeitinho danado
me arrumou mais você”.
Clamo que não me entendam mal sobre o sentido de amor acima referido, pois deve ser entendido na plenitude que o amor merece.
Faz tempo que escutamos - e acreditamos - em “tempos modernos”, bem decifrados pelo poeta Lulu Santos. Contudo, se faz necessário impulsionar, na realidade, “um novo começo de era, de gente fina elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não...”.
Assim, com o “tempo voando e escorrendo pelas mãos”, vou encerrando esse pensar comigo mesmo, que ouso dividir com todos que me acompanham ao longo desses anos.
Espero, sinceramente, tenham servido para abrandar as arestas e imperfeições que tenho, nessa luta diuturna para tentar mitigá-las, para me tornar, cada vez mais, digno de conviver com pessoas tão especiais como vocês.
Obrigado a todos, TODOS MESMO, que me permitiram refletir para um sentido e para um sentimento, que ele seja: EVOLUÇÃO!
Alfredo Bochi Brum
"Meu amor, não digo sempre, mas eu te amo. Você traz à tona o que de melhor há em mim (ou faz surgir esse melhor). E só por você mesmo que escrevo algo assim numa rede social." Pedro para a Manu de Amor nos Tempos de Quarentena
Sobre mim ?
Apenas deixo meu coração falar
São sentimentos que se misturam com desejos
Tento me descobrir a cada palavra escrita
E viver cada pensamentos
Se já estou vivendo ou se um dia viverei...
Não sei... tente descobrir.
Que eu possa amar mais, ainda que pareça que eu amo o suficiente.
Que as minhas atitudes sejam o reflexo da minha gratidão as bençãos de Deus, por mais que eu ainda vá receber muitas outras.
Que eu saiba plantar e saiba colher, com a consciência de merecer.
Que eu saiba levantar depois da queda, sabendo que depois dela eu me fortaleci.
Que eu possa iluminar o mundo a minha volta, sabendo que a minha luz é tão única quanto de qualquer outra pessoa.
Que eu possa somar, em qualquer lugar, sabendo que sempre tenho algo pra aprender.
Que os motivos pra sorrir sejam maiores e que eles sempre prevaleçam.
Que eu possa viver o meu novo ano na plenitude do meu ser!
Perguntas são sempre bem-vindas na vida de quem cresce. Há perguntas que não precisam ser respondidas com pressa. Elas pertencem ao mundo da reflexão, que não se interrompe. São perguntas que possuem o dom de fertilizar o plantio que somos nós.
Eu escolhi a mim...
escolhi ser eu...
escolhi minha alma intensa
e toda a imensidão
que habita aqui!
todos os dias antes de dormir, lembro do que poderia fazer melhor mais não fiz...mais de uma coisa estou certo,que o dia seguinte farei o melhor.
Eu só precisava de um "sim"
Era tudo que eu precisa aquela madrugada
para fazer dar certo.
Um aceno, um aperto de mão, sei lá.
Eu só queria que você confirmasse que
Me queria como eu lhe queria.
Mas o aceno, o aparto de mão e o sim não vieram.
Estou aqui agora com mais vontade ainda de você.
SOU CAPAZ
Hoje, acordei cedo refletindo em como será meu dia antes que o tempo possa marcar as seis horas da manhã. Meu proposito hoje e escolher como será meu dia, quem eu serei hoje, o que irei fazer.
Posso reclamar porque está frio ou possa chover, mas da mesma forma sou capaz de agradecer por estar aconchegado tomando meu chocolate quente e vendo a chuva chegar para lavar a cidade da poluição.
Posso me sentir triste por falta de recursos financeiros ou sou capaz de tomar a iniciativa de melhores decisões para administração e evitar o desnecessário.
Posso opor-se sobre minha saúde ou sou capaz de agradecer por mais um dia de vida e estar aqui para testemunhar uma nova chance de ser diferente.
Posso lamuriar sobre meus genitores por não terem ofertado todos os meus desejos ou sou capaz de ser grato pelas lições aprendidas e pela dadiva de ter nascido.
Posso reclamar por ter que acordar e sair cedo para trabalhar ou sou capaz de agradecer por ter um trabalho entre inúmeros desempregados no país.
Posso lamentar qualquer decepção ocorrida na vida ou sou capaz de entusiasmar com as novas experiências que aprendi.
Se todos os meus planos não tomaram o curso que trilhei, posso felicitar-me por ter um novo dia para recomeçar.
O dia está em minhas mãos aguardando minhas decisões para ganhar vida. Eis-me aqui com minhas escolhas, sou o escultor que inovará a formula de progresso, tudo depende exclusivamente de mim porque sou capaz.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Proclamo o que reflito, com esperança. Reflito minhas ações, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Enforco-me para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende a cada novo dia. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, a desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir algo, porque sou capaz de fazer ou ser aquilo que me apraz.
VOCÊ CUIDA DE MIM
Você mexe com a temperatura dos meus hormônios...
Estimula a minha arcada dentária...
Arranca suspiros da menina dos meus olhos...
Arrepia meus pelos...
Faz minha libido arranhar o céu...
Você me desconserta...
E me recria ao seu bel prazer...
Me desmonta...
E me reconstrói mais bonito...
Você acelera o meu relógio biológico...
Transforma o rascunho dos meus dias em arte final...
Você me lapida...
Me forja...
Me pinta...
Você me molda...
Me esculpe...
Você faz de mim o que bem quer...
Mas antes de fazer, tem a sapiência de perceber que também é meu querer...
Você me invade...
Me inunda...
Me transborda...
Me exalta...
Você me irradia...
Me compõe...
E me canta...
Você me hipnotiza...
Me solidifica...
Me concretiza...
E me estremece...
Você me aflora...
Me harmoniza...
Me eleva...
Você suaviza meus traços...
Estreita meus laços...
Você me fortalece...
Me sacia...
Me enobrece...
Enfim...
Você cuida de mim...
No início...
Meio...
E fim...
Luto batalhas diárias contra essa necessidade de você. Todos os dias imploro para que cada pedacinho meu não deseje mais cada pedacinho de você.
Para que meus olhos parem de procurar pelos seus lindos olhos pretos em cada olhar.
Para que meu nariz não procure pelo seu cheiro que ainda está naquele nosso ursinho.
Para que minhas mão parem de procurar o carinho dos seus dedos em outras mãos.
Para que meus braços não sintam falta de estar nos seus braços.
Para que meus ouvidos não desejem encontrar a sua doce voz no meio da multidão.
Para que meus lábios não beijem outros lábios a procura do seu gosto.
Para que meu corpo não procure o seu em outros corpos.
Para que eu não sinta mais vontade de te escrever poemas de amor.
Para que eu pare de escrever poemas sobre você ter partido.
Talvez se meu corpo tomasse vergonha, só talvez, então, cada pedacinho de mim esqueceria de procurar por cada pedacinho de você.
Eu estou incompleta
Fui me despedaçando por aí. Dando tudo que nunca recebia, pois veja o quanto estou vazia e só. Levaram tudo oque eu tinha, o meu amor, a minha confiança, o meu carinho, os meus sonhos. Enfim só restou isso que estão vendo, essa casca, esse resto de vida.
Não fale de mim pelas costas, olha dentro dos meus olhos e fale aquilo que Jesus falaria para mim nos momentos de fraqueza.
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