Esperando um Filho
— Saudade. Ah, saudade tirana. — Exclamou em sua varanda dando mais um trago em seu cigarro de menta, fazendo a fumaça que soltara pelo nariz sumir por entre os ventos arrepiantes, que faziam questão de bagunçar seus cabelos negros semelhante a noite triste que contemplava, até seus sentimentos. Seu amor rejeitado. Suas duvidas. Suas saudades.
Seus pensamentos estavam fixados numa moça, cujo cabelo cor de fogo, olhos verdes impermeáveis. A moça que pegou seu pobre coração e esqueceu-se de devolver, simplesmente. Talvez ela o pegou e jogou fora, talvez ela nem o percebeu. Talvez, talvez, palavra torturante para aqueles que preferem a certeza, e não a duvida.
Suspirou pesadamente, fazendo seus músculos relaxarem por um instante. A lua brilhava, para ele. Com aquela luz falsa, que nem ao menos era dela.
De fato, ele era egoísta. Queria poder usufruir da sensação, — ao menos uma única vez, até não sobrar nenhuma gota —, de ela tentar escapar por entre seus dedos, e ele simplesmente enlaçar seu braço na cintura dela. Ou até melhor; terminar uma briga com um beijo ávido. Qualquer coisa seria boa, aceitável. Tê-la ali, junto dele.
Nas horas que são mortas nos sentimos tão igualmente mortos e impassíveis, dependentes de um todo que move o universo para um lugar onde não sabemos onde vai dar...nesse exato instante, de um momento inapropriado de vida, quero apenas mergulhar numa piscina de vinho tinto, reverenciar Baco e entorpecida...adormecer...
Mesmo que eu tenha
à minha frente
um lindo e longo caminho.
Mesmo que eu tenha
atrás de mim
um sorriso de lembranças.
Mesmo que eu possa realizar os sonhos...
Se ao meu lado não estas
nada tem sentido...
Comendo a carniça da injustiça / Celebrando mais um dia de Carnaval e preguiça / Quebrando as asas da Justiça / Defumando linguiça e dinheiro nas contas da Suiça...
Me sinto encarcerado dentro de um relógio de ponteiros / Onde a cada minuto q se passa eu tenho que pular / Ora, uma hora quebra esse vidro e pulo para o além
O caminho do amor é traçado um passo de cada vez.
Feito por duas pessoas juntas , lado a lado.
Por isso nunca saia correndo .
Talvez a outra pessoa nem tenha dado o primeiro passo .
A sinceridade pode ferir por um instante mais logo ela cicatriza ,
Mais a dor de uma mentira é como uma doença que não se ve , sabemos que existe mais demoramos para descobrir , e quando descobrimos é dificil curar e sempre deixa sequelas.
Não podes servir dois senhores, se afastar-se de um, aproxima-se do outro, mesmo que pense estar sozinho, estará com um deles.
13 Segundos
Ela estava simplesmente linda (simples, mas linda): usava um jeans comum, uma blusa branca comum e sapatos absurdamente comuns. Ao subir a escadaria o balançar de seus quadris dava-lhe um ar sereno e charmoso. Parecia-me segura de si.
Pedi que fosse mais cedo que o normal. Mesmo assim, quando chegou, o sol já ia vagarosamente revolvendo seus raios. Abraçou-me. Havia pouco mais de um mês que não nos víamos... Mas o importante aqui é o fato de que nunca havia me abraçado. “oi. Vamos andando?” disse ela; “vamos” respondi. Fez-se silêncio. Até que chegamos finalmente ao local onde costumávamos nos sentar.
-... Bem, a única coisa que eu quero que saiba, é que foi tudo muito rápido pra mim, entende?
- Rá-pi-do. Rápido. Você quis dizer que foi muito ‘fácil’ pra você.
-Sempre achei que você fosse uma garota compreensiva. Mas está se mostrando infantil.
-Infantil? Acaso não se parece muito com uma criança quem faz ‘joguinhos’ mostrando-se estar apaixonado, mas, que em pouco tempo esquece a tal paixão para ser ‘solidário’ para com a PRÓXIMA, a fim de ajudá-la a esquecer outro alguém; e assim deixar de sofrer?
-Eu não queria falar... Mas nunca tivemos nada. Sempre fomos amigos! Você que entendeu errado. Logo você que entende tudo.
Ela me olhou profundamente nos olhos parecendo suplicar em silêncio, que eu me retratasse diante daquelas vinte e cruéis palavras. E, falou com muita calma e certeza
-Não pense que estou com raiva de vocês dois. Eu não culpo a ela por tentar esquecer outro alguém... Mas, com quem eu vou te esquecer?
Não pude fazer nada enquanto aqueles mesmos quadris “alegres” que subiram a escadaria iam com pouco esplendor se distanciando, até o ponto em que não mais pude avistá-los. A 50 metros, eu não podia mais sentir a dor que ela sentia em dizer “adeus” àquilo tudo. Pois, bem perto, uma dor mais viva me incomodava.
“A maior covardia de um homem é despertar em uma mulher, um sentimento sem ter a intenção de amá-la”, ditou-me um amigo, certa vez. Em apenas 13 segundos tive certeza disso.
Gênero: Conto.
Dor chamada "Esperança"
-Todas as coisas que dissemos um ao outro, não foram o bastante pra mostrar que ficaremos juntos pra sempre. Por isso decidi não falar mais nada. Estou cansada de brincar de ser donzela- disse Beatriz, vulgo “Bia estrela”.
-Mais essa agora? O que você acha que eu venho fazer aqui todos os dias? Eu não quero apenas ir pra cama com você! Se for pra ir, que seja na NOSSA cama. Já te falei. – disse Petrus.
Beatriz começou a trabalhar cedo. No início, para ajudar a mãe nas costuras que fazia. Cresceu acostumada a trabalhar. Até que sua mãe ficou doente e ela se viu num beco sem saída, sendo a única pessoa que podia lhe oferecer algum amparo.
Depois dos dezessete anos de idade conheceu os ‘prazeres da carne’ e achou que trabalhar com aquilo não deveria ser tão ruim. Pois, ela gostava e diziam que se ganhava muito dinheiro em pouco tempo. Ela ficaria apenas o suficiente para pagar as dívidas de remédios.
Petrus foi um de seus primeiros clientes. Moço bem de vida- não chegava a ser rico-, bem aparentado e, além de tudo gentil. “Onde já se viu: ser gentil nessas coisas?” pensava Bia.
A verdade é que ela não tinha conseguido ficar apenas o suficiente. Foi forçada a vender-se por mais tempo do que imaginava. Petrus tornou-se uma espécie de “Happy- hour”, só um intervalo entre sua vida de tantos desprazeres.
Agora o moço queria tirá-la de lá. Ora essa! Depois de quatro anos usufruindo de seus serviços, agora ele lhe vinha com essa estória de casar.
Naquele pequeno quarto “Bia Estrela” passou (e ainda passava) as piores noites de sua vida. E, em contraponto os melhores momentos também.
Qual o ser humano que nunca pecou? Pois que atire então a primeira pedra. Mas ela se sentia imbuída de pecados. Sem perdão: havia estabelecido o preço a se pegar. E pagavam. Mas era tão pouco... O valor era tão menor que ela, tão menor que seus sonhos.
-Querido, eu estaria mentindo se dissesse que não é isso o que todos procuram. Onde você pensa que está? Heim? Aqui está cheio de “frutos proibidos”. Você pode escolher o que quiser: são todos iguais.
-Está bem, senhorita. Se você não acredita o problema é seu. Você acha que se eu não quisesse nada sério, perderia meu tempo e meu dinheiro falando, quando na verdade deveríamos estar fazendo outra coisa? Eu poderia escolher qualquer uma dessas que cobram bem pouco e que nem sequer se importam em saber nosso nome. Afinal, segundo você, são todas iguais. Não é?
Ali estava uma mulher que havia se acostumado a não tomar mais as rédeas da própria vida. O preconceito estava em si: caso se casasse realmente, o que diria a família de Petrus? Nunca a olhariam com respeito. Ela nunca deixaria de ser uma qualquer.
O tempo já estava acabando e Bia começou a chorar enquanto falava para Petrus o que sentia:
-Desculpe, eu sei que tenho andado um pouco sentimental, mas é que dessa vida eu tento me esconder. Não quero tirar você de perto de mim, pois sem você já não sei viver. Não estou dizendo que você é o meu mundo, só que sem você ele não vai acontecer. De que adianta ficarmos juntos se o meu passado vai comigo? Não dá pra deixar ele aqui.
Petrus, ao olhá-la, via que o tempo em que ficara ali havia feito de Beatriz uma pessoa sem perspectiva e que ele não podia fazer mais nada a respeito. Ele já havia lutado demais. Vestiu-se. Beijou-a e falou que era uma pena aquele amor ter acabado daquele jeito. Enquanto calçava os sapatos continuou:
- Não pense que eu quero que você se esqueça do tanto que sofreu. Saiba que durante todo esse tempo eu te amei de verdade. E que esse nosso mundinho fechado, dentro desse apartamento, poderia caber em qualquer lugar. Bem longe daqui.
-Você sabe que eu nunca vou mudar não é? Essa é minha vida, entenda.
-Não pense que eu quero te concertar. Você não está quebrada.
Ele se levantou com uma idéia na cabeça: nem sempre duas pessoas que se amam têm o bastante para continuarem juntas. É a condição da continuidade: amor não basta.
Ao abrir a porta, virou-se para ouvir o que Bia falava:
-Acho que nós dois concordamos que eu não sou nenhuma estrela, não é mesmo? Que tal você me sugerir um novo nome? Assim sempre vou lembrar de nós dois.
Depois de pensar um pouco respondeu:
-“Hope”.
-Achei que soou legal. Petrus, você ainda me ama?
-...
-Sim ou não?
-Acho que não dá mais pra te amar.
-Então não daria certo.
-Por quê?
-“Ou o amor é eterno ou não era amor”.
Bia e Petrus ficaram se olhando por alguns segundos, até que ele tomou coragem e, depois de um sorriso doído, fechou a porta. Ela então correu para a janela do prediozinho decadente e, antes que ele entrasse no carro perguntou:
-O que quer dizer “hope”, querido?
-Quer dizer “esperança”.
Petrus entrou no carro e foi embora.
“Hope” se endireitou e deitou na cama. Triste, para cumprir com mais uma hora de trabalho. Pura ironia para quem acabava de ser batizada com o nome “Esperança”.
Gosto de barba por fazer, camiseta preta, muitas tatuagens e, é claro, um belo cigarro na boca.
Sei lá… Certos homens, enquanto fumam, fazem uma cara de quem está pensando muito em algo. Assim: olha pra um lugar qualquer e joga a fumaça. Fica com cara de inteligente. Diga-se de passagem: não há melhor afrodizíaco que inteligência
Por Deus… Como eu queria um abraço seu agora!
Queria sentir de novo aquela sensação de que você se encaixava perfeitamente em meus braços; de que você era o pedaço que me faltava. Mas, veja só: desde o nosso fim, sinto-me partida em infinitos pedaços a mais que antes. E todos eles estão com você.
Como você me dói, querido. Principalmente em dias vazios como este.
“Se fosse ‘eu’, não perdoaria”
Disse um amigo meu. O que respondi?
- Ele não foi o primeiro a me magoar. E nem será o último. Acho. Uma hora tenho que perdoar.
-Isso não é algo que se perdoe.
-…
-…
-Pior que eu sei…
Um mini-recado-de-amor. Para: O homem de minha vida. Mais conhecido por: PAI.
Sei que essa é somente mais uma data comercial, usada para nos tirar dinheiro com o pretexto de fazermos nosso pai feliz. Mas bem que eu gostaria de me render a esse sistema e lhe comprar um presente daqueles enormes- embora não tenha certeza ainda do que daria. Seria ótimo se ao menos eu pudesse fazer como quando mais nova: lhe comprar um par de meias, fazer-lhe um cartão e dar-lhe um beijo bem forte no rosto.
Tenho consciência de que não somos mais como éramos antes. Tenho plena consciência de que de Sua Princesinha passei para mulher-Independente(assim mesmo: mulher com “m” minúsculo & independente com “i” maiúsculo). Não estou mais perto de você, não lhe dou mais beijinhos no rosto, não lhe peço a benção, não lhe dou meias e cartões. Mas isso foi o tempo e a distância em quilômetros que se encarregaram de fazer (é claro, com uma boa dose de nossa culpa).
Fique sabendo que desde que te vi pela primeira vez te amei. Sempre vou te amar.
Não sinta tanto ciúmes de mim e não se preocupe com meus namoros, com medo de que eu sofra ou lhe esqueça. Porque você é o homem da minha vida e nunca vou te esquecer ou abandonar. Tenho certeza que caso eu tivesse nascido sabendo falar, quando lhe vi na maternidade olhando pro meu rosto eu teria dito “Ah, te amo, tanto, tanto, tanto…” e sorriria com minha boca sem dentes. Nesse caso não é exagero dizer ‘eu te amo’ logo de cara. Não é exagero quando reconhecemos na figura a nossa frente o nosso herói de uma vida inteira.
Não é exagero, pai.
A benção, pai.
Ah, Deus te abençoe também.
Te amo como numca amei nimguem
Te quero como numca quiz um dia alguem
Você mudou minha Historia . (8)
Um tantinho fatigada:
Estou cansada de ter namorados que acham lindo quem é determinado e fala o que pensa, mas que se ofendem quando falo o que penso. Cansada de gastar minha literatura[ com éle minúsculo] e receber no máximo um "muito legal, Pri" como retorno.
É chato dispor toda a energia que tenho em coisas que não me cabem. Minha literatura não me cabe, meu amor não me cabe, nem mesmo minha insônia ou minha sede de vingança me cabem. Sinto-me fraca, sem vida. Não que eu seja infeliz. Só estou um tantinho fatigada de tudo.
TER OU NÃO TER
Não a tenho como um objeto,
Que a qualquer momento,
Pode ser descartada.
A tenho como minha mulher,
Minha amante, minha amiga,
Minha companheira, minha amada.
A que é o meu próprio ser,
A razão deste meu viver,
A minha eterna namorada.
Que eu sempre hei de querer,
E que sempre hei de agradecer,
Ao Pai! Por você ser, a minha grande dádiva...
O QUE EU QUERO
Tudo o que eu quero e preciso,
É de amor e de carinho,
De um franco sorriso,
De alguém, em meu caminho.
De um ombro amigo,
Onde eu possa desabafar,
E ganhar um acalanto.
E que conte comigo,
Que eu sempre hei de amar,
A quem procuro tanto...
Fé e a certeza que existe um pouco de Deus em você e por isso você é capaz de realizar tudo o que quer neste Universo.
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