Escritor

Cerca de 8040 frases e pensamentos: Escritor

Sobre Empatia

Eles, são apenas crianças perdidas (...)
Nós, também somos.

Inserida por michelfm

Brunná e a Esperança que não Cessa

Havia tudo sido combinado,
Com cautelosa antecedência,
No prazer a apreciação,
Do repouso ao movimento e potência.

Mas quem afinal
Dentre estes que arriscam prever,
Haveria de enfim suspeitar,
Que tanto talento irrompe,
No dilúvio devastador de poder.

Tu podes tudo o que pensas ?
As perdas pertencem ao pódio ?
Conquistas são consequências,
De derrotas, do amor e do ódio.

Brunná e a Esperança que não Cessa,
Se intensifica e não cessará.

Posso afirmar bulhufas de fato,
Exceto pela parte que me toca,
Insisto que teu toque provoca,
A esmagadora prova de que

O que pode ser provado,
É ciência que não nos interessa.

Inserida por michelfm

Quando somos nós emparelhados,
Denominadores elevados na infração,
Tua força atenua o fardo,
Favorece a fibra que nos fortalece,

Alicerçando esta fluência temperada,
Forjada no furor que enrubesce.
Da infinitude feições prováveis,
Na infinidade rejeições possíveis,

Selecionadas delicadamente,
Nobres critérios irrepreensíveis.

Quando se perde tudo,
Ganha-se motivos para afrontar.

A Esperança determina
A quantidade de perdas,
Na tentativa de encontrar.

Descomplexificando a Vida,
Não há nada nesse entorno
Que seja simples.

Brunná e a Esperança que não Cessa,
Se intensifica e não cessará.

Inserida por michelfm

Deixe

Deixe quieto
Ou deixe rolar,

Só não deixe
Que fique
Por isso mesmo.

Inserida por michelfm

Pragóra

Templo Edificante do Conhecimento - Bradou o Andarilho. Há de ser assim, sapiência vindo de onde se espera. Mas não exagere no uso do verbo esperar, a sabedoria é pra agora.

Inserida por michelfm

Rima sobre Rima
(ou a Monografia Senil
de um Inovador Ultrapassado)

Do barulho infernal,
Ao brilho cegante,
Energia estridente,
Dissipada em instantes.

Nós somos as massas
E as minorias,
Saboreamos o bônus
E as consequências.

Fomos barbárie em harmonia,
Trouxemos uniformidade e conflitância.
Regamos os buquês floridos da melancolia,

Eufóricos desenfreados, anatomistas.
Portamos as causas e as epifanias.
Éforos da argumentação,
Baboseiras intimistas,
Infinitas.

Estratagemas, pilherias,
Ardis e trapaças,
Emboscadas, astucias,
Arapucas, ciladas.

Inserida por michelfm

Não fazemos ideia
Dos porquês,
Ocupamo-nos
Apenas, do aroma dos buquês.

Que restem penas,
Cheiros, perfumes, odores,
Penachos, farroupilhas.

Que restem arenas,
Termas, gladiadores,
Pomares, pantomimas.

Que seja esta nossa sina.
Que reste apenas,
Rima sobre Rima.

Inserida por michelfm

Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)

Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.

Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?

••
•••
(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)

Inserida por victordrummond

Ver, de Verônica

Nem só de aleatórias combinações vive a poetisa, mas de toda sobrecarga que lhe é imposta. Doloridos tendões, quanto mais nos atendem, mais tendem a latejar. Propriocepção exagerada em nós. Coloridos vasos pulsantes sanguíneos, atarefados, florescendo veias dilatadas, senhoritas ritmadas, gingam joviais, perfumes orgânicos de ti exalam. Talento para olhar e ver, não somente lar, muito mais que isso, o porto quase sempre inseguro, acolhimento em parto, aconchego em partes, invólucro, lúmen inteiro expandindo, teus diâmetros, nossos perímetros, dilatam intuitos, estásativa, tuésmística, alternativa, grandezavetorial, peregrina, intuitiva, nativa, provavelmente em magnitude e possivelmente com direção, uterina. Cafeína achocolatada, alerta em repouso, extenuante, muito bem nutrida e pós avaliativa, fadigada, (des)enfadonha. Chegou tão alto com o empuxo, que nem mesmo a gravidade pôde se justificar, rotineira singularidade. Canto propensão a estridentechamativo-arrepiante do emudecimento, microfonia que tilinta e repica, batevolta-quica-escorrega-quintuplica. Tchuca-propulsiva-curiosa-assídua-in-finita. Simples-ser para ter, articular, parecer e parati, printei uma foto tua com baton escarlate, contra o vidro e a selecionei cuidadosamente, como meu fundo de tela, para sentir e então... Ver, de Verônica.

Inserida por michelfm

Que seja fluente quando percorra
E que deslize fluindo enquanto existir.

Inserida por michelfm

Florida Idiotice Alada na Era dos Rasos

Insanos Púberes,
Adagas de papelão, evolucionários,
Tirando retratos no elevador.

Teus cruzados certeiros,
Teu discurso inflado,
Um corte tendência pro conquistador.

Pigmentos descolados,
Alastrados na epiderme,
Nenhum sentido.

Perfumes, loções,
Cheiros importados,
A briga não cessa em rede social.

Cartões estourando
Sem arrependimento,
Teu ringue é a noite,
À prova de personalidade.

O desprezo total pelo que respira,
Tua mania geral, tua ciência e guia.
Um salva de nadas,

Nobre inconsistência,
Atraentes, perfeitas anomalias.

Inserida por michelfm

Declives severos
Nessa nossa investida,

Um passo atrás,
A cada novos passos,

Florida Idiotice Alada Na Era dos Rasos.

Inserida por michelfm

Caso todas as explicações fossem alcançadas e todas as perguntas respondidas, na realidade, de qualquer forma, eu jamais saberia, o que fazer de mim.

Inserida por michelfm

Subatômicos

Nunca tive nada na vida,
Só tive a poesia.

Eu tinha ela, ela me tinha,
Jamais me decepcionou.

Como um brilho no telescópio,
Olhar pra pia limpa e ver o bule cheio,

Após o buraco de minhoca,
Na nebulosa bumerangue.

Minha Canis Majoris,
Sou Eta Carinae.

Neste berçário de estrelas,
Só tive a Poesia.

Corpúsculos diminutos,
Nano-elixir-microscópico.

Subatômicos.
Eu tinha ela, ela me tinha.

Inserida por michelfm

Somos suntuosos borrões,
Corajosos apavorados,
Expostos assim de repente,
Na vitrine um vapor dispersado.

Inserida por michelfm

Reviravolta

Um exaustivo
Sobe e desce
E vice versa.

Segue acima,
Prossegue abaixo,
Degraus disso,
Degraus daquilo.

O impacto dos calçados,
Em madeira, taco compensado,
Concreto, piso emborrachado,
Sortidos revestimentos e tal.

Perdurou assim por um longo tanto,
Antes e após, punhados de anos,

Até que a escada se cansou
De ser solo, chão ignorado,
Prostrado em desencanto,
Estática imutável vegetante.

Esperou um instante,
Levantou renovada,
Um atrevimento repleto,
vibrante,

Chocando paredes e teto,
Saiu dando cambalhotas,

Escada arrojada,
Escada rolante.

Inserida por michelfm

No Mesozóico,
Entre Cretáceo e Cretinos,
os Répteis da Pangéia,
trocaram Gondwana por Laurásia

Eu lhe pergunto,
O que mudou entre nós ?

O cara comprava
Seu espaço na caverna,

Com carne salgada
E peles de animais.

Hoje, o troglodita,
Habita um arranha céu,

Ocupando seu espaço,
Com poder e papel,

Ainda vive impunemente,
Procurando paz.

Ainda vivo livremente,
Perseguindo a paz.

Inserida por michelfm

Barquinho do amor
(Victor Bhering Drummond)

Peguei o barquinho do amor
Não adianta, marinheiro
Vou fugir desse pardieiro
Quero velejar o mundo inteiro
Me derreter de calor...

Fugi no barco do amor,
Longe de “tiros e assaltos”
Por favor não me pare
Só quero ser um amador

Bem longe da farra,
Da esculhambação
Deixo a ilha da gambiarra
Corro da perturbação

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Inserida por victordrummond

Estamos tão distantes
Da felicidade irretocável,
Que quase podemos tocá-la.

Inserida por michelfm

Aysha

Ainda em sonolência, sentei-me à mesa; emaranhadas mechas ou cachos (impossível determinar com exatidão a essa altura); pálpebras grudentas, rouquidão laríngea, voz mais grave que o habitual; obstruídas vias aéreas, maquilagem em borrões; com tornozelos congelados, contorcida sem edredom, próxima de não sentir os pés, dedos anestesiados; descascando esmalte. Mas o faro apurado, capturando aguçado toda e qualquer molécula de café, pairando sobre o ar resfriado pela estação que mais me agrada. Na cozinha, elevei minha caneca ao status de brinde e brindei, sozinha, ao arrojado inverno, que a primavera repouse agasalhada e confortável, pelo quanto puder, pois nem mesmo meteorologia, astronomia ou horóscopo, juntos, poderiam prever, ainda que nublado, quão fulgurante seria aquele dia.

Inserida por michelfm

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