Escritor
Inexistir
Não quero ser
Assim mesmo que quisesse não conseguiria
Não tenho tanta amargura pra tal literário
Sou mais a minha própria e singela poesia
No Vazio perene e só
Um grito inominável
Urro de imprevisto
O inexistir
Teima em existir
E meus dias se vão
Neste escuro que me fecho e revelo
Solidão
Ser é o maior querer
Olho para o lado
Inexistência
Falta diferente
Alma presente
Em emoções inexistênciais
Existo
( Prêmio CNNP/2017 )
Rumos perdidos
Deixar as palavras seguir o seu rumo
Deixar-nos levar pelo silêncio
Talvez assim a gente proceda com aprumo
Talvez assim se evite o inútil dispêndio...
Seguindo por uma tal conduta
Orientadora dos nossos sentidos
Talvez a gente fuja de qualquer disputa
Que por força gera sempre inimigos.
As palavras rumadas são verdadeiras
Não são apenas metáforas e seus jogos
Não têm por missão ser feiticeiras
Nem o seu objetivo será atear fogos
Se cairmos no meio de uma combustão
Ainda que por instantes muito breves
As queimaduras podem ser leves
Mas deixam marcas quer a gente queira ou não.
Andarmos apressados sem nexo
É como caminhar-se à deriva
Tudo se torna tão complexo...
E a vida ainda mais opressiva
Seguindo rumos perdidos
( IV Coletânea VIAGEM PELA ESCRITA/ 2018)
A mineração
Uma cidade, de nome Araxá,
Ícone da mineração,
Em Minas Gerais
Do triângulo mineiro o coração
Assim que a notícia se espalhou,
A região povoou; Chegou a mineração
Vieram pessoas para trabalhar na mineração
Sem nenhuma preparação,
Pois não trouxeram o que saber,
Nem o que vestir.
Descobriram a grande realidade
Que não imaginavam existir.
Pouco a pouco começou a plantação
De milho e feijão.
O que faltava era comprado
De outra região.
De vários lugares vieram forasteiros
Espertos e trapaceiros,
Por quererem disputar
Cargos a ocupar
Para sua posse na região firmar
Os forasteiros aclamaram Mineração para governar
( IV Coletânea Viagem pela escrita/2018)
Escre-vida
Eu quero vida
Quero distância da poesia
Já que eu sei
Ai como sei
Que poesia não é
A poesia da vida nos tira
Nos afasta da existência
Pra viver das ilusões
Simples essências
Na poesia a vida real sede espaço
A uma vida tão somente
Escre-vida
( VIII Coletânea Século XXI )
Rascunho
Toda prosa dissertada
Nem tem trevas
Ou descobrir rimas desbotadas
Providencio versos as favas
Faço versos de manhã
Faço a tardinha
Risco palavras , rascunhos
Rabiscando feito criancinha
E assim vão-se passando
Na beirada de um remanso
Riacho sem fonte
Sem caras e inatingíveis afazeres
E tem que ser a próprio cunho
Digitar
Só mesmo quando terminar
Minha inspiração só flui em rascunho
( VIII Coletânea Século XXI )
( Prêmio Revista Poesia Agora julho/ 2018)
Ponte de macarrão
( Crônica )
Em estudos de engenharia quando a situação ficava tensa era fácil de saber: o semblante se recolhia e da sala folheando sem parar as mesmas páginas de um livro HIBBELER, R. C. Resistência dos materiais; o estudante, operário metalúrgico rondava de um lado pra outro, pensativo e silencioso; em seu eu, de solidão em punho, o coração acelerava as batidas, tremulando acordes desconexos e desafinadas... Enfim, criando um som alto e desigual, cujo objetivo era apenas atiçar o ambiente daquele espaço chamado “estudar” com as minhas provocações. O coração parecia dizer em alto e bom som: ei estudante... Largue esse maldito livro e grite as suas mágoas para o seu mundo, vamos! A Mão tremia sob a minha aflição desconcertante; era visível que resistia, o quanto possível, em tocar fogo nos rascunhos quando se tratava de refazer exercícios difíceis, nunca explicados na sala de aula. Pode-se dizer que os estudos gastam todo o tempo da mente.
Para a Universidade aquelas ausências acumuladas do Poeta, que antes lhe soavam como um sussurro carinhoso, agora explodiam. Explodiam e apunhalavam. E, por certo, doíam-lhe como nunca! ... Em casa quando a situação ficava, assim, tensa, eu, sem saber o porquê, gritava aqueles acordes do coração e disparava as minhas farpas todas contra a poesia. Fel puro e desprezo, as minhas palavras. Nascia em mim uma vontade mesquinha que me levava a provocar os mais doces versos, para ironizar, a trucidá-lo até, se preciso. Tantas vezes, tanto fiz. E tanto fiz, tanto fiz, que naquele dia a mão temia também soltou todos os seus desatinos em inspiração. O medo aliou-se a mim disparando estilhaços por todos os lados, os seus golpes mais profundos. Palavras duras e cruéis as de um autor para sua obra. A mão esbravejava, parecendo tirar das páginas do livro aberto em suas mãos, todos os seus ais, as suas mágoas e as suas dores: para você, somente os amigos, os amigos e as competições: A mais falada na então época: “ o concurso da ponte de macarrão “. O coração falava em altos brados e eu sorria por dentro. E vitorioso, como se desafinasse a minha voz acompanhando o estudante de engenharia, eu insistia sem trégua naquele sonho de ser campeão.
Viu minha carteira? ... cadê meu dinheiro de operário metalúrgico? Eu? Eu que me lixasse nesse abandono, nessa sala que mais parece um laboratório, afinal também sou químico de formação ... Antes, antes eu tivesse deixado de ser
Poeta, por uns tempos para projetos maiores, como esse da ponte de macarrão. À noite, muitas noites, quando eu mais te queria, era ser campeão. Eu no meu quarto, sozinho sonhando em vencer. E daí?
Naqueles dias, enquanto a minha emoção espezinhava o meu sono, extravasava sua raiva, fazendo desabar sob nossos pés ali na sala, no quarto ou na varanda de minha casa, meu laboratório.
Em meio à guerra que lhe fazíamos, aquilo que durante dias fora para mim os “louros da vitória”, agora, acomodavam-se de qualquer jeito em duas grandes vitórias no concurso de pontes de macarrão. Os adversários sem dizer uma palavra, como um autômato, pouco-a-pouco livrava as nossas visões de seus semblantes tristonhos de fracasso, diante de tão avassaladora vitória. Mas poucos sabem quer foram dias de muita luta, noites de dias de trabalho árduo, cálculos, rascunhos, testes e mais testes.
Olhar não é bem o termo, eu jurava que naquele momento, que tinha visão de águia, capaz de contemplar, minuciosamente, cada um daqueles objetos, os quais tanto estudei, dediquei.
Eu era um especialista.
Por isso, dissimulando o tanto exato, a emoção seguia a tudo com os olhos pregados no concurso, mas era visível, era nítido pelos meus gestos, que estava a poucos instantes de se tornar o mestre. O Povo por certo também enxergou entre as suas “honrarias”, lá embaixo, o troféu universitário, homenagem a uma referência do concurso na faculdade de Araxá- MG, no triangulo mineiro.
Por vezes, a mente mirava meus sonhos reticentes endereçados a meu sucesso, mas em poucos instantes deixava-nos ao abandono, negligenciava-nos, demonstrando que na lixeira da rua continuava a razão de ser de toda a sua vida; o Alimento. Apoiado no beiral de uma das janelas da sala, eu pude ver quando os ruídos da rua me estamparam um sorriso no rosto. Primeiro, o desejo olhou para os lados, depois subiu os olhos como quem tivesse algo a conferir naquele sonho a sua frente, e enfim a vitória.
Chegou a hora de ganhar.
A carne não tem forças,
Para vencer sua inimiga invencível,
Essa, criatura viva nenhuma,
Tem como fugir a tempo sua sorte,
A morte.
Mescladas de um pouco de tudo,
Poesias são assim,
Como o Brasil,
Miscigenação,
De festas a velórios,
Certos velórios mais são festas,
E certas festas mais parecem,
Velórios, tudo
Mesclado em sombras mórbidas,
Que a escuridão alua,
Da cor descorada,
Temperada com chuchu e
Melancolia,
Isso é um Brasil
É poesia.
As pessoas estão sempre certas na "razão" delas;
Então saiba qual é essa razão;
E, saberá o porquê...
Conviver com elas ou não!
Coloque valor, amor, intensidade e prioridade em tudo que fizer... pois:
Se ainda te dizem que você leva as coisas para o lado pessoal...
Fique feliz!
Pois esse ELOGIO é dado as pessoas que fazem as coisas com alma, realizam seu TRABALHO com amor e intensidade, além de tratar as pessoas com PRIORIDADE!
Processo de Beatificação de Pe Júlio Maria De Lombaerde " Servo de Deus"
Ao magistral poeta * escritor Luiz Antonio Bonini Ataliba São Paulo* In memorian afetuosamente, o meu apreço pela contribuição e incentivo em meu trabalho de pesquisa relacionado ao fundador Pe Júlio Maria De Lombaerde " Servo de Deus."
Data de nascimento: 3 de abril de 1942
Falecimento: 11 de outubro de 2018
Louvável tarefa que Solange Malosto, festejada poeta e indiscutível operária das letras brasileiras, avocou-se a realizar.
De fato, esse trabalho de garimpagem de informações e principalmente a sua ordenação rigorosa e científica, para embasar o processo de Beatificação de um sacerdote europeu que iluminado pela ação do Espírito Santo de Deus assumiu o encargo de organizar uma estrutura missionária que agisse em todas as partes do mundo numa ação corajosa de levar a Palavra de Deus a todos os povos.
Se por um lado, o foco desse processo investigativo tinha por objetivo ressaltar o alto grau de fé e esperança do Pe. Julio Pe. Júlio Maria De Lombaerde no estabelecimento de uma instituição missionária que pudesse suportar as dificuldades do momento para levar a mensagem cristã pelos rincões do planeta, alimentado pela carinhosa intercessão de Nossa Senhora pelo sucesso da Missão, não poderia também perder de vista o alcance humanitário dessa tarefa.
Foi caminhando por essa estrada, muitas vezes íngreme que o Padre Júlio Maria conseguiu seu intento, sempre creditado à ação inspiradora de Maria Santíssima e com a anuência de seu filho Jesus, estabelecendo três ramos de ação cristã, qual sejam as Irmãs Cordimarianas, os Missionários Sacramentinos e as Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.
As diversas etapas do processo de Beatificação seguem rígidas exigências, que após cumpridas, vão se agregando em ações jurídicas específicas ao Direito Canônico e cada uma que se conclui, transforma-se em gloriosa vitória em prol da Beatificação proposta.
Neste ponto, a ação dos colaboradores é festejada com todas as honras. Como acontece agora, no processo de do Padre Julio Diário Missionário Pe. Júlio Maria De Lombaerde.
A poeta Solange Malosto destaca-se entre os artífices
dessa abençoada jornada " Luiz Antonio Bonini "
Luiz Antonio Bonini magistral escritor poeta
Lamento que tantos homens gostem de viver como vítimas medíocres...
- Para que serve o homem ralé se nunca nos dá bom exemplo?
Como classe social, eles parecem estar completamente desprovidos do sentido de amor próprio, família, honra, responsabilidade social, cultural e prosperidade...
Deixem eles a própria sorte e fortaleça as suas mães se necessário.
blog.paulosilveira.com.br
Quando nos associamos a pessoas que não falam a nossa língua moral...
Nós mudamos a vibração, baixamos a sintonia, e retardamos a nossa evolução!
Ser escravo do tempo é ter a ventania batendo no rosto sem poder apreciar o sorriso do coração e a paixão de viver da alma.
O sagrado é um elemento estrutural da consciência e não uma fase ou etapa da história, mesmo que mudem as épocas e surjam novas religiões, diversas e diferentes das anteriores.
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