Escrever
Podem não gostar ou gostar de mim, que escrevo o que penso. Gostaria que quem não gosta, escrevesse alguma coisa.
Sou poetisa...
E tento tecer em palavras
Aquilo que o corpo vivencia...
E exprimir o que está no interior em poesias...
Sempre procuro racionalmente saber o que acontece dentro do ser...
A ciência será capaz de nos dizer muitas coisas sobre a química e os mecanismos cerebrais envolvidos no amor...
Mas não nos fará entender sua magia...
Isso só se pode entender estando apaixonado.
É essa paixão que faz moradia na minha alma...
Sou uma eterna apaixonada pela vida...
Uma singela gotícula de sereno eleva meus pensamentos...
Esbraveja meus sentidos...
Uma simples maneira de olhar...
Ou será apenas uma voz...
Ou um jeito da mão... que sem razão... me faz poetizar....
Usando recursos linguísticos...
Na volatilidade das falas
Sua beleza é triste e nostálgica
Mesmo melancólica, ilumina os olhos de quem sente...
Emerge os sentidos...
Fica exótico, torna erótico...
Então... eclipse...
Eu não sou como eu fui. Eu não fui como eu deveria ter sido. Eu não me tornei o que eu deveria ter me tornado. Eu não mantive minhas promessas. Eu fui ao teatro. Eu escutei esta peça. Eu falei esta peça. E escrevi esta peça.
QUASE ESCREVI
Quase escrevi um poema
Tinha gosto de bolo de vó
Cheiro de café passado na hora
O poema que quase escrevi tinha o aconchego de abraço apertado em dia frio
De barulho de chuva na janela
Que pena!
Quase escrevi um poema.
Eu queria saber desenhar e desenhar bem. Não sei. Mas sei compor, dar vida e colorir belas imagens e cenas através das letras. Escrever me permite isso.
Quem disse que não se pode desenhar através das letras?! Pode, sim.
Eu amo escrever!
Estude regras gramaticais e não precisará recorrer a um revisor gramatical para fazer a revisão dos originais do seu livro!
Os ANIMAIS usam o INSTINTO que o ser humano não soube usar desde que descobriu a RAZÃO. Por isso são melhores que nós...
Há os que gostam do que escrevo, a quem devo gratidão; outros pela mesma razão, parece que ainda lhes devo imposto de opinião.
Às vezes, o mais importante não é aquilo que os outros aspiram para nós; mas sim aquilo que vai dentro do nosso coração e da nossa alma.
Conheço autores que, mesmo já estando em seu enésimo texto (levando em conta o tempo de prática e a nada modesta quantidade de publicações suas), sentem-se como se ainda estivessem aprendendo a escrever. Consideram-se semianalfabetos, ignorantes e com a vida pela frente para aprender. Desejariam voltar aos anos iniciais da escrita. Porém, se assim os fosse permitido fazer, sofreriam por desejar avançarem etapas cruciais de aprendizagem. É uma relação complexa, se não complicadíssima, de ser/estar consigo mesmo. E sabe o que é pior? Faço parte dessa turma (sendo, talvez, o primeiro da sala...)
Palavras voavam dispersas
Quando de repente
Repousaram
Sobre minha mente.
Dali pularam no papel
Apergaminhado.
Mais que depressa
Pela minha grafia
Eram impressas.
Às vezes, damos tiro para tudo quanto é lado e o único alvo que conseguimos acertar é o nosso pé. Somos péssimos atiradores...
Quando escrevo não estou indo ao encontro de ninguém e sim de mim mesmo. Se eu gostar, estará de bom tamanho.
