Esconde
O essencial se esconde na harmonia discreta, está sempre presente, mas raramente é visto pelos tolos.
Elofensa é a máscara dissimulada da ofensa, um elogio que esconde uma agressão sutil, um golpe com a intenção de nos ferir com palavras doces, a hipocrisia que se veste de falsa gentileza !
Um amor tão intenso que se esconde nas entrelinhas. A beleza da incerteza e a liberdade de sentir sem cobranças. Um amor que se preserva na sua própria essência.
Ódio
O ódio é essa coisa silenciosa, que se esconde nas frestas do que eu fui.
Ele não grita, não pede, não fala. Apenas cresce. Como uma planta amarga, que se enraíza nas profundezas da alma.
E eu? Eu sou só o vaso, a terra que já não floresce, que só sustenta essa sombra que me habita.
Ele corrói, devagar, sem alarde.
Sinto nas mãos, nas pequenas ações, nos olhares que já não sabem mais ser suaves.
O ódio não tem pressa, ele espera. Espera o momento de ser. Porque, no fundo, o que ele quer não é me consumir, mas transformar-me em sua morada.
Ressignificar
No fundo do poço, onde a luz se esconde,
onde os dias são sombras e o silêncio responde,
há um chão que parece fim, o último passo,
mas nele, começa a força, o abraço.
Caída ali, conheço as rachaduras,
as que vêm de fora, as que vêm de dentro.
Sou tudo que quebrou, que a dor revelou,
mas sou também a que, ferida, se levantou.
Aprendo a olhar o escuro sem medo,
a ver que do fundo renasce um enredo.
O peso vira impulso, o breu vira abrigo,
e eu, que me vi perdida, torno-me amiga.
Ressignificar é dar cor ao vazio,
é fazer do cansaço um novo pavio.
É saber que as quedas são caminhos, não perdas,
e que de todo o fim nasce a esperança das veredas.
Então subo, devagar, mas inteira,
um novo olhar, sem pressa, verdadeira.
Do fundo do poço, recrio a saída,
e transformo em luz o sentido da vida.
julgar uma tatuagem é mais fácil.
Que tentar descobrir a cicatriz que ela esconde,ou a história que ela quer contar.
Se em cada uma de suas existências um véu esconde o passado do Espírito, com isso nada perde ele das suas aquisições, apenas esquece o modo por que as conquistou.
A minha geração é filha de Caim, peca, esconde seu erro e ainda questiona Deus.
"Sou eu guardador do meu irmão?"
A verdade que todo líder calvinista esconde é que, nos três primeiros séculos da igreja até Agostinho, a Igreja primitiva nunca ensinou NENHUMA das novidades doutrinarias apresentadas por Agostinho, e muito menos algum dos cinco pontos do calvinismo. Os ensinos da Igreja primitiva estão em total oposição com os ensinos de Agostinho, Calvino e seus seguidores.
Alma Profunda
Em águas calmas, minha alma se esconde,
Profunda e vasta, onde o silêncio responde.
Cada emoção, um oceano a explorar,
Segredos guardados, difíceis de decifrar.
No fundo do ser, um universo inteiro,
De sonhos, medos, e um amor verdadeiro.
A profundidade da alma é um mistério sem fim,
Onde a luz e a escuridão dançam em mim.
Ecos de vidas passadas, sussurros no vento,
Histórias antigas, que o tempo levou, lento.
Em cada batida, um pulsar de eternidade,
Reflexos de uma alma, em busca de verdade.
@poesiaescondida72
@jramosneto72
Nos corredores da escola, meu olhar te segue,
Como uma sombra tímida que ao longe se esconde.
Teu sorriso é sol, minha alma se apega,
Mas o medo me cala, e o silêncio responde.
Te vejo na fila, no intervalo, na quadra,
E meu coração bate acelerado,
Mas quando tento falar, as palavras se perdem,
Como um eco distante, num espaço calado.
Penso que você talvez nunca perceba,
Que meu mundo gira ao som do teu nome.
Na verdade, me assusta imaginar,
Que em teu olhar, eu não seja mais que um homem comum.
Será que existe um lugar no teu pensamento,
Onde eu possa habitar, nem que seja por um instante?
Ou será que sou só um reflexo, um pensamento,
Que jamais tocará teu coração distante?
E então, fico aqui, guardando o segredo,
Dessa paixão que cresce em meu peito,
Mas que nunca sai, nunca se revela,
Porque tenho medo que meu amor seja só um defeito.
Poeta e a Casa do Mundo
No domingo, o sol se espicha e se esconde. O astro luminoso, solitário, vai se perdendo no horizonte, enquanto o poeta, quieto, se perde dentro de si.
Na pausa, chega em casa, mas a casa é estranha. Uma dúvida o atravessa:
Será que aqui é minha morada ou apenas o lugar onde me deixei cair?
Essas paredes me guardam ou apenas me observam, como a um estranho?
O silêncio, sempre atento, não diz nada.
Um raio de sol aparece pelas frestas, tímido, suficiente para espalhar luz por todo o interior. O poeta sorri, como quem encontra um velho amigo, e se ergue.
Renascido, momentaneamente, pensa que a vida é mais, mas só por um instante.
As paredes são companheiras caladas, que sabem muito, mas não falam.
Aqui, o poeta ainda tenta ser inteiro.
"Esta casa é o meu peito", diz o poeta.
Sai para fora de si. Respira. No breu, sente a frescura da noite.
Nota as estrelas lá no alto, tão pequenas e, mesmo assim, tão vastas.
O poeta se vê como um grão no deserto, um grão entre vários grãos.
Volta para dentro, com a alma um pouco mais cheia. Não está sozinho, nunca esteve. O mundo é a casa do poeta, e ele, um pedaço dela.
Ah, se vocês soubessem! Há um amor tão intenso que não se esconde, que clama por ser vivido sem medo! Um amor que desvenda olhares, desenha sorrisos e encontra abrigo na confiança. Um amor que desafia tempestades e colore a vida com a promessa de uma eternidade juntos!
O tomate murcha no silêncio do tempo, enquanto o sol se esconde atrás das montanhas que não precisamos mais escalar.
Além do Vale
No silêncio do vale onde a névoa se esconde,
há olhos que veem além do horizonte.
Enquanto outros param na sombra e na estrada,
há quem enxergue a luz na jornada.
O vale é profundo, feito dúvida e medo,
mas quem vê além, não se prende ao enredo.
Não teme a curva, nem a escuridão,
pois carrega no peito sua própria visão.
Enquanto alguns ficam, presos ao chão,
outros atravessam com o coração.
Porque ver não é só abrir os olhos,
mas sentir o mundo sem ter os contornos.
Então siga em frente, sem medo do breu,
pois além do vale, há um céu todo seu.
Quando, porventura, olhardes o fundo de meus olhos ímpios, vereis, então, o que esconde o buraco em minh’alma.
E é demasiado.
A busca incessante por curadoria visual, status e consumo muitas vezes esconde questões fundamentais, como: justiça social, ética ambiental, ou mesmo a construção de um sentido de comunidade. Estamos resolvendo problemas complexos com soluções rasas e visuais, pois é o que "parece" funcionar. E, assim, edificamos o transitório, deixando de lado o essencial.
