Escola Poema de Rubem Alves
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Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.
Não podemos deixar de ser difusos com os ignorantes, mas devemos ser concisos com os inteligentes.
Existem pais estranhos, dos quais a vida inteira não parece ocupada senão em preparar razões para os filhos se consolarem pela morte deles.
Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem lhes compreender o sentido.
Nas revoluções políticas os povos ordinariamente mudam de senhores sem mudarem de condição.
Hoje, setenta por cento da humanidade ainda morre de fome... e trinta por cento faz dieta.
A autoridade não se consegue sem prestígio, nem o prestígio sem distanciamento.
É falso que a igualdade seja uma lei da natureza. A natureza não faz nada igual; a sua lei soberana é a subordinação e a dependência.
A utilidade da virtude é de tal modo evidente que os maus a praticam por interesse.
Fazemos ordinariamente mais festa às pessoas que tememos do que àquelas a quem amamos.
É preciso que um autor receba com igual modéstia os elogios e as críticas que se fazem às suas obras.
Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.
O escravo apenas tem um senhor, o ambicioso tem tantos quantos lhe puderem ser úteis para vencer.
Despendo mais energia numa discussão com a minha mulher, do que em cinco conferências de imprensa.
Os lugares de chefia fazem maiores os grandes homens, e mais pequenos os homens pequenos.
Apenas um homem de gênio ou um intriguista se atrevem a dizer: «Fiz mal». O interesse e o talento são os únicos conselheiros conscienciosos e lúcidos.
Fica provado que uma inovação não é necessária quando se torna demasiado difícil implementá-la.
Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.
A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.
O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.
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