Erasmo de Rotterdam Elogio da Loucura

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O silêncio é o melhor salvo-conduto da mais crassa ignorância como da sabedoria mais profunda.

A ciência dos projectos consiste em prever as dificuldades de execução.

A imaginação e o recolhimento são duas doenças de que ninguém tem piedade.

Só se pode conversar duas horas com uma mulher quando se lhe diz sempre a mesma coisa.

Nada devemos fazer que não seja razoável; mas nada também de fazermos todas as coisas que o são.

Não há ofensa que não perdoamos, depois de nos termos vingado.

A vida, quando é miserável, custa a suportar; se é feliz, é horrível perdê-la. Uma coisa equivale à outra.

Antes de atacar um abuso, deve ver-se se é possível arruinar-lhe os alicerces.

Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

O homem é Deus pelo pensamento.

Nas revoluções dos povos a insignificância é a maior garantia de segurança pessoal.

Um versificador não considera ninguém digno de ser juiz dos seus versos; se alguém não faz versos, não sabe nada do assunto; se faz, é seu rival.

O que se aprende na juventude dura a vida inteira.

O império mais poderoso e fatal que existe é o das circunstâncias.

O erro é a noite dos espíritos e a armadilha da inocência.

O trabalho involuntário ou forçado é quase sempre mal concebido e pior executado.

A mais bela das raparigas só pode dar aquilo que tem.

Os escolares preocupam-se em segredo com o mesmo que preocupa as raparigas nos internatos; faça-se o que se fizer, elas falarão sempre do amor, aqueles das mulheres.

Censuram-se severamente defeitos à virtude, ao passo que se não poupa indulgência para as qualidades do vício.

O fraco ofendido atraiçoa, o forte e magnânimo perdoa.