Erasmo de Rotterdam Elogio da Loucura
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Há algo tocante na associação de dois seres para suportar a vida.
Quem ama o perigo, nele perece.
A indiferença ou apatia que em muitos é prova de estupidez pode ser em alguns o produto de profunda sapiência.
Os velhos que se mostram muito saudosos da sua mocidade não dão uma ideia favorável da maturidade e progresso da sua inteligência.
Uma árvore nua
aponta o céu. Numa ponta
brota um fruto. A lua?
Pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros.
As revoluções frequentes fazem raquíticas as nações recentes.
O amor é um egoísmo a dois.
Saber viver com os homens é uma arte de tanta dificuldade que muita gente morre sem a ter compreendido.
É a profunda ignorância que inspira o tom dogmático.
Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.
Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.
Para o homem, apenas há três acontecimentos: nascer, viver e morrer. Ele não sente o nascer, sofre ao morrer e esquece-se de viver.
As amoras
O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Os pintores só devem meditar com os pincéis na mão.
A preguiça dificulta, a atividade tudo facilita.
Muita luz deslumbra a vista, muita ciência confunde o entendimento.
Há dois poderosos destruidores: o tempo e a adversidade.
Onde intervêm o favor e as doações abatem-se os obstáculos e desfazem-se as dificuldades.
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