Erasmo de Rotterdam Elogio a Loucura
O TEMPO
Maldito tempo que passa numa velocidade incrível;
Na mente, as lembranças da orla da fantasia;
Nos olhos, a beleza que encanta e deixa saudades;
Nos lábios, o gosto do prazer que extasia;
No coração, as marcas do Príncipe que eterniza;
Na marca do prazer, os quadrantes de plena loucura;
No caminhar do tempo, a beleza encantadora das manhãs de primavera;
No calor do meu ataúde, a eternidade que consola minha alma;
Na reencarnação, a possibilidade de se repetir a lembrança da minha mente.
A beleza dos meus olhos, o prazer de princesa, lhaneza do tempo que esvaiu na atmosfera
O caminhar fugaz, em tempo primaveril, de chuva fina na Lagoa da Pampulha
O frenético valor do meu sepulcro e o reencontro em tempos de Paraíso.
"Você já reparou que palavras são usadas nos dicionários para definir as próprias palavras? Que louco isso..."
Sou um eterno buscador de mim mesmo. - Sozinho, perdido,por aí...à esmo. E assim eu vou vagando por lugares nebulosos e estranhos sem saber como voltar...na louca tentativa de um dia me encontrar.
Só sei que eu sou um buscador eterno numa louca aventura na procura de mim mesmo - E de mais ninguém... Longe,à esmo... Neste longo e profundo vai e vem de pura ilusão!...
O Inominável
Sua existência absurda jaz no topo
Não pertencente a leis universais
Vive trancafiado, separado da graça que antes o pertencia
Construído abaixo sua montanha de olhos devassos
De pele áspera e sangrenta
Atinge-o na constante agonia
Solvendo-o na familiar melancolia
Abraçando-o nas puras gotículas rubras
Na desesperança de retorno a moradia
Ao seu antigo lar na imensidão
Amaldiçoou novo mundo em obscura selvageria
Servindo de banquete malicioso
Montou seu reino maléfico sob pontudas angustias
Como antes fizera seu antepassado Azmuth
Os obcecados na magnífica rubidez vociferam
“Malithet, Inominável Lorde Rubro
Conceda-nos a graça de seu sangue
E voltai ao teu cosmos pertencente”.
►Passageiro ao Tempo
Às vezes eu espero o relógio soar,
Como se estivesse aguardando mudanças
Às vezes só quero alguém para me abraçar,
Torcendo que assim, eu me levante desta cama.
.
Às vezes eu acompanho os carros passarem,
Me perguntando se algum deles irá voltar
Às vezes fecho os olhos quando estou chorando,
Como se, ao não enxergar, proibisse aquela lágrima de rolar.
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Às vezes eu escuto o bater de meus pulsos,
Esperando uma nota tocar mais alto
Às vezes eu mergulho os meus olhos em águas frias,
Para acalmar a vista, em noites mal dormidas.
.
Quem sabe o que posso fazer a seguir?
Talvez eu viaje pelas madrugadas, sem destino
Ou talvez eu me ache, perdido neste labirinto
Ainda não sei, tudo está tão incerto
Talvez eu me afaste, fuja para longe, em busca do arco-íris
E acabe encontrando um lugar quieto,
Para refletir, e acalmar os pensamentos e tormentos.
Penso como é interessante essa vida de encontros, desencontros, loucuras imaginadas, mas não vividas, desejos reprimidos, paixões renovadas, expectativas que não resistem a insegurança da vontade de mudar!
Esse é o caos da intensidade do ser que busca o equilíbrio, mas não queria...
Psicose
Não sei quem sou
Ando confuso
Quem foi que falou?
O que eu escuto
Sua voz me atormenta
Onde quer que eu vá
Ou minha mente inventa
Me pedindo para voltar
É psicose que tenho?
Nitidamente te vejo
É tão real não é desenho
Vai além de um desejo
Deve ser loucura
Talvez não tenha cura
Me controlar é impossível
Em minha mente você visível
Só você consegue
Me equilibrar
Meu coração te pede
Nova chance de te amar.
Roney
...
Não sou louco, sou apenas um criativo que encara a monocromia como uma profusão de cores. O efeito e a magia estão na beleza do coração de quem enxerga o azul no meio do cinza.
Eu sou um cara que vive com tanta intensidade que as pessoas que se tornam minhas amigas tem que aprender a lidar com a mistura de sentimentos e energia que eu passo pra elas. O negócio é o seguinte entra na minha nave que te levo até pra lua. Se não tiver aventura é caretice.
Viva, com muita alegria, na gama de possibilidades existentes e evite a ilusão de ter matado a charada por completo.
As coisas andam tão doidas ultimamente que tem horas que parece que estamos em outra dimensão e temos que parar para pensar se realmente é verdade que está acontecendo ou apenas ilusão.
Canção / Samba
Samba de Um Amor com Triste Fim
Se meu pranto não cessar, até que o dia amanheça
Eu vou te procurar, me dê um remédio que me adormeça
Meu coração já não sabe o que faz, com tanto sentir
Passo a noite acordada, sonhando...
Me sentindo culpada por não dormir
Na sua mesa eu vou chorar
Pois o devaneio se instalou em mim
Me seduzi pela beleza
De um amor com triste fim
A manhã já passou
Mas o meu pranto não quer cessar
Se seca ele; chora o meu coração
Em segredo a fantasiar...
Se meu sono não voltar
Até que eu enlouqueça
Eu vou te procurar
Me dê um remédio que me entorpeça
Para você vou implorar, na sua mesa....
Não deixe que eu me perca
Ter razão para amar dói na alma e na cabeça.
