Era
Às vezes, tenho saudades de quando era uma criança... Saudades dos meus dramas quando eu me machucava e minha avó me pegava no colo, passava remédio naquele arranhãozinho minúsculo e me dava o maior crédito! Tenho saudade dos meus amigos de infância, quando nos reuníamos para jogar bola na rua, levantando poeira em pleno clima seco daquelas noites de verão, enlouquecendo os vizinhos! Saudades das brincadeiras de SALADA MISTA, onde eu pensava que sabia o que era AMOR. Tenho saudades de quando era uma adolescente rebelde... bom, rebelde não é a palavra ideal. A palavra seria AUTÊNTICA. A rebeldia depende dos olhos de quem vê. Para quem tem a mente fechada a qualquer nova idéia tudo é rebeldia. Sinto saudades do tempo em que tinha crises de choro por qualquer bobagem, e vinham os amigos todos me consolar... minutos depois estávamos bebendo Coca-Cola com Traquinas, rindo da vida. Sinto falta dos inesquecíveis jogos de VERDADE OU CONSEQUÊNCIA. Sinto falta de muitas coisas que passaram, assim como agradeço a cada minuto a Deus por não ter saído com traumas profundos de muitos desses momentos, apenas caom algumas mágoas. E essas mágoas não são como os arranhõezinhos que minha avó limpava e passava remédio e logo cicatrizava. Muitos de meus amigos, apesar de nos vermos com frequência, vivem suas vidas com suas famílias constituídas assim como eu. Não jogamos mais bola na rua. No máximo, vamos à praia, ao shopping... Mas não é mais a mesma coisa. Hoje, não jogo mais SALADA MISTA, pois eu já sei o que é amar... é não é o conto de fadas que eu imaginava quando criança. Amar é bom, mas também dói... Dói muito! Não preciso mais jogar VERDADE OU CONSEQUÊNCIA, pois a vida já é o meu jogo, e nela só há VERDADE OU CONSEQUÊNCIA. As minhas crises de choro já não são mais por bobagens. São marcas que a vida deixa em nós. São frutos daqueles momentos onde nos vemos no meio de uma estrada deserta, sozinhos, sem saber o que fazer nem pra onde ir.
A vida ensina muito! E ensina sem dar tempo pra aprender. São nesses momentos que surgem as dúvidas. Como você, por exemplo! Eu tenho tantas dúvidas, perguntas a seu respeito... Mas, sabe... não vale a pena insistir em coisas que eu sei que nunca serão assimiladas aí dentro. Tá difícil te aceitar. Mas tenho insistido! Culpa desse tal de amor!
BY DANIELLE OLIVEIRA.
Mas tudo bem, queria te dizer que, graças a você, aprendi a nadar. Era questão de sobrevivência, eu tive que aprender. Hoje sou melhor e você? Vai ser sempre o peso dos barcos, que triste. Não te desejo o mal, porque sua vida já é vazia demais e não tem mal pior que esse, alguém que não sabe viver.
Ando cheia de vazios ultimamente. Tentei comer alguma coisa, mas não era fome. Aí comecei a ler um livro, mas não era tédio. Tava precisando de alguém, só podia ser isso. Então fiquei com um cara, mas não era carência. Ou era tudo junto, não sei. Só sei que as coisas me enchem ou me faltam demais e eu não consigo achar um equilíbrio. Não tô dando conta de mim e ninguém mais dá também. Ás vezes ten
ho um corpo, ás vezes uma alma, mas nunca os dois. E pela metade assim não me basta, pouco nunca me roubou a solidão. Na cabeça passam mil filmes, tenho milhares de conversas comigo mesma todos os dias, ensaio falas que nunca são ditas, quase enlouqueço. Ou já enlouqueci. O coração vai batendo cansado, sem motivo pra acelerar. Talvez eu precise de alguém pra ocupar os pensamentos e todo o resto. Talvez eu só esteja em crise e precise melhorar minha relação comigo mesma, me conhecer mais a fundo. Ou conhecer novas pessoas, sair da rotina. Só sei que eu preciso de alguma coisa e preciso pra ontem. Me tira dos dias iguais, da medida de sempre, caminho de sempre, do nada. Me tira da linha, que eu sei o caminho de volta. Quem sabe eu volte em breve ou não volte mais.
Certo dia me perguntaram o que eu esperava da vida, bem, era o dia do meu aniversário, e claro, eu não podia responder algo negativo, e sim algo mágico, em que tocasse lá no fundo do coração... Olhei fixamente nos olhos do meu amigo, e respondi, com um toque muito suave, e contagiante:
Bem... O que eu espero da vida?
Eu não posso esperar que a vida me deixe rica, se eu não me esforço para isso.
Eu não posso esperar um grande amor, se eu fecho todas as portas para ele.
Não posso esperar sorrir, se eu só vejo o lado ruim da vida.
Não posso esperar sobreviver de depressão, se eu não procurar me ajudar.
Não posso cobrar da vida, o que eu não faço por mim.
Se eu quiser que a minha vida seja grandiosa, e inesquecível a todos os olhos,
Devo perguntar ao meu coração, o que a vida espera de mim!
O que ela quer que eu aprenda.
O que eu sou?
Bem... posso ser o que eu quiser...
Eu sou a vida, eu sou todas as partes dela.
Eu posso ser as borboletas voando,
Posso ser o sorriso em qualquer rosto,
Posso ser o abraço que há anos não recebia,
Posso ser um ponto de luz em meio à escuridão.
Posso ser o acaso, ou posso deixar chegar o que Deus me reservou.
Posso ser a esperança no coração daquele que a perdeu.
Posso ser a realização dos meus seus sonhos.
Posso ser um passe adiante, um degrau acima.
Eu decido o que eu quero pra mim.
Repito, posso ser tudo o que eu quiser, apenas depende de mim.
Pense nisso todos os dias.
Não é por acaso que estamos aqui, tudo tem uma razão, mas tudo dependerá da sua ação.
Lembre se da lei: ação e reação.
Boneca de Porcelana
Descobri que há um tempo atrás eu era apenas uma boneca....
Sei que você não me ama,
Nesse mundo ninguém mais me engana,
Sou apenas um brinquedo;
Boneca de porcelana
Que se quebra e sente medo
Nas mãos de homens traiçoeiros!
Sei que você não me ama
Sou apenas seu passatempo no login virtual
Da conversa casual,
E nem pense que você me compra
Com esses corações vermelhos.
Sei que você não me ama,
E só sente interesse,
Olha aqui, menino tolo
Não serei o seu joguete.
Presto apenas por um tempo,
Eu não quero mais te ver,
Quando a diversão acaba
É melhor me esquecer.
Sei que você não me ama,
Nesse mundo ninguém mais me engana,
Sou apenas um brinquedo;
Boneca de porcelana
Que se quebra e sente medo
Nas mãos de homens traiçoeiros!
No teatro dessa história
Sou apenas uma atriz,
Quando fecham-se as cortinas
Ninguém lembra mais de mim.
Quando era uma criança
Eu brincava de bonecas,
Eu só não imaginava
Que eu seria uma delas.
Mas se na hora da tristeza
De mim você sentir saudade
Me ponha em sua prateleira
E se distraia à vontade.
Sei que você não me ama,
Nesse mundo ninguém mais me engana,
Sou apenas um brinquedo;
Boneca de porcelana
Que se quebra e sente medo
Nas mãos de homens traiçoeiros!
Sou apenas um brinquedo...
Boneca de porcelana...
Boneca de porcelana....
O meu maior erro foi acreditar que a nossa história era pra sempre. Mas como eu podia desacreditar com as lindas palavras que saiam da sua boca, que nunca me abandonaria, que me amaria para sempre, que seu amor era o triplo do infinito. É claro que eu iria acreditar, eu amava mais você do que eu mesma. Não passava na minha cabeça que chegariamos ao fim. Eu fico pensando pra onde foi todo esse amor, evaporou ? Tantas palavras romanticas que me fazia sorrir sozinha pensando em nós, aquele sorriso bobo apaixonado, sabe? Não sei lidar com fim, já pensei em fugir, mas você não fugiria da minha mente e muito menos do meu coração. Já pensei em tantas coisas mas sei que não vão adiantar, porque a pessoa que eu queria aqui do meu lado pra sempre é você, você e mais ninguém.
Esqueci como ele era lindo, esqueci o charme e o quanto queria
continuar. A vontade de esquecer aquele sorriso encantador o tornaram
horrivelmente assustador em minha mente. Odeio ter que odiar cada
milímetro que compõe aquela obra de arte tão bem desenhada por Deus
pelo simples fato de não saber como lidar com a distância que nos
separa. Como descrevê-lo? Você o reconheceria se o visse. É aquele
cara que te faz querer ser dele, sem nem desconfiar que você já é.
Aquele que você não quer ter por perto por medo de perder e se
perder. Aquele que te faz sentir calafrios com um só olhar. Ele é o
cara errado totalmente certo para a ocasião. Estávamos juntos e as
flores de plástico na sala respiravam por mim enquanto ele me olhava e
consequentemente me tirava o ar. Todos os quadros pendurados ali não
eram bons o suficiente para ofuscar tamanha beleza. Saber adorar essas
qualidades sem o amar, sem ter nenhuma necessidade e todo aquele
sentimentalismo bobo é absurdamente assustador e ao mesmo tempo
terrivelmente tentador. E é bom ter uma pessoa por perto que não
romantize tudo, que não queira te ter para sempre e te deixe sempre
pela metade no final de tudo. Incompleta, vazia. É bom aproveitar um
sorriso em uma noite e deixá-lo em uma estante no fundo da memória
para não correr o risco de se apegar demais a ele. Deixá-lo livre e
ser de outra pessoa para não perder noites de sono com um ciúme
absurdo. Deixá-lo, somente.
Me deixar congelar com cada ato e continuar vulgarizando esse projeto
de sentimento para não sofrer mais tarde. Seguir adiante e deixar a
gente voltar ao início sempre que possível, se encontrando e
desapegando a cada reencontro. Uma liberdade que nos prende e um medo
de sentir que nos separa. Uma história completamente vazia e
estupidamente completa.
(...) insinuava em mim duas suspeitas terrivelmente dolorosas. A primeira era de que a minha vida tinha já começado (quando todos os dias me considerava como que no limiar da minha vida ainda intacta, e que só começaria no dia seguinte de manhã), mais ainda, que o que se ia seguir não seria muito diferente do antecedente. A segunda suspeita, que a bem dizer não passava de outra forma da primeira, era de que não estava situado fora do Tempo, antes sujeito às suas leis (…) Teoricamente sabe-se que a terra gira, mas de facto não damos por isso, o chão que pisamos parece que não se mexe e vivemos tranquilos. É o que se passa com o Tempo na vida.
Depois de você, todas tinham o mesmo defeito: nenhuma delas era você. Nunca nenhuma delas será você.
…“Naquela mesma noite escrevi minha primeira história…era um pequeno conto meio soturno sobre um homem que encontra um cálice mágico e fica sabendo que, se chorar dentro dele, suas lágrimas vão se transformar em pérolas. Mas, embora tenha sido sempre muito pobre, ele era feliz e raramente chorava. Tratou então de encontrar meios de ficar triste para que as sua lágrimas pudessem fazer dele um homem rico. Quanto mais acumulava pérolas, mais ambicioso ficava. A história terminava com o homem sentado em uma montanha de pérolas, segurando uma faca na mão, chorando incosolável dentro do cálice e tendo nos braços o cadáver da esposa que tanto amava…
… sacudi Hassan, para acordá-lo, e perguntei se queria ouvir uma história…Li a história para ele na sala de visistas, perto da lareira de mármore…Hassan era o público perfeito, em todos os sentidos: inteiramente absorto na narrativa, a expressão de seu rosto ia se modificando de acordo com os tons que a história ia assumindo. Quando li a ultima frase, ele fez com as mãos o gesto do aplauso sem som.
- Mashallah, Amir jan, bravo!- disse ele radiante.
- Gostou? – indaguei eu, esperando sentir pela segunda vez o sabor, e como era doce, de uma apreciação positiva.
Hesitou um pouco , então, como se estivesse prestes a acrescentar algo. Pensou bem as palavras e pigarreou.
- Mas posso perguntar uma coisa sobre a história? – indagou envergonhado.
- Claro.
- Bem…- principiou ele, mas logo parou.
- Pode falar, Hassan – disse eu. E sorri, embora, de repente, o escritor inseguro que havia em mim não subesse muito bem se queria ou não ouvir o que ele tinha a dizer.
- Bem… - recomeçou ele – o que eu queria perguntar é por que o homem matou a esposa. Na verdade, por que ele precisava estar triste para derramar lágrimas? Será que não podia simplesmente cheirar cebola?
Fquei pasmo. Um detalhe como esse, tão óbvio que chegava a ser absolutamente estúpido, não tinha me ocorrido. Movi os lábios sem emitir som algum. Parecia que na mesma noite em que eu tinha aprendido qual era um dos objetivos da escrita, a ironia, ia ser apresentado também a uma de suas armadilhas: os furos da trama. E, entre todas as criaturas do mundo, Hassan é que foi me ensinar isso. Hassan que não sabia ler e nunca tinha escrito uma única palavra em toda sua vida.
Eu tinha comigo o melhor da sua saudade.
Você era a mais linda flor, mas aquele jardim não era meu.
Te roubei para mim, meu melhor invento.
"Fechei os olhos pra te sentir aqui dentro, e novamente
eu tinha aquele momento: o céu, o vento.
Aquele nosso abraço que nunca terminou."
Nunca disse que era o certo a se fazer. Disse que era o que eu queria. E, meu bem, quando eu quero alguma coisa, não há conselho, mandiga, oração ou possíveis dores de cabeça que me façam desistir. Sou ferrada até a alma por isso, mas nunca me arrependi ou quis dar meia volta e fazer diferente.
Era uma vez uma menina. Ela dormia numa linda cabana feita de pão de mel e doces. Ela estava sempre adormecida. Um dia ela acordou. Ela acordou...
Acho que te amava sem te conhecer
Sei lá se era destino, se era magia
Aparecia nos meus sonhos e depois sumia
Alimentando cada vez mais minha fantasia
Minha vontade era sair correndo imediatamente ao encontro dos seus braços,quando estou envolvida neles todos meus problemas se vão,a vida fica mais fácil e eu tenho a impressão de que com você eu posso e vou conseguir suportar tudo.
Você se tornou meu maior ponto fraco e meu maior ponto de equilíbrio também...
Você é meu maior vilão e meu super herói preferido,você é minha doença mas também é minha única cura...
Você me faz sorrir e chorar,você me faz te odiar mas também te amar como nunca amei nada na vida.
Você é a única pessoa que mesmo me deixando mais confusa do que tudo,seria o motivo perfeito para que eu mudasse minha vida completamente.
"O coração duro feito pedra, mas a esperança era mole feito água. Seguiu o ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. No coração chegou e o amor finalmente conheceu."
