Era
Fui ver o que era felicidade no dicionário, mas a definição estava errada. Deveria constar o seu nome.
Era fim de outubro, em ano resseco. Um cachorro soletrava, longe, um mesmo nome, sem sentido. E ia, no alto do mato, a lentidão da lua.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a marcará,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Um dia ele me disse que era uma pena que os homens tivessem que ser julgados como cavalos de corrida, pelo seu retrospecto.
Você para pra pensar em como você era antigamente e da risada, sente vergonha, fica todo vermelho achando que era uma pessoa idiota, é você realmente era. Mas isso só demonstra o quanto você amadureceu, o quanto cresceu e evoluiu, não tenha vergonha do que você já fez ou foi e nunca se arrependa de nada. Isso não é ser idiota, é ter personalidade.
Se um dia eu disse que te amava era porque rolava amor, mas se tanto tentei e você não deu valor, chegou o momento que meu coração se cansou de te amar e o que um dia foi amor se tornou só lixo fora.
Saudades daquele tempo em que eu era a menininha do papai, livre de todos os problemas, daquele tempo de pequenos grandes momentos em uma família perfeita e ao mesmo tempo imperfeita, ou simplesmente normal, daquele tempo em que jogávamos conversas e risadas bobas fora, em que ficávamos uma tarde toda de domingo ou feriado juntos, fazendo nada, mais juntos e felizes, um tempo em que sempre quis que passasse rápido e que chegasse logo o futuro, mais agora, que o presente de hoje é o futuro que eu antigamente desejava chegou, daria tudo para ter aqueles momentos de volta, momentos frios que vivo agora, esperando um novo futuro caloroso, feliz e novamente unido, PAI, hoje se dou algum tipo de desgosto, saiba que só estou buscando ser o seu maior orgulho em um futuro não muito distante. TE AMO!
O amor não existe. Não existe nada disso. Portanto não existe tristeza. Pelo menos era isso que eu pensava.
E era algo especial que marcava ela. Não era seus lindos olhos, seu sorriso brilhante ou seu tom de pele cintilante. Pelo que eu vi, era sua alma. Mesmo com as chuvas de cobranças que a vida lhe traz, ela continuava ali, como uma Dama, uma Princesa, uma Rainha. Sempre de cabeça erguida, corpo ereto, dando um ar de imponência, acompanhada de seu velho amigo sorriso, mostrando sempre que, mesmo com tanta Negatividade no mundo exterior, o seu mundo interior era positivo e verdadeiro, cheio de paz e amor.
Meu passado era parte de mim e moldava quem eu era agora, mas não definia quem eu me tornaria. Não me controlava.
O que aconteceu com a gente?a gente se gostava tanto,a gente era tão feliz...mas do nada você mudou,virou uma pessoa tão fria que eu chegava a me perguntar se era a mesma pessoa.E quanto mais eu ia me aproximando mais vc ia se afastando e quando eu fui ver já tinha um precipício nos afastando,e vc já não era o mesmo.
Tô sentindo saudades de quem eu era à alguns meses atrás, quando tudo estava organizado, eu tinha objetivos e força de vontade para alcança-los, o coração estava limpo, sem ninguém. Já tinha alguns anos que eu não sentia aquela sensação de alívio, de calma, era uma felicidade simples e tranquila, era fácil, era só viver um dia após o outro, sem esperar nada. Era só viver. Até acontecer você, que trouxe junto um furacão de sentimentos, era felicidade mas também era medo, era paz mas também era insegurança, era a vontade de estar junto, de querer o bem, mas também tinha um ar de mistério. Sempre foi muito difícil te decifrar, te entender, acho que foi isso o que mais me atraiu, você sempre foi muito contraditório. Então você veio mudou o meu jeito de pensar e agir, bagunçou minha cabeça e o coração e, foi embora no auge de tudo, sem dar explicações, ou um motivo decente por não arrumar a bagunça que ficou com sua partida. Agora o que me resta são as lembranças do 'antes, durante, e o depois' e com certeza a sensação de calmaria do antes, não compensa o turbilhão de sentimentos do durante e muito menos a dor do depois.
Hey mãe!
Eu já não esquento a cabeça
Durante muito tempo
Isso era só o que eu podia fazer
Mas, hey hey mãe!
Por mais que a gente cresça
Há sempre alguma coisa que a gente
Não consegue entender
Era uma vez uma pequena garota que nunca tinha conhecido o amor até um garoto quebrar o seu coração.
Tudo o que era deixou de ser, tudo o que será não é ainda. Não busqueis fora daí o segredo dos nossos males.
seja o que for, era melhor não ter nascido,
porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
a vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
a dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
e ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
e tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
é preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
que há-de ser de mim? que há-de ser de mim?
Nota: Techo do poema "A Passagem das Horas"
