Era
Para eles, o passado era uma doença que meus irmãos ainda carregavam; você poderia pegar através de uma conversa.
Era sempre você!
Já não queria mais escrever
São tantas as histórias que não queria saber
De você muito mais ainda...
Mas são coisas que esquecer não dá
Algo me diz para poder continuar
Escrever me fazia o mesmo momento reviver
Boas ou ruins fazia no que puder.
Mas se isso não é coisa de gente,
então como é?
Não é simples e nem complexo
Mas também não faz parte do meu plexo.
É você!
Eu bem sei que é você!
Me pedindo para lhe descrever
Era sempre você
me impulsionando para continuar a escrever...
Eu bem sabia,
as consequenciais que isso daria..
Mais escrita
menos Amor,
Foi sempre assim...
Mais trabalho mais suor,
Amei mais a Caneta e o Papel
Pensava que tudo isso me tornaria amável.
Mas eu falhei
Era Sempre você!
Me insistindo a reviver todos os momentos
Seja história como história
Fugi, com medo de me afogar nos meus sofrimentos,
nenhuma delas me levaria para a sua glória.
Só foram momentos de angústias e nada mais.
Coisas que a tristeza sempre traz.
Mas estas sempre foi sobre você
Não importa se entender não serás capaz.
São contos e contas
são tantos os momentos
e tantas as falhas
mas não eram coisas de gente amenos...
Era Sempre sobre você!
Se eu ficasse, estragaria tudo
Era a única chance de revertermos isso
Eu vim, mas a cada passo do caminho, pensava em você
É frustrante ver tudo que construímos
deslizando pelos nossos dedos
Sem ao menos poder segurar
Estou sem esperanças
E somos o motivo
Desejaria não estar naquela tarde
Se eu pudesse, faria o relógio voltar
Para não me sentir como agora
Noites sem sentido
Mente cansada, corpo doendo
Estou perdido
Porque estamos nos perdendo
O que queremos?
Há desencontros entre necessidades reais
Desacordo de vontades
Prendendo ambos em suas verdades
Mas a única verdade
É ter você como surpresa dos meus dias
Eu amo te assistir
enquanto não me observa
Esquentando as noites frias
Sem precisar de qualquer coberta
Sentindo seu corpo sobre o meu
Vendo o tempo passar
enquanto a janela está aberta
Sabendo que gosta de mim
Sem medo de tudo estar no fim.
Uma casa sem piso, chão batido,
Era eu, meus irmãos morando nela,
Fechadura da porta era tramela,
Sem conforto, mas sempre bem nutrido,
O meu pai tinha o rosto bem sofrido
Que no sol, trabalhando ele vivia,
Uma enxada em pleno meio-dia
E a gente brincando no terreiro,
Até hoje ainda eu sinto cheiro
Do gostoso café que mãe fazia.
Léo Poeta
Você pode imaginar
Como devia ser antes do início?
Como era o seu melhor amigo
Antes de te conhecer e ser mais vivo?
O que fazia o seu coração
Antes de bater pela primeira vez?
Você pode imaginar
Antes de alguém haver
Como alguém te fez?
E DE REPENTE...
E de repente, a vida que era feita de abraços
Diminuiu seu passo e a distância aconteceu
O velho hábito de apertar a mão
Transformou-se, entre nós, em verdadeiros laços.
Portas, já tão abertas para nos receber
Fecharam-se de repente diante de nós,
Ninguém pode receber ninguém
E jamais pensávamos que isso ia acontecer.
Um vírus que a gente nem pode ver
Aos poucos foi absorvendo o mundo.
O “corre-corre” do dia-a-dia
Até parece que não mais vai haver.
Dores e prantos pintam as cores do nosso dia
E um adeus distante dilacera corações
A morte protagoniza toda a cena
E mais uma vez a gente reflete: isso jamais existia.
Andamos mascarados e assustados
No doloroso viver diário
É assim todo dia.
Viver agora é decisão que mais parece um fadário.
Rônet Alves
Aracati-CE, madrugada de 22 de março de 2021.
Viajar, ele sempre pensou, era como ele encontraria seu outro eu. Em algum lugar estrangeiro, ele esbarraria no pedaço de si mesmo que estava perdido.
Eu me apaixonei, e chorei.
Eu me senti amada, e fui enganada.
Eu senti que era amor, e me aprofundei a dor.
Eu namorei, e fui trocada outra vez.
Eu perguntei: “Você me Ama?”, e fui jogada na lama.
Eu desisti de amar, e aprendi a nadar.
Eu sai da Rima, e encontrei o Amor-próprio.
O BANCO
O céu era claro, nem nuvens mostrava
o infinito chamava os idos passados
o vento frio soprava, o outono findava ...
O olhar alheado assistia o tudo e o nada
o bem-te-vi pipiava seus cantos rimados
e no leque das asas alçou seu voo rasteiro.
Meu olhar deliu-se no distante horizonte
o silêncio soturno expressou a cruel solidão
restou-me a saudade, folhas secas ao chão!
tudo que eu queria era voltar a ser o que era antes;alguem que nao se importava com nada,alguem que nasceu para brilhar.
Olhei!
...ao longe, dois corpos, entrelaçados, mesmo gênero percebi.
Era uma emoção, um ludir, um pulsar...
Admito, já sentí!
Causou-me um êxtase, algo nos pés a formigar...
Parecia o Divino em choque no Humano.
Porém era apenas um singelo ser, que ao tocar, sem saber que era em si, que por não entender, iludido no imaginar!
Não era o outrem, era em si o tatear...
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