Era
O Sr. du Châtelet era ainda dotado do talento de contemplar uma tapeçaria cujas flores tivessem sido começadas pela princesa; segurava com graça infinita as meadas de seda que ela enovelava, dizendo-lhe pequenos nadas em que a malícia se escondia sob gaze mais ou menos transparente.
Ela cresceu e com o tempo aprendeu que era necessário completar a si mesma, foi aí que ele chegou e transbordou-a.
Venhas não sejas tolo
Não vou chorar a sua partida
Se partistes,foi porque
meu amor era grande demais
E perdido não pode reconhecer a sua própria grandeza
Foi embora porque se sentiu,pequeno
em um mundo tão grande o qual você
Jamais poderia aucansar,porque nunca acreditou na
sua própria capacidade de amar
O amor te feriu,e por não saber amar
assim partiu.
“Escrever era tão mágico quanto um pianista sentado diante do seu instrumento musical. Assim como ele, eu também escorregava as mãos sobre o teclado. Tentava com persistência e coragem encontrar o ponto de começo ou, ao menos, a ponta do fio que desenrolava todo o resto. A mim me encantava que a primeira nota do soneto fosse a primeira consoante do teu nome, eu queria escutar tua voz em cada estrofe, o ritmo do teu coração a cada palavra. Sem sucesso. Então eu decidi redigir mil sinfonias de poemas que não fizessem do tempo um inimigo que te apagasse dos meus sonhos. E era assim, na agilidade de um pianista, que eu bombardeava o papel com palavras que gritavam as tuas manias, as mesmas palavras, as mesmas metáforas, para fixar um pouco de ti em mim. Eu queria te escutar até nos vácuos sem som, nas frases tortas. Eu queria um concerto de trás pra frente até aquele dia em que te conheci. E nos meus intervalos inertes, descobria um pouco da tua ausência pesando sobre minhas pálpebras e a ardência na garganta pelas palavras nunca proferidas. Você saiu da minha vida e foi como se eu esquecesse o meu próprio nome. Havia memorizado os hábitos repetitivos de um clandestino para assim te encontrar neles. Coloria de vermelho o cenário do desalento. Usava a poesia de caminho mais curto até o afeto das palavras, o problema é que elas queimavam e não me aqueciam. A tristeza passa. Às vezes, a gente até passeia com ela. A tristeza consegue ser boa companhia se juntar boa música, boa memória e um vinho tinto. Eu precisava de todo esse meu drama só para não te esquecer de vez, entende? Suas palavras me atingiram em cheio como se fosse um trem descarrilando e talvez eu peque pela ingenuidade da dúvida ao dizer que você me fez mal sem querer o meu mal. Eu deixei as unhas compridas, apenas para deixar uma lembrança minha no contorno das tuas costas. Você feriu o meu coração, marcou teus passos como se controlasse minha arritmia. Não venha me dizer que não foi intencional, gritava o meu nome no escuro como se quisesse me arrastar junto para aquele abismo de pouca fé. Talvez eu te ame como as milhões de vezes que eu nunca disse por não saber exatamente a hora de me desarmar. Porque, na verdade, eu não sei onde você termina pra eu começar no controle das minhas ações. Então. Permita que o destino me borde nas palmas das tuas mãos. Dispa-me com os olhos, silencia-me com a boca. Lágrimas não cabem nesse nosso dueto de uma nota só. Desabotoa os versos, os equívocos, a camada fina de tecido que separa o toque dos nossos corações. Some comigo ou some de mim.
O tempo sussurrou no teu ouvido: “Menino, você tem a si”, e tu nunca mais voltaste.
E eu parei de escutar, mas ainda sinto a melodia do teu riso.
♦ Escolheríamos as estrelas mais brilhantes do céu e caminharíamos sobre elas.
Eu fui tão feliz, eu me diverti com as aventuras que nós vivemos lá, e em nossa base secreta era só eu e você.
A Alícia merecia mesmo que eu a tratasse de um jeito melhor. Não era culpa dela se ela tava a fim de um escroto feito eu, e o mínimo que eu podia fazer era trata-la bem. Não entrava na minha cabeça como uma guria que há pouco tempo nem falava comigo já tinha chorado por mim duas vezes. E nós nem nunca ficamos. Engraçado que a Alícia é toda espertinha, até bate nos caras em festa se for preciso, responde de um jeito atravessado, e tal, mas chora quando o assunto sou eu. Acho que a gente tava na mesma. No meu caso, sempre tenho resposta pra tudo, e tenho noção que desbanco quem eu quiser com as palavras, mas ficava sem fala do lado dela às vezes.
Se minha vida fosse um filme, depois da formatura os créditos subiriam na tela. Era mesmo um futuro bem incerto, mas eu não tava a fim de pensar naquilo. Uma das poucas coisas que ouvi meu pai dizer foi que a nossa geração nunca pensa muito longe, só na semana que vem, no amanhã, na festa do sábado. Talvez ele estivesse certo, mas quem se importa?
E eu que pensava que a Bruna era o maior problema que eu poderia ter nessa vida. Como eu sofria por pouca bosta. Parecia que o mundo ia acabar se ela beijasse o Vinão na minha frente. Hoje se ela for atropelada na minha frente eu nem vou reparar.
Vago, divago enquanto penso no afago que um dia era comum, rosto enrubesce e um sorriso floresce acendendo no rubor o sorriso maroto trazendo o ontem garoto, a aflorar. O tempo parece parar, olhos fitam o vazio procurando os acertos pois, somente erros parecem brotar. Discuto comigo a melhor maneira de te demonstrar que sou um "ente" procurando de alguma forma em meu "eu" uma maneira de dizer que ainda sou teu.......
"eu queria ser o papel que ela rabisca
e depois joga fora
mas acaba vendo que
era uma anotação importante
e depois
vai lá e pega
no chão
e guarda pra sempre"
Era um elo. um poder.
Uma ponte de conexão entre a calmaria e o turbilhão. Um querer.
Uma mistura de rap com samba. Ela, a insana. Ele a parte sã.
Senti que o amor era mais forte a partir do momento que me peguei sonhando acordado pensando em você. Percebi que era pra valer quando passei a te ver em cada canto…. Quando o vento lembrava seu suspiro, quando o brilho do sol lembrava seu olhar, quando o perfume de qualquer coisa me lembrava seu perfume, e assim eu me apaixonava cada vez mais. O irresistível sabor do teu beijo estava guardado na boca e no coração..
Quando me senti uma carta fora do baralho foi porque um era o sete de copas, outro um ás de espadas, tinha até um rei de paus e eu, era só uma carta de amor, que bom.
Depois falam que essa turma queria democracia para o povo, o que eles sempre quiseram era mamar no governo as custas do povo...
Comprei um casaco de couro de um verde meio esquisito. Não era musgo, era um verde meio fosco, ocre. Não uso muito verde e acho estranho quem usa couro. Prefiro usar tricô e cores nudes, acho que fica melhor em mim. Mas comprei essa porcaria de casaco porque queria bancar o descolado, o garoto cheio de estilo. O negócio também é que eu passo pelas vitrines da Barra e fico horrorizado com tantos casacos de couro e quase nenhuma outra opção. Me pergunto se os estilistas estão doentes da cabeça ou se sou eu que estou fora de moda, vai saber... Só sei que já reparei que vez em quando eu gosto de pertencer a um mundo que não é o meu. Vai que nessa de experimentar o que não é bem a minha praia me torno alguma coisa menos estranha e mais comum nessa cidade. Odeio esse casaco, cara. Tenho ódio só de olhar. Ele não foi feito pra mim, entendeu? Mas sei lá, você também não foi feito pra mim, mas eu vivo querendo fazer parte do seu mundo.
Era noite.
O bóreas não soprava.
O céu de púrpura que estava
parecia uma aurora surreal.
Chovia estrelas.
Até então, ele era uma pessoa normal. Daqueles que frequentava os jantares, os encontros, estava sempre presente nas redes sociais, era divertido, uma companhia daquelas que se vc estiver presente é bem vindo, se faltar não fez tanta falta assim.
De repente, se casa com um famoso do país em que vive... De repente, se casa com um diretor de TV muito influente... De repente, lança uma ideia e se torna o novo rico do pedaço... De repente, recebe uma herança e começa a poder proporcionar dias incríveis a quem andar ao seu lado... De repente, passa no teste de uma novela, recebe um papel e fica famoso no 'plim plim'... De repente, consegue o emprego dos sonhos de qualquer um e se torna muito bem de vida... De repente, da uma virada na vida do dia pra noite... De repente, começa a namorar o jogador mais famoso do mundo... De repente, se casa com o empresário mais rico do mundo... De repente, vira o melhor amigo de um ator internacional... De repente, muda de país e começa a poder receber em sua casa quem estiver disposto a ir... De repente, sai do anonimato e se torna um estrela.
E aí então... Precisa fazer um perfil novo de redes sociais, pq estourou o limite permitido. Recebe os convites para os mais badalados eventos nacionais e internacionais. Começa a doar o voucher que ganha, pq não precisa deles. Passa a ser o mais desejado e aguardado dos jantares, encontros e comemorações. Recebe convite pra batizar até filho de pessoa estranha. Até os inimigos querem reverter e repensar a amizade uma vez perdida. O seu celular não para de tocar mais. É lembrado em qualquer ocasião. Passa a ser o nome mais desejado na lista VIP da promoter. É o mais paparicado pela sua família. Agora vira uma referência.
Não importa quem vc é hoje, e nem o que vc se tornará... Eu quero apenas dizer: Vc não precisa disso... Em todo tempo, valorize os poucos, os bons e os fieis. Não tenha amigos por conveniência, tenha amigos por afinidade, por fidelidade, por amor genuíno.
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