Epoca de Cora Carolina
Falta aos pais de qualquer época perceber que seus filhos não pertencem à sua época e que muitas das ferramentas que possuem já são inúteis ou obsoletas, ora por haverem novas ferramentas, ora por não mais haverem certos problemas. Aos filhos falta perceber que a maior parte das ferramentas de seus pais ainda são úteis.
Na minha época tudo era feito para durar, os móveis, os carros, os eletrodomésticos o amor, a amizade. E quando estragava, a gente remendava, costurava, reformava. Hoje não, hoje tudo é deixado de lado, jogado no lixo, tudo tem que ser novo, mesmo que seja frágil, que não valha a pena. Saudade de quando a vida passava mais devagar, as coisas tinham valor e sonhávamos com um tempo onde o mundo seria melhor para todos, este tempo que nunca chegou e deste jeito nunca chegará.
"Esse é o grande segredo, conhecido de todos os homens cultos de nossa época: pelo pensamento criamos o mundo que nos cerca novo a cada dia."
Quem de nós não teve aquela época na vida, em que um buraco negro se abre e suga toda a nossa sensação de bem-estar? São aborrecimentos, problemas, desavenças, términos, enfim, tudo que é difícil lidar, resolver, administrar, de uma só vez. É como estar num fogo cruzado e só nos resta, tentar achar uma saída, mesmo sem nenhuma condição psicológica para tal...
De qualquer maneira todos nós passamos por essas fases ruins e é sobre elas que quero comentar. De como nos sentimos abandonados nessas fases. O que percebo é um mundo tão preocupado em esconder suas mazelas, demonstrando uma alegria contagiante e permanente.
Essa farsa toma tanto tempo e energia da vida das pessoas, que ninguém simplesmente tem paciência quando percebe que alguém não está muito bem. A infelicidade alheia é um espelho do lixo que está embaixo do tapete de cada um de nós. E rapidamente nos afastamos, com medo de sermos contagiados com aquele clima pesado e não conseguirmos mais demonstrar que somos muito felizes.
Tudo que a gente precisa quando está triste, preocupada, chateada, é tão pouco! É um colo, um "eu entendo", um abraço. Não precisamos de soluções, porque essas só nós mesmos podemos encontrar, precisamos de um ombro e é tudo o que menos percebemos e recebemos, porque não se pode ser triste, não se pode ser infeliz, precisamos continuar fingindo que estamos bem, mesmo estando destroçados por dentro.
Estamos vivendo em uma época em que a frivolidade toma conta
Onde o Material é algo indispensável para uma falsa aceitação
A futilidade e Arrogância estão presentes na atitude e caráter de
de muitos Homens e Mulheres
Triste, pois quando se dão conta, a vida passou e tudo que achou
ser tão primordial a sua sobrevivência ficou ,porque quando partem
nada levam, senão o arrependimento, remorso, poucas lembranças de um breve aprendizado
Servidão
Numa época de senhores e escravos, certa feita, um causo se sucedeu. Um dos escravos, o mais velho e obediente que já houvera por aquelas bandas, teve seu único filho envolvido numa pendenga. A sinhazinha, moça de poucos atributos e coração de pedra, vira o menino comendo uma fruta.
Coisa boba, pedaço de sobra da refeição anterior, mais que ele tivera a ousadia de pegar. Antes os porcos do que os serviçais da casa. Caso passado ao sinhozinho, o menino fora chamado a responsabilidade: iria pagar com seu lombo franzino e a carne magra, os desaforos do arroubo. Assim fora marcado: o menino ia apanhar do capataz da fazenda no alvorecer do dia, para que diante de toda a negrada ficasse bem claro: só poderiam comer do angú que lhes fossem servidos.
O pai do negrinho, vendo que o capataz não ia tremer a mão na hora do castigo, tomou de força e pediu:
- Sinhô, sei que meu filho errou, sei que vosmecê tem filho também, e coisa que aprendi morando aqui como vosso servo, é que pai educa filho. Deixa eu educar o meu também. Permita que eu dê a coça, mode ele aprende a não pegar nada que não seja dado. E assim foi. O pai bateu até que o sinhô desse a ordem de parar, que foi quando o menino desmaiou.
Menino franzino, 10 ou 12 anos, tanto fazia. Se fosse pela mão do capataz, duas e teria tombado morto. Na madrugada, Quando o choro miúdo do menino se fazia grande na senzala, ouviu-se um sussurro: pai, por quê você me bateu? Bem sabe que eu só tinha fome, e as sobras iam para os porcos...
O pai entre lágrimas respondeu: bati porque eu sabia onde podia bater sem te matar. Cada chicotada que dei, tua pele eu parti, mas meu coração eu sangrei!
Uma pena eu ter nascido na época da fotografia colorida. Pena eu ter nascido na época da “razão sintética”. Tempos em que os gurus não são mais velhos barbados repletos de filosofias de vida acumulada no decorrer de gerações inteiras, derrubando e erguendo conceitos. Tempos de "super-homens", tempos da autosuficiência e do egocentrismo. Tempos da banalização da razão e da emoção. Tempos em que a ousadia não mais existe. Tempos de gente que não se arrisca.
Quem me dera ter nascido na época em que eu seria classificado apenas como louco.
Mais o que mais lamento mesmo, é ter nascido na época da fotografia colorida...
A bandeira brasileira só aparece na época de Copa do Mundo, pois o Brasil não tem tanta certeza em honrá-la fora dela.
O segredo da infância ser uma época de felicidade, é justamente por ser um período da vida em que o ser humano não tem ganância nem vaidade.
SIMBOLOGIA PASCOAL
...
No Judaísmo, a Páscoa significa época de libertação, renovação, abundância, fertilidade. A Páscoa (Pessach) é uma festa da primavera, que dura oito dias, em que se comemora a libertação dos judeus da escravidão no Egito e sua formação como o povo do Deus único, com uma religião e um destino comuns.
Lag Baomer, data que relembra a luta contra os romanos. Lag Baomer é o trigésimo terceiro dia da contagem do omer. A contagem dos quarenta e nove dias, que começa no 2º dia de páscoa e termina na Pentescostes. A primeira contagem realizada pelo povo judeu ocorreu na saída do Egito, sendo motivada pela forte ansiedade com que esperavam para receber a Tora, daí a diferença entre nosso calendário com o Judaico*.
Pentecostes (Shavuot): são sete semanas a contar depois do primeiro dia de páscoa, que, atualmente, comemora-se a entrega da Torá aos judeus no Sinai. Representam historicamente o dia em que os judeus levavam ao templo os primeiros frutos da colheita (bikurim), como oferenda, em sete espécies: trigo, cevada, vinha, oliva, figo, tâmara, romã.
No Catolicismo, a páscoa é uma das suas festas mais importantes, o que se comprova pela obrigatoriedade de seu maior sacramento somente na época de páscoa, a eucaristia, que a cerimônia de consagração da hóstia e do vinho durante a missa, após a qual é dada a comunhão: os cristãos católicos recebem a hóstia molhada ao vinho, simbolizando a sagrada ceia e a transmutação do Corpus Christi. Considera-se que a comunhão fortalece o cristão na fé e o aproxima de Deus, protegendo-o do mal.
A páscoa acontece durante a festa da Semana Santa, que começa na segunda-feira. Entre os principais acontecimentos há a Via Sacra, celebração que rememora os principais acontecimentos da vida de Jesus na terra, atualmente, em 15 etapas, estampadas em pinturas ou esculturas. Entre elas, na 5ª feira, a celebração da Eucaristia com os doze apóstolos, quando também acontece o chamado Lava-Pés, em que Jesus, dando exemplo de humildade e paciência para com as suas ovelhas, dá a diretriz de como os líderes da sua igreja devem se portar com os cristãos; na Sexta-Feira da Paixão, há a rememória da morte de Jesus na cruz, o que deve despertar no cristão o agradecimento por esse grande gesto de amor; no Sábado Aleluia, acende-se o Círio Pascal, uma grande vela que simboliza a luz de Cristo, que ilumina o mundo material e espiritual, possibilitando voltasse do reino da morte ou Hades, e ressuscitasse, trazendo, ao mundo, uma nova esperança e renovada na fé cristã, o que acontece no Domingo de Páscoa ou da Ressurreição, simbolizando a vitória da vida sobre a morte. Durante toda a Semana Santa, procura-se a conscientização do sacrifício da paixão e morte de Cristo, e, como sinal de gratidão, que se faça uma síntese de sua própria vida, onde cada cristão deve se reavaliar.
Assim, o ovo de páscoa simboliza uma mescla da tradição cultural das duas religiões: do Judaísmo, a fartura e o crescimento da população; do Catolicismo, o surgimento de uma nova vida, ressuscitada na fé e no amor em Cristo e no Pai, que é Deus, e na caridade para com as outras pessoas.
* O calendário romano que é adotado no Brasil tem como início de contagem a partir do nascimento de Cristo. Antes do evento do Cristianismo, o calendário romano contava o tempo a partir da fundação da cidade de Roma.
CRUZ, Ana da. Simbologia Pascoal (Trechos da pesquisa que venho realizando há nove anos sobre as religiões, conteúdo do meu próximo livro, que tenta contemplar a variedade religiosa do povo brasileiro). Mural dos Escritores. URL: http://muraldosescritores.ning.com/profile/blogs/simbologia-pascoal Publicada em
Ninguém valoriza seus próprios gênios, os de sua época.... exploram-no, sugam sua inteligencia, fazem e desfazem dele e tratam-no como uma ferramenta, ora necessária e ora descartável, como se ele também não possuísse sentimentos ou razão do ser....
Por isso, me apago, me fecho, finjo que não é comigo e não permito aproximação, isolo os tolos longe, não divido futilidades e não quero ter sugados de mim parte daquilo que me tornam único, não pelo fato de 'fazer propositalmente parecer torpe-me de minha própria genialidade', mas para parecer 'só mais um' nesta imensidão de usurpadores.... até agora deu certo para mim, e espero que continue dando.
“ O que é terrível em nossa época é precisamente a facilidade com que as teorias podem ser postas em prática. Quanto mais perfeitas, quanto mais idealistas são as teorias, tanto mais horrendas sua realização. Estamos enfim começando a redescobrir o que os homens conheciam talvez melhor nos tempos muito remotos, nos tempos primitivos, antes que se pensassem em utopias: que a liberdade está vinculada à imperfeição e que limitações, imperfeições, erros são não somente inevitáveis, mas até salutares.
Ah! Quer ser minha namorada?
Como seria viver na época do poetinha dos namorados, bailando entre o mar e a brisa, que sempre nos fazia viver um amor eterno? Quantas emoções! Coração aflorado, palpitando no compasso do mais nobre dos sentimentos. Gratidão, poeta. Que seja infinito enquanto dure!
Houve uma época em que eu acreditava que sorri apesar de tudo era minha maior qualidade. Hoje eu sei que aceitar as minhas lágrimas e superar os meus conflitos é mais importante do que fingir felicidade.
- Relacionados
- Cora Coralina: frases e versos que inspiram e encantam
- Pensamentos de Natal para refletir e celebrar esta época de luz
- Poemas de Cora Coralina
- Poema Mulher de Cora Coralina
- Mensagens de Natal motivacionais para inspirar corações nesta época de luz
- Cartas de Natal criativas para espalhar magia nesta época de luz 🎄✉️
- Poemas curtos de Cora Coralina
