Epoca de Cora Carolina

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As pessoas generosas são más comerciantes.

Saber de cor não é saber: é conservar aquilo que se deu a guardar à memória.

O silêncio é o melhor rebuço para quem não se quer revelar, ou fazer-se conhecer.

Se o poeta fosse casto nos seus costumes, os seus versos também o seriam. A pena é a língua da alma: como forem os conceitos que nela se conceberem, assim serão os seus escritos.

O sonho é o alívio das misérias dos que as têm acordados.

Todos os dias vão em direção à morte, o último chega a ela.

O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia.

Não existe conversa mais tediosa do que aquela onde todos concordam.

O símbolo dos ingratos não é a Serpente, é o Homem.

As lágrimas dos velhos são tão terríveis como as das crianças são naturais.

Quem sabe se não teremos de ultrapassar muito a natureza para perceber o que ela nos quer dizer?

Não invejemos os que sobem muito acima de nós: a sua queda será muito mais dolorosa do que a nossa.

O sentimento que o homem suporta com mais dificuldade é a piedade, principalmente quando a merece. O ódio é um tónico, faz viver, inspira vingança; mas a piedade mata, enfraquece ainda mais a nossa fraqueza.

Esqueço sempre, mas o corpo lembra:
em breve
será dezembro.

A dificuldade atrai o homem de caráter, porque é abraçando-a que ele se realiza.

Quando se destrói um velho preconceito, sente-se a necessidade duma nova virtude.

Minha obra toda badala assim: Brasileiros, chegou a hora de realizar o Brasil.

Mário de Andrade

Nota: Carta a Manuel Bandeira a 8 de novembro de 1924

O ciúme nunca está isento de certa espécie de inveja, e frequentemente se confundem essas duas paixões.

A maioria dos homens é mais capaz de grandes ações do que de boas.

As Palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Antologia Breve, 1972

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