Epígrafe Maternidade
O meu primeiro passo
Vai ser no seu abraço
Me segura quando eu cair
E no final do dia só a tua voz
Que vai poder me fazer dormir
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
Quando nasce uma mãe, não morre uma boa profissional, ela apenas se transforma em uma profissional extraordinária.
Se os filhos podem confessar francamente que se entediam com os pais, uma mãe nunca pode confessar que se entedia com os filhos sem parecer desnaturada.
Ele sabe que seu primeiro passo foi na minha direção? Que sua primeira palavra foi mamãe, e era assim que ele me chamava? Que ele sugava em meu seio seu alimento, me acordava toda a noite para satisfazer sua fome? Ele sabe que foi responsável pela minha primeira estria e que, lá dentro da minha barriga, era meu coração que ele ouvia, sua primeira música?
O Peso Invisível
✍ Por Diane Leite
Dizem que o home office foi a grande revolução do trabalho. Dizem que agora podemos conciliar tudo – carreira, filhos, casa, sonhos, ambições. Dizem que podemos trabalhar no conforto do lar, produzir enquanto assistimos ao crescimento dos nossos filhos. Dizem tantas coisas…
Mas ninguém diz a verdade.
Ninguém fala sobre as palavras interrompidas, sobre o cursor piscando na tela enquanto uma voz infantil chama sem parar: “Mamãe, mamãe, mamãe…” Ninguém menciona o caos mental de tentar responder um e-mail enquanto alguém puxa sua blusa pedindo atenção. Ninguém fala sobre a raiva silenciosa de tentar construir um futuro enquanto mãos pequenas tentam te puxar para o passado – para aquele tempo em que você era apenas mãe, apenas colo, apenas entrega.
O mundo aplaude pais que trabalham de casa, admirando sua dedicação e equilíbrio. Mas quando é a mãe que tenta, o que ela encontra? Um labirinto sem saída.
Ela tenta negociar, tenta explicar.
"Filho, me dá só mais meia hora e depois a gente brinca."
"Mamãe está ocupada agora, mas depois vamos ver seu desenho favorito juntos."
"Por favor, me deixa terminar isso, é importante."
Mas as crianças não entendem tempo. Elas entendem presença. E quando percebem que a mãe está ali, mas não está, insistem, persistem, exigem. Querem tudo. Querem agora.
E a mãe?
A mãe não está frustrada porque não ama o filho. Não está frustrada porque não quer estar ali. Ela está frustrada porque precisa pagar as contas. Porque precisa trabalhar para sustentar o filho que, ironicamente, é quem a impede de trabalhar.
E o pior: a criança não entende.
Ela não sabe que aquela mãe exausta que pede “só mais um minutinho” está tentando garantir um futuro para ela. Não sabe que, enquanto brinca distraída, aquela mãe está planejando, negociando, buscando um jeito de fazer tudo funcionar.
A mãe engole a raiva. Engole o cansaço. Engole o grito que quer sair.
Porque o mundo já a ensinou que mães não devem sentir raiva dos próprios filhos.
Porque o mundo já a convenceu de que esse é o seu papel e que reclamar é ingratidão.
Mas lá dentro, um vulcão silencioso se forma.
Não é culpa.
Não é medo.
É frustração.
Porque enquanto o pai seguiu sua vida, ela parou. Enquanto ele construiu, ela segurou tudo sozinha. Enquanto ele dormiu tranquilo, ela ficou noites em claro, estudando terapias, pesquisando tratamentos, garantindo que aquele ser pequeno e frágil tivesse um futuro.
Agora que o filho cresceu e que ela finalmente tenta respirar, tudo parece puxá-la de volta para aquele tempo de doação total. O tempo que parecia ter ficado para trás, mas ainda vive dentro dela.
Ela sente raiva porque percebe que ninguém vai dar esse espaço a ela. Ela terá que tomar esse espaço.
Mas ninguém ensina como.
E então ela segue, tentando negociar, tentando encontrar um pedaço de tempo entre as exigências do dia.
O cursor ainda pisca na tela.
Os e-mails ainda esperam.
Os sonhos ainda querem nascer.
Mas há um peso invisível sobre seus ombros.
O peso de ser mãe e ser mulher ao mesmo tempo.
O peso de carregar tudo enquanto o mundo finge que não vê.
Mas ela vê.
Ela sente.
E um dia, de algum jeito, ela vai conseguir respirar de verdade.
E não pedirá mais desculpas por isso.
Diane Leite
Crecei e multiplicai-vos — Crecei em espírito, multiplicai-vos em amor, servindo uns aos outros e cuidando da criação. Inspirado em Gênesis 1:28.
É curioso como sabemos que a amizade se transforma com a chegada de um filho, mas pouco se fala sobre essa mudança começar ainda na gestação. Para mim e meu marido, o primeiro trimestre foi um turbilhão de emoções e descobertas. Escolhemos não contar sobre a gravidez para vivermos juntos aquele período de adaptação silenciosa, com enjoos, mal-estar, cansaço e medos, enquanto planejávamos cada detalhe do quartinho e da nossa vida com o novo membro da família.
Nessa fase, a vida social muda completamente. Os finais de semana, antes de festas e programas agitados, se transformaram em dias de preparar o ninho para o bebê. Confesso que nem sempre tinha disposição para sair. Foi aí que percebi três tipos de amigos ao meu redor:
Havia aqueles que sempre estiveram comigo e, mesmo sem saber da gravidez, entenderam que bares e baladas não me atraíam mais. Perceberam que eu topava qualquer convite para um almoço tranquilo, um café da tarde gostoso ou um jantarzinho, e começaram a marcar passeios assim, sem julgamentos. Meu marido e eu nos sentimos tão acolhidos que contei sobre a gravidez antes mesmo do fim do primeiro trimestre. Após o nascimento do meu filho, esses são os amigos que mais continuam presentes em nossas vidas. Quando marcam algo para sair, sempre verificam se o lugar tem espaço kids para meu pequeno se divertir.
Teve também aqueles amigos que, ao perceberem que eu não estava mais aceitando convites para sair à noite, se preocuparam, perguntaram se eu precisava de alguma coisa e disseram que estavam ao meu lado, apesar das mudanças. Eles são os que hoje em dia topam um churrasco no fim de semana, sempre dispostos a curtir um dia de sol conosco.
Mas também tive aqueles amigos que não conseguiram entender essa nova fase da minha vida. Lembro de uma mensagem que recebi em meio ao turbilhão de hormônios que meu corpo estava processando, dizendo que eu estava me afastando dos amigos e que assim ia acabar sozinha. Esses amigos, após o nascimento do meu filho, receberam inúmeros convites meus para restaurantes com espaço kids, para um café ou para vir aqui em casa, mas eles ainda seguem me esperando para ir a bares e baladas. E assim, infelizmente, nos afastamos.
Essa experiência toda me fez redescobrir a amizade. Uma vez vi uma frase que agora compreendo totalmente: “Amigos são as pessoas que já viram muitas versões suas e te amaram em todas elas.
O verbo desistir jamais deve constar do vocabulário de quem tem filhos com problemas.
No máximo, parir ainda pode ser doloroso, mas muito mais difícil é cuidar do pequeno ser que se colocou no mundo. É um vaso de porcelana finíssima, cuja fragilidade comove. Um esbarrão pode ser fatal.
No coração materno florescem os jardins mais preciosos, onde cada gesto é uma poesia de amor e cada sorriso, um raio de sol que ilumina o caminho da vida.
Existem coisas na vida que 99% do tempo é dificuldade, dor e desilusão.
Mas o 1% que resta é tão esplendoroso que supera fácil os 99%
MÃE É VERBO. DE AÇÃO
Mãe não é uma palavra qualquer.
Não cabe em qualquer definição.
Mãe é verbo. Está sempre em ação!
Mãe é verbo regular
perito em descobrir nossas irregularidades.
Mãe é verbo que só deveria
ser conjugado no presente e futuro.
Mãe não tem limites,
sempre encontra tempo
para “aninhar” todos os filhos.
Mãe é verbo em todas as vozes.
É voz ativa que nos ensina,
voz passiva que ouve nossos silêncios
e aquela voz reflexiva
que seguimos como exemplo...
Mãe é um sem número pessoas
numa mesma mulher.
É tão singular e plural
que no mundo não há outra igual!
Mãe é verbo em permanente estado
de amor, emoção e dedicação.
Ângela Rodrigues Gurgel
Mãe é mãe
Cada mãe tem sua própria jornada e estilo de cuidado, moldados por suas experiências e personalidade.
A maternidade é uma responsabilidade única e diversa, que envolve não apenas o ato físico de dar à luz, mas também o constante cuidado e preparação para a vida.
As mães podem ser diferentes em suas abordagens, mas todas compartilham o amor e a dedicação pelos seus filhos, independente das suas formas de expressão.
Nas telas dos comerciais, as mães se assemelham, mas na vida real, cada maternidade é uma sinfonia singular.
AetA
Uma mãe é a personificação do amor incondicional, a força que nos guia e o refúgio que nos acolhe. Seu abraço é o conforto que nos acalma e sua sabedoria é a luz que ilumina nosso caminho. Uma mãe é a prova viva de que o amor pode ser infinito e eterno.
