Epígrafe de Livro
Nossas dores e nossas sombras, completam nossa história, negar essas partes nos faz parecer um livro com páginas faltando.
eis aqui o livro da minha vida
conto aqui as minhas flores
e os meus amores
os meus dias
e as minhas dores
as minhas alegrias
e as minhas cores
as minhas palavras
e os meus rancores
os meus desabafos
e os meus ardores
as minhas friezas
e os meus calores
as minhas dúvidas
e os meus clamores
as minhas dívidas
e os meus credores
as minhas amizades
e os meus favores
a minha fé
e os meus fervores
a minha preguiça
e os meus labores
os meus medos
e os meus horrores
as minhas preces
e os meus louvores
os meus anjos
e os meus Mentores
os meus sorrisos
e os meus humores
os meus perfumes
e os meus odores
os meus tédios
e os meus pavores
a minha liberdade
e os meus rigores
os meus gostos
e os meus sabores
as minhas dificuldades
e os meus terrores
os meus malfeitos
e os meus benfeitores
os meus "eus"
e os meus valores!!!
Muito do que aprendi está escrito aqui, no livro da minha vida.
Aprendi com minha mãe que não sou todo mundo e a ficar em silêncio quando necessário. Aprendi a ser mãe como ela, a ter educação e a agradecer por isso.
Aprendi com a Cora Coralina a fazer doces (como brigadeiro) e a escrever poemas.
Aprendi com a Clarice Lispector que sou companhia, mas também posso ser solidão. Que sou tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. E também a guardar minha dor no bolso e a cuidar das amizades, dos familiares e dos parentes quando for necessário.
Aprendi com a Frida Kahlo a cerrar as sobrancelhas quando algo não me agrada ou quando me sinto mais feliz do que imaginava.
Aprendi com a Cecília Meireles a escrever sobre a lua e suas fases, assim como sobre as minhas fases, boas e ruins.
Aprendi com a Rachel de Queiroz a gostar de cada detalhe de mim, sem me preocupar para que os outros gostem.
Aprendi com a Lígia Fagundes Teles a ficar sozinha, pois tenho a necessidade de me libertar de tudo e todos.
Aprendi com a Adélia Prado que não tenho tempo a perder, pois ser feliz me consome. Caso contrário, ou eu “viro doida, ou santa”.
Aprendi com a Hilda Hilst a escrever, a falar, a sentir e a recitar o amor.
Aprendi com a Carolina Maria de Jesus que temos um quarto de despejo dentro de nós, onde jogamos tudo, inclusive o amor que nos falta.
Aprendi com a Ana Maria Machado que devemos escrever, aprender a falar e lidar com a criança interior, principalmente com aquelas pessoas que esquecem de crescer e amadurecer.
Aprendi com a Lya Luft que podemos ser mais irmão, mais amigo, mais filho, mais pai ou mãe, mais humano, mais simples e mais desejoso de fazer os outros felizes.
Aprendi com a Martha Medeiros a brincar seriamente de “faz de conta”.
Aprendi com o Fernando Pessoa, meu xará, que “o que chega, chega sempre por alguma razão”. Tenho certeza de que todos que chegaram até mim foram por causa da minha própria maravilhosidade e da minha linda pessoa. Agradeço por fazerem parte da minha vida, e se alguém partiu, foi porque “tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível”.
Também aprendi muito com Machado de Assis, Carlos Drummond, Mário e Oswald de Andrade, José de Alencar, Castro Alves e outros escritores que li na infância e adolescência. Eles ajudaram na construção do meu saber e do meu ser, tornando-me mais humana e menos ignorante.
Aprendo até hoje com meus pais, irmãos, filhos, parentes, amigos e até inimigos o ato de pedir perdão, me retratar, me desculpar e amar incondicionalmente, independentemente dos defeitos e erros.
E aprendo demais com Chico Xavier, Allan Kardec, Paulo de Tarso, Lucas e toda a Espiritualidade Amiga que se faz presente em minha vida. Principalmente com Jesus, o nosso Mestre, que me ensina a ser eu mesma, a aceitar minha condição de espírito inacabado e imperfeito, mas que posso e devo ser melhor a cada dia da minha existência, ora humana, ora espiritual.
Gratidão!
um livro
a quem possa interessar
se não para quem escreve?
-para quem compartilha
das mesmas loucuras
só pode...
-ou para matar a curiosidade
de poucos...
mas tudo o que está escrito
sobre a minha vida
minhas ideias
minhas memórias
meus problemas
minhas histórias
minhas dificuldades
meus poemas
minhas glórias
minhas derrotas
minhas criações
meus assuntos confidentes
saíram de dentro do meu coracao
da minh'alma que floresce
da minha face que aquece
quando vermelha fica de vergonha
culpa da timidez do meu espírito
de trazer à tona
todo meu passado
inscrito no livro da minha biografia
porque a vida quis assim
e todo presente escrito
no livro da minha auto-biografia
porque eu quis que assim fosse
tudo com a permissão de Deus
mas uma coisa eu te garanto
nem tudo são flores!!!
minha vida é
um jardim de rosas
um livro
uma poesia
um carinho
uma sangria
um toque
um amor
uma familia
um pássaro
uma beleza
uma certeza
uma esperança
um momento
uma lembrança
uma existência
um anjo
uma festança
uma amizade
uma luz!!!
o livro da minha vida
cada dia planto uma flor diferente
para que meu coracao floresça o ano inteiro
sempre terá uma flor pra me encantar
colorir e enfeitar meu dia
e assim continuo vivendo
com mais alegria
com gratidão na alma
com amor no coracao!!!
O seu livro da vida está com algumas páginas em branco ainda. Aí você olha a capa linda do dia em que nasceu e você faz uma reflexão: "quanta coisa ruim escrevi até agora." Então comece a partir de hoje, ainda dá tempo. Não dá pra mudar o que já foi escrito, mas tenha a certeza que essas páginas em branco podem ser escritas com uma nova e linda história. Só depende de você.
Escrevo a nossa história, você escolhe se lê, rasga ou queima. Este é o meu livro, minha vida, cada capítulo contém um pouco de tudo e cada fase é diferente. Eu tenho o meu e você tem o seu.
Quando fazemos a leitura de um livro
mergulhamos em suas páginas
para nos molhar de conhecimento
na travessia do saber.
"Os escritores espirituais, que falaram da maneira de ler um livro para dele extrairmos o alimento de nossa alma, aconselham a parar de ler assim que a alma se sinta atingida. E a mais bela imagem que se pode fazer da leitura é a daquela mulher que Corot pintou e que sonha ou contempla, tendo na mão um livro em que ela repousa um dedo. No fundo, o que o escritor deseja é terminar numa alma. Ele nos oferece entrelinhas, margens, para que escrevamos as nossas ideias entre as dele. Nada mais comovente que um livro aberto na mesma página sobre um olhar atento, enquanto se espera pelo ruído da folha que não é virada"
Em "O trabalho intelectual", p. 87
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