Epígrafe de Livro
A nossa vida é como uma leitura de um bom livro. Se leu na busca de entender o sentido das palavras missão cumprida! E se não o fez, voltarás para refazer.
Quem sabe assim eu crie vergonha na cara e vou ler um livro ao invés de me encantar com o primeiro idiota que me oferecer um suco de melancia.
Nesse exato momento retiro meu óculos do rosto e repouso-o sobre o livro que até agora lera com toda a atenção. Guardando displicentemente meu material de estudo num canto qualquer ao lado da cama, olho para o lado oposto. Procuro em vão sua presença, que a pouco estivera ali, mas que agora se faz real apenas como uma doce lembrança. Queria lhe dar um beijo discreto, que não chegasse a perturbar teu sono, mas que pudesse sutilmente repousar em seu ombro como uma prece. Uma prece, um pedido inocente, quase que infantil, para que nada de ruim lhe aconteça, agora ou no dia que se aproxima. E que essa prece, sincera, na forma de um beijo dure apenas pelo tempo de um dia, para que na noite seguinte eu possa mais uma vez orar por ti.
Boa Noite,
Poesia na Escola Pública: Livro “Folheto de Versos”
De como a USP-Universidade de São Paulo, com um Projeto de Culturas Juvenis sob a Coordenação da Professsora-Doutora Mônica do Amaral, trabalhou Poesia e Folclore do Cangaço em Sala de Aula, Rendendo um belo Livreto de Alunos Produzido Pela Mestranda Maíra Ferreira e Colegas.
“Perdi minha origem
E não quero voltar a encontrá-la
Eu me sinto em casa
Cada vez que o desconhecido me rodeia(...)”
Wanderlust, Bjork (Cantora Islandesa)
Com a suspeita midiática culpabilização dos Professores de Escola Pública pela falência da Educação Pública como um todo, o que engloba na verdade suspeitas políticas neoliberais de sucateamento de serviços públicos em nome de um estado mínimo (e no flanco o quinto poder aumentando os índices de criminalidade além da impunidade já generalizada em todos os níveis), quando uma universidade de porte como a USP vai até onde o povo está, no caso, uma comunidade carente da periferia de São Paulo, trabalhando com o corpo discente da EMEF José de Alcântara Machado Filho, fica evidente aquela máxima poética de que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Intervenções em salas de aula, leituras trabalhadas, declamações com suporte afetivo, oficinas de palavras e rimas, trocas, somas, cadências didático-pedagógica num contexto de criação a partir da ótica de um humanismo de resultados, e assim, a Mestranda Maira Ferreira e colegas acadêmicas e mesmo profissionais da escola, e, quando se viu, pronto, estava semeada a leitura, estava plantado o verbo criar no assento poético, e, os manos sim, os manos, as minas, mandaram bem: saiu a produção “Folheto de Versos” como arte final do projeto de ótimo alcance literal e humanizador que é que vale a melhor pedagogia no exemplo.
Sou a favor das chamadas antologias, em que alguém visionário e generoso se propõe a bancar autores novos, temas específicos, tentando juntar turmas, abranger variadas óticas, fomentando a divulgação lítero-cultural de anônimos criadores desses brasis gerais, em nome da poesia porque assim a emoção sobrevive, a arte se torna libertação, e, falando sério, enquanto houver arte ainda há de haver esperança, parafraseando um rock moderno aí.
A escola pública carente, a escola sem estrutura técnico-administrativo funcional, os professores mal-remunerados, e, um conjunto de profissionais de educação segurando a barra pesada do que é mesmo a docência, então, uma luz no fim de tudo apresenta jovens acadêmicos potencializando intervenções em classes. É o caso da Sétima Série (2007), Oitava Série (2008) da EMEF José de Alcântara Machado Filho, que rendeu o livreto – que bonitamente lembra edições de cordel – chamado Folheto de Versos. Resistir na arte é uma criação histórica que tende a mudar planos de vôos, para os alunos carentes. A periferia agoniza mas cria.
Com um enxuto projeto gráfico da Comunicação e Midia-FEUSP, a arte letral composta no Projeto “Culturas Juvenis X Cultura Escolar: Como Repensar as Noções de Tradição e Autoridade no âmbito da Educação (2006/2008, Programa Melhoria do Ensino Público), a Mestranda Maira Ferreira e a Bolsista Técnica Pátria Rabaca foram a campo. Foram a luta. Levaram a universidade ao seio da escola pública, a sala de aula. Daí a aula fez-se verso, o verso lembrou hip hop ou mesmo RAP (Ritmo e Poesia), o verbo poetar virou verbo exercitado, da poesia fez-se o humanismo de abrir espaços, quando e viu, Saravá Baden Powel, a voz da periferia soou suas lágrimas com rimas e contações de realidades escolares.
Trinta e duas páginas de produção poética de alunos. “Chegando em casa, pensei bem/Vou fazer este cordel/Resumir nossa conversa/De maneira bem fiel/Pros alunos do Alcântara/Acompanharem no papel(...) (Pg. 3 Maira Ferreira). Estava dado o mote. Sinais e parecenças. E daí seguiu-se o rumo: Escravidão – Nós Somos Contra o Preconceito (Emerson, Stéffani, Adriely, Paloma), Depois Diogo, Bruno, Roberta in “Sou Afro/Sou Brasileiro/Sou Negro de coração(...)”. Ensinar, passa por ensinar a pensar. Pensar leva ao criar. Criar é colocar amarguras e iluminuras no varal das historicidade e chocar dívidas sociais impagas desde um primeiro de abril aí.
Nesse rocambole de idéias, os achados do projeto: alunos devidamente trabalhados, estimulados, compreendidos, sabem exercitar a sensibilidade muito além de suas rebeldias às vezes com as vezes sem causas.
E daí descambou a criação, acrósticos, versos brancos, rimas e rumos, citações (Rap é compromisso), até liberdades poéticas (O Cangaço e o Bope), rascunhos, resumos, xérox de despojos criacionais em salas de aula, despojos e, quem mesmo que disse que aula tem que ser chata, que sala de aula tem que ser cela de aula? Pois é. FOLHETO DE VERSOS é um achado como documento de um momento, um tempo, um espaço, um lugar, uma comunidade.
Dá identidade a quem precisa. Dá voz a quem se sente excluído. Imagine um país sem divisas sociais. E a emoção de um aluno simples, humilde, podendo colocar no papel – e ver-se impresso – como se no quarador das impossibilidades pudesse tentar reverter o quadro de excluído das estatísticas de dígitos estilo Daslu, para se incluir (certa inclusão social na criação de arte popular, literária) porque lhe foi dado palco e vez, palanque educacional e espírito criativo aguçado pelas sóbrias intervenções, debates cívicos, críticas dialogadas, esparramos de idéia, mas, antes e acima de tudo e sobre todas as coisas, o aluno tendo vez e voz-identidade num livreto que, sim, pode ser a página de rosto de sua existência, colorir o livro de sua vida, fazendo dele um cidadão que quer soltar a voz (precisa e deve soltar); botar a boca no trombone, dizer a que veio, e, sim, se a escola ainda é de certa forma uma escada, quando a sua criação impressa é um documento de identidade de cidadão enquanto ser e enquanto humano. Já pensou que demais?
O canto dos oprimidos.
“Fizemos essa letra com força de vontade/Só queremos expressar um pouco da realidade”(...), in Realidade Não Fantasia (Cesário, Diógenes e Gabriel).
Quando o sol bater na janela de sua esperança, repara e vê “Folheto de Versos” resgata e registra poemas de jovens querendo libertações, porque além de “ser jovem” ser a melhor rebeldia deles, há corações em mentes querendo mais do que ritmo e poesia.
A dor dessa gente sai no jornal e os seus cantares joviais oxigenam perspectivas, arejam possibilidades.
“Uma aurora a cada dia” diz a Canção do Estudante do Milton Nascimento.
Há coisa mais bonita do que o sonho?
-0-
Poeta Prof. Silas Correa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.bnr
Site: www.itarare.com.br/silas.htm
(Texto da Série: Resenhas, Críticas e Documentos de Lutas e Sonhos)
Blogues: www.portas-lapsos.zip.net
ou
www.campodetrigocomcorvos.zip.net
Posso recitar os mais belos poemas de qualquer livro, mas as mais belas frases , falarei em seu ouvido.
Amar você
É feito uma canção que eu consegui fazer
É como um livro bom que eu acabei de ler
É tudo amar você
É dar prazer
E ter ao mesmo tempo um desfalecer
E acordar a tempo de reacender
É tudo que há de bom amar você
Horas, dias, meses, anos-luz
A te amar
Ontem, hoje, sempre
Eternamente, eu vou te amar
Em águas claras te naveguei
Em teus espaços voar, voei
Dei a volta ao mundo quando te encontrei
Como o encontro do céu e o mar
O sol e a lua a se namorar
A PALAVRA MÁGICA
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro.
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra
*Carlos Drummond de Andrade
Postado por Di..Resende
Numa visão de sucesso e felicidade mais descentralizada, a pessoa não escreve um livro para ganhar prêmio, mas para desenvolver cada vez mais a sua capacidade de escrita.
" Bem-aventurado, o que guarda as palavras escritas neste livro, as palavras desta profecia". Ou seja é bem-aventurado, o que acredita, no sentido correto destas palavras. Isto põe de rasto, a teoria que o livro de Apocalipse é todo simbólico e também a ideia de que todo o Apocalipse já se cumpriu.
Se a vida realmente é um livro, escrito pelas mãos do destino, com certeza o meu filho é a página mais bela que ele foi capaz de escrever na minha.
Ele levou embora o meu livro preferido, como se não bastasse tudo o que ja roubou de mim, as minhas noites de sono tranquilas, os planos que a gente tinha e o meu coração.
Que a nova história seja escrita no livro da vida, o que era velho se faça novo e o que foi quebrado seja reconstruído e abençoado por Deus em nome de Jesus.
Caruaru como é bom falar de tu...
Caruaru quem sou eu pra falar sobre tu... no livro 'Asas da Palavra do País de Caruaru'...sou apenas uma simples cidadã que nasceu e cresceu aqui em Caruaru,essa sou eu e como é bom falar de tu...
Cidade de Caruaru minha amada cidade natal onde nasci,e cresci como sua cidadã,dessa cidade guardo lembranças desde os tempos de criança e muitas ao lembrar me fazem chorar,não é choro de tristeza,mas de saudades de tantas coisas boas vividas, nessa cidade tão querida,me orgulho desse lugar...
Tu tens uma linda e longa historia...contadas por cada filho teu,filhos que nasceram no seu berço que ainda vivem aqui ou que já viveu...
Caruaru Capital do Agreste,Princesa do Agreste,Capital do Forró,Capital do Melhor São João do Mundo...quantos novos títulos ainda irás receber por ser tão bela e por vento em polpa crescer...
Caruaru é terra amada e cidade idolatrada por cada filho seu,sejam escritores,cordelistas,violeiros,artesãos,cantores,moradores que a amam muito e vivem felizes graças a Deus...
Quem um dia foi embora e chega para visitar,fica surpreso quando ver,o quanto Caruaru pôde crescer e jamais poderiam imaginar...
Caruaru berço de felicidade de várias gerações,que deixaram muitas lembranças que ficaram na saudade por viverem nessa cidade, com amor nos corações...
Caruaru é uma cidade de gente de todas as idades que guardam recordações de cada época vivida,cada um conta suas lembranças e do quanto foi e é feliz nessa cidade tão querida...
O tempo passa e tudo em Caruaru se renova com amor e graça...e quando chega a noite ao subir o Monte Bom Jesus,todos ficam maravilhados em apreciar tanta beleza e tanta luz...
Pois Caruaru é terra encantada onde todos sonham em viver com as bençãos de Jesus.
Ivânia D.Farias
O livro da vida nunca deve deixar de ser escrito, mesmo que um capítulo da sua história não tenha saído como esperava, ainda asim vire a página e comece um novo capítulo.
A vida não para por que algo ou alguém não foi como desejava siga em frente vire a página e recomece.
Se sua vida pode não ter tido um começo muito feliz, mas não é isso que define quem você é, É o restante dela o que você escolhe ser, seja um vencedor não desista siga em frente
Meu terapeuta mandou eu ler um livro: "Alice no País das Maravilhas" Eu perguntei porque, e ele me respondeu: VOCÊ MUDA MUITO EM UM SÓ DIA. VOCÊ VAI SE IDENTIFICAR COM ISSO. O LIVRO TRÁS UMA MENSAGEM POSITIVA SOBRE MUDANÇA DIÁRIA. Eu perguntei pra ele em qual sentido seria minha mudança, e ele me respondeu: VOCÊ TENTA BOTAR PRA FORA “SEU REAL EU” MAS SABE QUE SE BOTAR PRA FORA VAI ACABAR MACHUCANDO PESSOAS, ENTÃO VOCÊ MUDA MUITO FINGINDO SER ALGUÉM QUE VOCÊ NÃO É, IGUAL A ALICE VOCÊ É DE VÁRIOS TAMANHOS EM UM SÓ DIA. Meu conselho: Pare de procurar coelhos.
Tudo rede social
Livro feito de papel
Rarefeito
Sem efeito...
Tudo rede social
O falado fica por dito
Tudo escrito no digital
Faz download
Faz upload
De imagem escrita
De livros quanto quiser
Sem contar que é de graça
Podia alguém imaginar
Isso acontecendo?
Livraria fechando
Sem um livro físico
Pois, ninguém tá comprando
O povo pouco lê
Consome o que vê
Acredita na TV,
Na rede social
E jornal de canavial
Livro físico virou coisa banal
Fútil, sem serventia
Porque nem se folheia
Um revista de papel
Tudo rede social
Poderia escrever a minha história
Ela daria um livro
Seria de aventura, recheada de encontros e desencontros
Onde uma garota em busca de sonhos
Te levaria a um mundo desconhecido
Onde o tudo pode ser o nada
E o nada pode ser o tudo
Te levaria para dentro do desejo
Onde você pode escolher a aventura
Mergulharia com você na fantasia
Onde o medo não existe, apenas a esperança.
Em momentos de carência(ou, quando você simplesmente assiste a um filme, ou lê um livro sobre histórias de romance) sempre iremos querer experimentar o amar. Mas, como todo prazer(os próprios sentimentos após a leitura do livro ou ter assistido o filme), o sentimento será temporário.
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