Entenda como Quiser So Nao me Julgue
Para falar a verdade, nunca estive tão bem. Por quê? Não quero saber por quê.
Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
Por que será que a gente vive chorando os amigos mortos e não aguenta os que continuam vivos?
Talvez a pergunta vazia fosse apenas para que um dia alguém não viesse a dizer que ela nem ao menos havia perguntado. Por falta de quem lhe respondesse ela mesma parecia se ter respondido: é assim porque é assim.
Não fortalecerás os fracos , por enfraquecer os fortes.Não ajudarás os assalariados, se arruinares aquele que os paga. Não estimularas a fraternidade, se alimentares o ódio.
O homem é livre para fazer o que quer, mas não para querer o que quer.
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Nota: Trecho do poema "Tabacaria" de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa.
Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem.
E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
Conquistas sem riscos são sonhos sem méritos. Ninguém é digno dos sonhos de não usar as derrotas para cultivá-los.
De alguma forma, nunca consegui me ajustar na sociedade. Não gosto da humanidade. Não tenho o menor desejo de me ajustar, nenhum senso de lealdade, nenhum objetivo de fato.
Prefiro ser perseguida pelo meu desejo, que não tem dia para acabar, do que ser abandonada mais uma vez pelo seu, que dura no máximo uma noite.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.
O que obviamente não presta sempre me interessou muito.
