Enchergar a Frente do seu Tempo Audacia
A VELHA RUA
Passou o tempo, ligeiro, distante
e a lembrança ainda uma guria
guardou aonde brinquei bastante
aquela velha rua... terna poesia!
Então, encanecido e inquietante
saudoso quis revê-la. Tão vazia
suas calçadas. Estreito instante
velhos momentos, velha alegria
Achei, por ali, tudo tão desigual
outrora garrida, agora com danos
avelhada, cansada, quase casual
Casas idosas, calçamento mordaz
iguais a mim, se foram os anos
e a velha rua, por fim, contumaz!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 de maio, 2022, 16’34” – Araguari, MG
ALGUÉM
Por muito tempo procurei pela tal poesia
falando de amor, mas, sempre esquivou
cheguei a achar que a inspiração acabou
sequer iria ter a textura, a incomum magia
E, de tanto procurá-la, na poética aportou
os encontros, os desencontros, uma folia
que nem bem surge e foge da companhia
deixando o vazio, tentando um novo voo
O tempo passa, passou, e vai passando
que leva o verso sempre a ficar buscando
quem nunca, por um amor não escreveu?
Pois, na tentativa da prosa sussurrante
cruzei com o olhar em distinto instante
e o alguém, hoje, contém no verso meu!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de maio, 2022, 19’19” – Araguari, MG
SOFRENTE CANÇÃO
O tempo amarelou meu verso apaixonado
Porém, não afastou aquela ilusão sonante
Deixou o instante imaculado e no passado
De modo nostálgica a saudade sussurrante
E, cá, eu, pelas bandas desde meu cerrado
Com sensação no peito e emoção gigante
Tão distante, me vejo, num suspiro calado
Com uma faiscante aflição, tão devorante!
Que pena! Tudo parecia não ser engano
Teu olhar tinha o sonido dum suave piano
Trazendo aquele sossego para o coração...
Mas a poesia que aparentava mais sentido
Na privação o meu desejo tornou-se diluído
Em dor, em solidão e uma sofrente canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de agosto, 2022, 16’58” – Araguari, MG
NOVAMENTE (cerrado)
Inverno, secura no cerrado, tempo ateu
Galhos desfolhados, chuviscos cobiçosos
Numa imensidão dos diversos frondosos
O ipê, na aspereza, com beleza floresceu
Melancólica brisa, surgiu, e se escondeu
Aquele horizonte em devaneios saudosos
Aguerridos gramíneos em vigores teimosos
Cá em agosto no planalto, singular apogeu
Tudo empoeirado, rara aquela boa aragem
O vendaval se atirando no infinito do nada
Desnudado os tortos galhos, díspar imagem
Mas, o cerrado convertedor, intensamente
Passa tão audacioso pela árdua temporada
Para em outubro, viçoso, brotar novamente
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 agosto, 2022, 16’16” – Araguari, MG
POÉTICO SONETO
Pode passar o tempo, seguidamente
Pode haver estória sem ter fomento
Mas quando o poeta fica sem alento
A prosa se torna morna inteiramente
Anos a fio, tendi ir em frente, tente!
Ou viver somente carente e sedento
O fado, por certo, deixará fragmento
E o versejar não terá parte da gente
O poema chora, fica contente, é amor
Desta vertente a sensação é um teor
Tem prazer, dor, mas nunca obsoleto
Tudo, o acaso, ao trovador é paralelo
Traçando um sentido delineado e belo
Contado, então, num poético soneto!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 agosto, 2022, 19’36” – Araguari, MG
A VELHA POESIA
Modificou o tempo meu, está distante
Mas a velha poesia teima na saudade
Guardou cada rima dante e o instante
Daquele tempo, de poética felicidade
E agora, a velha poesia, claudicante
Passada... poetisa tudo sem vaidade
O sentimento, nos versos, arquejante
De tanto que penou e tanta soledade
Acho a velha poesia, então, tão igual
Mesmo envelhecida todos estes anos
Não perde aquele suspiro n’alma, real
De sensação cheia, cheia de fantasia
Ela peleja, ela nubla, tem desenganos
Mas, glorifica o amor, a velha poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2023, 18’46” – Araguari, MG
BENDITOS
E o velho leme da vida, guia
A nau cambaleante garrida
Traçando no tempo ousadia
E fato de chegada e partida
Flui e seca, a bamba poesia
É o espírito em sua corrida
Doce encanto, pura valeria
Numa diversidade incontida
E pelo rumo, a vida e morte
Palmeando a face da sorte
Qual cativos nos seus delitos
E o velho leme do fado, rege
Catando ser ardiloso, herege
Mas eleitos, somos benditos!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 março, 2023, 15'06" – Araguari, MG
Erros
Vou pelo tempo e que no tempo aflito
A prosa sentimental, tropega, suada
Poesias que tagarelam com o espírito
Das faltas, vou indo pela madrugada
Poética, sofrente, fincada no infinito
Escrito no rigor de uma rima pesada
E nos meus enganos o olhar contrito
Colocando a minha alma pendurada
De tudo que finda, a vida que passa
A passo largo a ilusão que escassa
Assim, gerando nas causas, aterros
Então, equívoco e acerto o destino
Ferino autor... num quase desatino
Saturando o fado com infindos erros
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2023, 19, agosto, 20’14” – Araguari, MG
NOS BRAÇOS DA SAUDADE
Olhando pelas gretas do passado
Que já se foram pelo tempo afora
E tão recente me é aquela aurora
Que chora o sentimento. Povoado
De recordação. Ó gosto salgado
Que escorre do suspiro e implora
Os momentos idos, já sem hora
Cheios de memória e significado
Ah! dias meus que se foram, traste
Deixaste doce emoção, guardaste
A sensação do que foi a jovialidade
E resta-me agora, apenas recordar
As várias estórias e nostálgico pesar
Cá a reviver, nos braços da saudade.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 novembro, 2023, 15"43" – Araguari, MG
*paráfrase Sá de Freitas
SÓ LEMBRANÇA
Oh! Cerrado! O tempo passa e insiste
tuas várzeas feridas, no ataque, tanto
e o teu sofrimento se mistura o pranto
de irreflexão. Quanto sentimento triste
A sedução no teu seduzir ainda existe
que teima na vida em morte, vil manto
deste desencanto, num sofrente canto
que murmura, que agoniza, e assiste
Agora, cerrado, é tablado de matança
de quem te lança, feri e além avança
em busca de mudança, árduo rosário
O teu fascínio és calvário, és cenário
de extermínio, tantos... tantos, vário
deixando para atração, só lembrança.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 abril, 2024, 20’36” – Araguari, MG
ROMÂNTICA TEXTURA
Exaltarei, o amorável verso que esmera
o amor. Vem com o tempo que não para
já a paixão que a suave emoção espera
é desejada, e o bom sentimento prepara
Tem uma poética de toada da primavera
eu, só, não tornarei o desencanto apara
e, do meu sonho, quero toda a quimera
versejando aquela seduzida poesia rara
Em nome desta prosa de amor, o amor
e na sintonia, assim, sentimental e pura
aquele toque, versado com todo o ardor
Estima-se, a sensação cheia de ternura
mais vida, o poema prosado com sabor
e em cada trama uma romântica textura.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 junho 2024, 15’44” – Araguari, MG
Seu drama não era o drama do peso, mas da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser.
Acredita em anjo?
Pois e, sou o seu
Soube que anda triste
Que sente falta de alguém
Que nao quer amar ninguém
Por isso estou aqui
Vim cuidar de voce
Te proteger, te fazer sorrir
Te entender, te ouvir
E quando estiver cansada
Cantar pra voce dormir
Te colocar
Sobre as minhas asas
Te apresentar
As estrelas do meu céu
Passar em Saturno e roubar
O seu mais lindo anel
Vou secar
Qualquer lagrima
Que ousar cair
Vou desviar todo mal
Do seu pensamento
Estar contigo a todo momento
Sem que voce me veja
Vou fazer tudo
Que voce deseja
Mas de repente
Voce me beija
O coraçao dispara
E a consciência sente dor
E eu descubro que além de anjo
Eu posso ser seu amor...
Hoje eu acordei mais cedo
E fiquei te olhando dormir
Imaginei algum suposto medo
Para que tao logo
Pudesse te cobrir
Tenho cuidado de voce
Todo esse tempo
Voce esta sob o meu abraço
E minha proteçao
Tenho visto voce errar e crescer
Amar e voar
Voce sabe onde pousar
Ao acordar ja terei partido
Ficarei de longe, escondido
Mas sempre perto decerto
Como se eu fosse humano, vivo
Vivendo pra te cuidar, te proteger
Sem voce me ver
Sem saber quem sou
Se sou anjo
Ou se sou
Seu amor
Afinal, quem eu sou?
Seu anjo ou seu amor?
Tenhos asas?
Anjos protegem, cuidam
Aparecem invisiveis
Humanos tambem
Quando amam
Quero dizer
Que ja nao importa
Saber de onde venho
Se tudo que sou pra voce
E amor
E se ainda assim
Quiser voar
Te levo comigo
Te mostro as estrelas
Outros alados, Deus
A vida celeste
Depois voltaremos pra casa
E mais uma vez humanos
Nos amarmos
Ate morrermos
Pra dizer que é seu o anel
Sou o seu amor na terra
E seu anjo no céu.
Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência ! E você não deve acreditar muito nessa ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou.. sempre foi assim ! Mas deixa eu te contar um segredo: se eu for, eu não volto.
Venho sentindo uma vontade apetente de você. De seu sorriso, de seu abraço, de seu beijo, de seu cheiro. Ontem ao deitar minha cabeça no travesseiro, imagens suas veio a minha mente. De momentos. Momentos nosso. A minha enorme vontade... era de tê-lo comigo, naquele exacto instante. Hey, sinto eu sua falta.
Então, cuide bem de você. Do que você sente, do que você faz, do que você vê e agrega. Cuide dos seus, avalie a sua importância. Tome conta de si, reajuste – se, pergunte - se. Inclua o necessário, desligue o menos importante. Abra mão quando for preciso. Aumente a beleza do verbo permanecer. Descuidos são nocivos. Ligeirezas arranham.
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