Emoções

⁠O desespero era coisa do passado, descartado como um lenço pela janela de um carro em movimento.

⁠Você entra em pânico e se enfurece, depois essa calma se apodera de você e você se refaz.

⁠Até mesmo o ar entre eles parecia estar amassado, esperando para ser endireitado novamente.

⁠Dói não olhar para ela, é assim que ela é brilhante, como a luz de um vidro.

⁠Ela o quer como queria voar do telhado quando tinha dez anos, quer lançar todo o seu corpo naquela catástrofe até que esteja totalmente exausta...

⁠A dor concede a algumas pessoas a sabedoria que a inocência nega.

⁠Nosso amor foi um sonho tão poderoso que nada, nem um único dos poucos avisos em meu ambiente, foi o suficiente para me acordar. Foi o pesadelo mais terrível. Foi uma violência indizível.

⁠A raiva cancela o bom senso!

⁠Você pode viver uma vida longa sem nunca se machucar - e nunca ser feliz. Se é isso que você quer...

⁠Ter se machucado tanto, sentir tanto medo e saber que a única maneira de ser realmente feliz é correr o risco de passar por tudo de novo? Essa é uma escolha terrível de se fazer.

⁠Não consigo dormir e, entre os minutos, através dos segundos que não chego a precisar, se intromete uma inquietude absurda mas que se impõe como decisiva...

⁠Me diga, me diga, pergunto. Não comece, não continue, durma, você responde. Mas eu não posso, não sei como dormir se não recupero a parte perdida, se não escapo do buraco nefasto do tempo que preciso...

⁠Escolher amar é correr riscos.

Eu estava grata por compreender naquele momento que a vida pode realmente ser tão simples quanto inspirar e expirar. E eu estava grata por saber o que era amar a pessoa que caminhava ao meu lado tanto quanto a mim mesma. Tão profundamente, tão furiosamente. Tão impossivelmente.

Estava tão triste que poderia se isolar do mundo e chorar e chorar até que tudo o que restasse fosse apenas uma pilha de roupas no chão.

⁠E se seus cérebros não estivessem sobrecarregados, mas sem inibição - forçados a contar com tudo que estava vindo em sua direção, a cada segundo de cada dia?

⁠Definir felicidade é um negócio complicado e muito subjetivo. As definições científicas de felicidade continuam a ser controversas e debatidas calorosamente. A emoção não parece ser algo que se encaixa em um algoritmo de aprendizagem de sobrevivência do mais apto. Mas podemos estar razoavelmente seguros de que a expectativa de uma recompensa não é felicidade.

⁠Crianças tão jovens enxergam as coisas fora de proporção. Principalmente coisas ruins. Elas não conseguem colocá-las em perspectiva e não podem ver além de como se sentem mal agora.

⁠Sem gestos evasivos, sem desviar o olhar, nenhum dos sinais involuntários com os quais nossos corpos nos traem.

A ideia me apavora. É como apostar toda a sua existência em um gigantesco golpe de sorte.