Emmanuel Marinho Pao Velho
Pagando bem, que mal tem?
O problema é que está faltando grana para pagar bem.
Tem gente já usando as frases:
Pagando que mal tem?
Faz no cartão?
Divide em três?
Tem desconto para pagar em dinheiro?
Aceita ticket?
A punição pode ajudar, mas não é suficiente para transformar uma pessoa ruim, porque a maldade está muitas vezes enraizada no sofrimento que não podemos ver a partir do exterior.
Para transformar o mal, devemos curar o sofrimento, e isso só é possível com a compreensão e atingindo o coração.
Da fábula Histoire de le Roi Malhereux.
Aos que se perguntam como podemos ter tantos canalhas, ladrões e corruptos na política eu respondo que numa democracia, os representantes têm a cara da maioria que os elegeu.
Eu sei lá o que eu quero...
A frase pode ser boa ou representar grande parcela dos indivíduos.
Mas não é o meu caso pois eu sei o que não quero.
Dizem que a idade trás sabedoria e humildade.
Mas também pode ser a percepção de que se não conseguimos todos os resultados lutando muito, não conseguiremos agora que não há tanta força,tanto tempo, nem tanta razão.
Então sabendo o que não quero, sabendo o que possivelmente não vou conseguir, fica claro que eu sei o que eu quero.
Quero descobrir motivos para continuar não mais por ideais nem ideias,mas para ter, como num livro, ou numa novela, um final que não precisa agradar os espectadores mas é o final desejado pelo autor.
O texto não exaure a frase mas dá uma resposta rápida, como devem ser todas as respostas quando se sabe do tema.
A gente pode não conseguir o que quer, mas deve aproveitar o que tem.
O dia a dia...mais um dia...
Na nossa idade temos o privilegio de fazer o que queremos e não fazer o que não podemos.
Pancreatite I
Nos primeiros dias de 1.992 sofri uma crise aguda de pancreatite desencadeada pela bebedeira na noite do Ano Novo.
Fazia mais de dez anos que eu bebia muito mais do que o socialmente aceito e se meus amigos perdoavam os meus vexames, o pâncreas não perdoou e se incumbiu de me dar um grande susto com uma crise hemorrágica necrosante, que me enviou a uma estada forçada de setenta e cinco dias no Hospital Albert Einstein em São Paulo.
Minha salvação foi mais que perícia dos médicos, segundo eles mesmos, foi um milagre operado pela providência, que muitos acreditaram Divina.
O aviso serviu e passei vinte e cinco anos e sete meses sem colocar uma gota de álcool na boca o que me gerou uma economia de muitos milhares de reais.
No limiar dos meus setenta anos e com tempo suficiente para repensar a vida e muito mais, resolvi que era hora de voltar a beber, agora socialmente, como vejo uns poucos amigos dos que me restaram praticarem.
Pensada e deliberadamente fui até a geladeira e peguei na prateleira das cervejas da Amanda uma latinha.
Munido de um copo, despejei a metade e vim para a frente do computador, pronto para uma das mais desafiantes experiências dos últimos vinte e cinco anos.
De gole em gole saboreei todo o copo e fiquei surpreso com a similitude com a minha Brahma sem álcool e nenhum resquício de mal estar ou tontura.
Chamei a Amanda, recém chegada em casa e contei a ela minha aventura. Mais do que depressa ela falou:- mas você em certeza que pegou a cerveja com álcool? Minha única certeza é jamais confiar nas minhas certezas e fui ver o resto da cerveja na geladeira e era 100%...sem álcool!
Não fiquei por aí….aguarde o final, ou seria, o recomeço da minha história com o álcool.
Nem sempre quem desiste sai perdendo…
Os politicamente corretos que me perdoem mas cansei de nadar contra a maré, de ouvir e falar de corrupção, de defender a minha praia, o meu bairro e a minha cidade.
Perdi todas as lutas em que me meti, inclusive no difícil mister de participar da administração do condomínio onde vivi. Menos por parte dos maus elementos, mais pela falta de união dos bons, aqueles que conhecem as regras mas temem impô-las, ou lavam as mãos como Pilatos.
Virei a página! Não me convidem para associações, reuniões nem conselhos.
Não peçam a minha opinião e nem venham colocar as suas queixas como problemas que também seriam meus.
Tive que me virar sozinho mudando de endereços, colocando janelas à prova de som, esquecendo dos cachorros que latem dia e noite e do porteiro mal educado que bebe em serviço.
A lista é grande, cansativa e nem merece ser lembrada.
Agora eu só quero ser feliz!
Podem existir diferenças entre conformistas e conformados, mas o que se nota hoje em dia são conformistas conformados com a situação em que se encontram.
Mercê da impossibilidade total ou parcial, e da grande dificuldade em superar obstáculos, estamos todos deixando como está, para ver como é que fica.
E por falar em conformismo conformado, não há como comparar o vigor da juventude com a debilidade da velhice, ainda que muitos queiram colocar na balança a experiência.
A defesa intransigente e o otimismo irreal em avaliar certas vantagens da experiência, tornam uns velhos muito chatos.
A fotografia é como a vida da gente. Tem que ser boa de ver, boa de viver, boa para contar e mostrar para todo mundo.
Do mais belo sonho ao pior dos pesadelos.
Não sei o que é pior, acordar no meio da noite com a dura e fria realidade de uma lage que serve de cama em qualquer cela, ou nem ter conseguido algumas horas de sono, que o livrariam dos mais assombrados pensamentos que certamente assaltam sua cabeça.
Do alto dos seus quarenta e quatro anos, todos vividos no conforto que muito dinheiro proporciona, cercado de serviçais de toda natureza e carregado por carros esportivos ou blindados, no seu iate de cento e tantos pés, ou voando em jatinhos particulares de última geração.
Do luxo despudorado de um para outro hotel multi estrelado, à segregação, à humilhação e à solidão com seus arrependimentos. Assim têm sido as últimas noites de Joesley Batista e de outros protagonistas desse drama de horror sem roteiro que se desenrola no filme Brasil.
Mas o pior está por vir.
O desespero assalta menos quem nada tem do que quem tudo perde.
Não será preciso esperar pelo castigo divino. Para uns o inferno será aqui na Terra.
Se me fosse oferecida a possibilidade de ser jovem novamente eu perguntaria o que eu não poderia fazer.
E se a resposta fosse “não errar” eu possivelmente não aceitaria a oferta, porque foi de muitos dos meus erros que eu tirei o prazer que tenho hoje de ter vivido intensamente.
Como posso te chamar de amiga se um dia e chamei de amor?
Acho que as palavras amar e amor não têm só um significado nem podem ser bem definidas fora do contexto do tempo.
Quem pode garantir que uma namorada do passado tenha sido ou não um amor?
Tenho duas ou três amigas aqui no Facebook que foram minhas namoradas. Não teclo com elas mas curto algumas postagens e fico feliz de revê-las nos caminhos que escolheram.
Certamente eu posso chamar de amiga quem um dia eu chamei de amor.
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