Embora
não.
não é porque passou que foi embora.
tem coisas que continuam me atravessando
mesmo depois de eu dizer que já não me importo.
a dor não se comporta com dignidade.
ela some, volta, veste outra roupa.
às vezes, aparece com a cara da minha paz.
e sorri.
•
você acha que sabe do que estou falando.
mas não sabe.
porque não é sobre o fim.
é sobre tudo que continua vivo dentro de quem sobrevive.
sobre o que insiste em crescer
mesmo depois de ter sido negado.
•
eu nunca fui boa com adeus.
talvez porque sempre tive mais talento pra silêncio.
aprendi a sair de cena ficando.
aprendi a suportar o insuportável com classe.
aprendi a me retirar sem que ninguém notasse —
mas sempre esperando que alguém notasse.
e ninguém notou.
•
o mundo não quer saber se você continua doendo.
ele quer saber se você respondeu os e-mails.
se deu bom dia.
se tá bem nas redes.
é isso que me assusta:
o quanto dá pra sobreviver
sem ninguém perceber que você parou de existir.
•
não é tristeza.
tristeza, pelo menos, justifica o choro.
isso é outra coisa.
isso é dormir de lado por costume.
é rir com meio rosto.
é esquecer de si com competência.
•
o nome disso?
não sei.
mas ele aparece no espelho.
na forma como evito o toque.
na hora em que não suporto mais música.
ou quando me visto inteira,
mas sei que falta alguém dentro da roupa.
•
e é aí que mora a crueldade:
quando a dor vira parte da mobília.
e ninguém mais estranha a tua ausência.
porque você continua #presente demais
pra ser procurada.
•
esse texto não tem #moral.
não tem pedido de ajuda.
não quer #compaixão.
ele só existe porque
tem dias em que ser forte é mentira.
e ser sincera é o único luxo que me resta.
—
Juliana Umbelino
#AmoLer #Leitura #Literatura #Sucesso #Silêncio #Pausa
*Oh, Rosemary*
Oh, Rosemary,
eu sinto a dor que te pesa,
e embora não possa carregá-la por ti,
saiba que meu amor é sincero,
tão imenso que me sufoca,
tão profundo que escapa das palavras.
Amo-te ao ponto de querer parar o tempo,
de desejar que o dia nunca acabe,
só para ouvir tua risada
ecoando em meu peito,
só para amar-te mais uma vez.
Oh, minha querida Rosemary,
se meu amor fosse feito de horas,
o relógio jamais se calaria.
Saudades você me traz...
Esse sentimento passa mansinho em meu coração.
Talvez ele vá embora, como as folhas no outono ou, quem sabe, desabroche em flores na primavera.
Há o seu cheiro...
Aproveitarei cada segundo desse sentimento, pois nele encontro paz.
Penso menos na minha carreira, embora não goste tanto desse nome, penso mais na minha vida. Onde quero estar, com quem quero estar, ou trabalhar. Estou menos ambicioso profissionalmente e mais grato.
Jesus não perguntou o que queríamos que fosse feito a respeito da humanidade, embora tivesse vindo por nós. Isso se chama compreensão de propósito. O sacrifício é sobre um novo endereço, nem todos desejam voltar para casa.
Você diz que vai embora.
Eu digo “vai”, mas minha voz treme.
Você diz que me odeia.
E eu rio. Porque sei que no fundo você só não sabe mais amar.
Nem eu.
A gente se estraga melhor do que se ama.
Mas tem alguma coisa nesse caos que parece casa.
Alguma coisa doente, instável, mas familiar.
Escreva!
Textos que posto não são só para mim,
embora eu não ligue se lhes interessa.
Eu escrevo mesmo sem estar afim.
Eu escrevo mesmo quando estou com pressa.
Meio estagnado, antes me sentia
e já nem lembrava de meu ideal.
Distraído, vi que algo me impedia,
me impedia de ver meu potencial.
Esse algo era a falta de planejamento.
Planejar me faria ir mais além,
não trocar a vida por um só momento,
nem viver tentando impressionar ninguém.
Escrever me ajuda a me planejar.
Dia-a-dia, ideias ou pensamentos.
Quando estou em dúvida, eu devo voltar
e releio trechos de alguns momentos.
A ideia é fazer com que você, leitor,
compreenda a mensagem que estou trazendo.
Escrever não vai tirar a sua dor,
mas te faz entender por que está sofrendo.
Busque suas formas de reflexão.
Escrever ajuda a se aprimorar.
Quando estou confuso ou sem motivação,
essa é minha forma de me concentrar.
Só estou expondo meu ponto de vista.
Quando estive mal, foi isso o que eu fiz.
Só mantive o foco, fui otimista.
E escrever sobre isso me deixou feliz.
Confia no processo;
Embora árdua luta, lida com vozes contrárias
Milita com confiança no progresso
A mente inquieta é resposta arbitrária
Dos planos que no âmago de sua alma deseja
Mas, do coração procede a força motriz
Pulsante, é dele a voz que vibra e assim te diz:
Tudo passa... A arbitrariedade da vida é temporária.
Sexta-feira, 11 de Abril de 2025 São Paulo, SP
Você foi embora num dia qualquer. Eu não pude fazer nada.
Finjo que também não estou aqui.
É mentira (mentiras são amargas como remédio para enxaqueca).
Saudade é isso: um vício idiota como cassinos online.
Ainda olho o celular esperando uma mensagem sua.
O tempo não muda nada.
Hoje fiz um passeio pelo meu passado, e percebi que embora eu tenha viajado por quilômetros e quilômetros em direção ao futuro ainda me vejo agarrada ao que não aconteceu... em histórias que não terminaram , em sonhos que não se realizaram em projetos que não se concretizaram. E mesmo com todas as vírgulas em seus lugares, os pingos em seus is, me pergunto: Porque um ponto final ainda não encontrou o seu final?
Devemos encolher o Estado e restaurar a liberdade e os mercados. Embora não haja dúvida de que houve e há fanáticos desse discurso libertário-leve, a maioria das pessoas que o divulgam, e todas aqueles que estão no poder, não têm intenção de encolher o Estado. Pelo contrário, a intenção delas foi e continua sendo recriar o Estado para realizar outras coisas.
Há duas espécies de orgulho: o que, embora discreto em temperaturas amenas, agiganta-se quando desafiado; e o que, apesar de aparentemente grande, pouco cresce quando posto à prova.
Meu diário público (Aline Caira-Aline Kayra) pseudônimo
Ao me recolher neste espaço que, embora desordenado, chamo de lar, a reflexão me invade. Há mais de dois meses, em um momento de extrema vulnerabilidade, recorri a familiares, testemunhando a indiferença de outros que, diante do meu desespero, abandono e sofrimento incomensuráveis, optaram pela exploração em vez do amparo.
Aqueles a quem supliquei por auxílio vislumbraram, em sua ganância, não a minha recuperação, mas a apropriação de bens materiais desprovidos de valor intrínseco, objetos que adornavam meu lar e que, em seus olhos egoístas, representavam meras oportunidades para benefício próprio. Em sua busca implacável por vantagens pessoais, almejaram, em essência, a minha desestabilização em nome de seus próprios interesses.
Minha reputação foi injustamente maculada. Um passado que deveria permanecer adormecido por duas décadas foi despertado, exposto e distorcido perante a sociedade, com o objetivo de me fragilizar, desmoralizar e contaminar minha dignidade. Não satisfeitos, teceram uma teia de mentiras cruéis, incitando o linchamento moral por parte de uma comunidade manipulada. Apelos por socorro a familiares, incluindo duas tias que prometeram união e apoio, foram recebidos com silêncio e negligência. Nenhuma ligação, nenhuma visita, nenhuma demonstração de preocupação genuína; nada, absolutamente nada.
Paradoxalmente, o auxílio que me permitiu sobreviver veio de fontes inesperadas: desconhecidos que estenderam a mão sem segundas intenções, movidos pela nobreza de seus corações. Em momentos de angústia, a prioridade deveria ser o cuidado e o amparo àqueles que clamam por ajuda. Contudo, a crueldade humana, essa patologia que infelizmente aflige a nossa espécie, prevaleceu.
É lamentável que, apesar do sacrifício redentor do filho de Deus, que nos ensinou o amor, a compaixão e a cura para a aflição alheia, a humanidade ainda sucumba à indiferença e à exploração. Mas, enfim...
Apesar da dor lancinante e da traição sofrida, recuso-me a ser definida por essa experiência monstruosa. Escolho transformar a amargura em resiliência, a desesperança em força. A cicatriz que carrego será um lembrete constante da capacidade humana para o mal, mas também da extraordinária bondade que reside em corações inesperados. A partir deste ponto, a minha jornada será guiada pela gratidão àqueles que me estenderam a mão e pela determinação de reconstruir a minha vida sobre alicerces de integridade e esperança. O silêncio dos que deveriam ter me amparado será um combustível para a minha voz, uma voz que ecoará em defesa daqueles que, como eu, foram abandonados à própria sorte. A minha história não será um epitáfio, mas um manifesto de superação e renascimento.
Adoeceram-me, mas a fé me curou. Estou aqui, saudável e lutando como uma leoa em defesa de minha prole. Alcançarei um lar para nós. Tenho fé em Deus; na rua não permaneceremos. Se necessário, buscaremos o amparo do abrigo da prefeitura até que eu possa proporcionar um lar digno e pacífico para mim e minha amada filha, para que possamos seguir nossas vidas na santa paz de Deus.
O importante é que estamos lutando e não desistiremos. Onde existe amor, o fracasso não prevalece.
Só Observando
Devagar eu vou vagando
E de longe observando
Sinto falta vou-me embora
Cada um tem sua hora
Vem o sol com seu calor
Chuva traz o meu amor
Quero mais felicidade
Para enganar essa idade
Acha graça faz de bobo
Vive a vida pega o troco
Na paz eu vou vivendo
Cada dia aprendendo
Devagar eu vou vagando
E de longe observando
O luto vem e, sem demora, surge a hora de um novo agora, sem o amor que foi embora. Resta a dor que aflora na alma de quem chora e implora pela paz de outrora.
Agora quero ver tudo. E embora nada do que entrar fará parte de mim quando entrar, após algum tempo tudo se juntará lá dentro e se fundirá em mim.
É no simples que sou conquistada — e também é na falta dele que vou embora.
A conquista não deve estar apenas no começo, mas do início ao fim da vida.
Não deixe que a rotina do dia acabe com o que vocês sentiam um pelo outro.
Não permita que os problemas afetem seu relacionamento.
Hoje em dia, muitas pessoas têm medo de dizer o que sentem, o que as desagrada, o que as machuca — com receio de serem vistas como fracas.
Coitadas... Mal sabem que a base de um relacionamento, além do respeito, confiança e lealdade, é também a conversa. O diálogo.
Conversem.
O silêncio constrói muros — e muros afastam o que há de melhor.
