Elogios dos Olhos
Ele tem um Jeito diferente de todos os meninos que eu já beijei , ele tem um jeito que me envolve a ele, sem querer. Toda vez que eu olho nos olhos dele e ele me olha de volta com aquele olhar, que parece que me chama e eu fico louca por aquele olhar dos olhos castanhos.
Quero ir onde os olhos não possam enxergar; não quero saber do tempo desde que ele me traga sem restrições os pensamentos de dentro. Procuro manter-me no horizonte para conseguir sempre enxergar o paraíso de ser eu mesmo nestes novos e tenebrosos tempos.
É difícil ser a luz para meus próprios dias. Abro os meus braços sem saber se receberei o que espero, essa espera é uma incógnita confusa e ás vezes até dolorosa.
Através de reflexões me pego vendo páginas da minha vida ao avesso e essa rotatividade de pensamentos fazem meus dias passarem sem que eu perceba que o amanhã já é hoje e que o hoje na verdade é ontem.
"...A noite veio e eu continuei a respirar no mesmo ritmo. E quando a madrugada clareou o quarto, as coisas saíram frescas das sombras... Senti a manhã se insinuando entre os lençóis e abri meus olhos para uma sensação renovada e tranqüila como se Deus tivesse dissolvido em mim, a eternidade..."
Na primeira vez que eu vi teu rosto, eu pensei que o sol nasceu em teus olhos e a lua e as estrelas eram presentes que você deu para os céus densos e infinitos, meu amor. Para os céus escuros e vazios. Na primeira vez que eu beijei tua boca, eu senti a terra se mover em minhas mãos como o coração trêmulo de um pássaro cativo que estava ao meu comando, como uma bússola intrincada que estava em minha direção. Na primeira vez que eu me deitei e senti teu coração tão perto do meu, eu soube que a nossa alegria iria completar o mundo e navegaria até o fim dos tempos, meu amor. Iria durar até a última gota do pecado contida neste cálice. Na primeira vez que eu vi o teu rosto, eu sabia que levaria comigo nestes bolsos vazios, mais que uma memória. Um desejo infindável.
Ao olhar em seus olhos, vejo a felicidade por estar completando mais uma data de aniversário, assim como o brilho por saber que mais uma etapa foi vencida e o preparo para a próxima que há por vir com muito mais sabedoria.
...em uma era de conversas cada vez mais virtuais,
menos ligações e menos contato pessoal,
em uma era em que sentimentos são demonstrados
e sabidos apenas por envio e rebebimento de emoticons,
é difícil encontrar alguém,
que olhe dentro dos seus olhos
e saiba sentir o que,
realmente, se passa ali,
dentro de você...
Quando olho nos seus olhos, me perco em teu sorriso, seus beijos me guiam por um arco-íris, nele encontro a terra encantada. Lá a magia é o nosso amor.
Beijou-a
fechou os olhos e partiu...
levou consigo a melhor lembrança:
o sabor dos lábios macios dela que não cansavam
de lhe lembrar que a última coisa que morre é a esperança...
Há lágrimas em seus olhos,
mas há orgulho demais para deixá-las cair
então prefere fingir...
Toque-o,
e ele se esfarela...
uma carcaça
quando longe dela.
E você se foi...
sem dizer adeus,
sem beijar os lábios meus,
abandonou tudo em mim que era seu.
O que faço agora
que você foi embora?
Choro todo o choro guardado em mim?
Espero toda a esperança chegar ao fim?
Suplico pra você voltar pra mim?
Aceito que seu amor chegou ao fim?
Eu te amo... e vou te amar até o fim.
Volta pra mim... volta sim...
eu vou te esperar até o fim.
Sentado aqui te vejo. Vejo minha vida, o futuro espelhado num denso brilho de olhos lupinos. A grande beleza de um pequeno ser.
E me pergunto se não é a vida novamente me preparando uma cilada: voluptuosa cilada! As marcas de um triste passado me faz temer o incerto futuro. Ah, o amor! Diga-me, porque não podes ser verdadeiro se quem me diz que é verdadeiro verdade não fala? Serás que realmente existe? Ou é simplesmente um sentimento criado para suprir a necessidade de não se estar sozinho?
A certeza que tenho se torna incerteza quando penso que ti tenho e ai vejo que já não tenho mais nada...
E se segue, a tortuosa e incógnita estrada da vida.
O brilho nos olhos muda com o tempo
Desfaço-me de meus planos
e mudo de direção,
rumo para o norte
pretendendo a sensatez.
A muito abandonei esta história de sorte,
não que seja definitiva esta minha escolha
é que ando meio desacreditado desses jogos,
sabe como é não é mesmo?
Ando sendo direcionado pelos ventos,
os que vêm do sul.
Ando me deixando levar pelas correntes torrenciais
que movem as marés,
sigo agora navegando por novas águas
explorando mares novos,
desconfio que a maturidade muda-me aos poucos
e mudando-me, mudam também as minhas escolhas.
Sinto meu corpo envelhecendo,
minhas mãos estão cada vez mais lentas,
os olhos já não têm o mesmo brilho.
Meus segredos mudam com o passar do tempo,
desnuda-me o tempo,
assim como desnuda-me o espelho
e desconforma-me o vento.
Bom mesmo é tirar tempo para educar meus olhos.
Ensino-os a se aquietarem e esmiuçar o mundo
atrás de beleza e poesia.
Isso faz de mim um grande otimista, ou um grande tolo,
mas sendo de um jeito ou do outro, faz de mim um grande algo.
Como era bom beija-la e sentir todo meu amor brotar na pele. Como era bom abraça-la e sentir seu rosto no meu.
Como era bom olhar em seus olhos e ver tudo que eu queria na minha vida.
Como era bom dizer que te amava e ver aquele sorriso sorrindo pra mim.
Como era bom, Como era tão perfeito...
Dissolvo teus instintos
em meu nu, em meu
despejar de delírios.
Morda-me como quem
possui, possua como
quem não tem pressa,
quando o tempo cessa
hei de querer-te mais...
De olhos fechados os
sentidos do mais e mais
sinta! São meus lábios
a caça dos teus
percorrendo-te todo
em atalhos e delongas,
em detalhes e curvas.
Passeio suavemente como
ave a flutuar e então me
atiro em frenesi como
faminto a te devorar...
Nos olhos em pensamentos,na frases de cada dia se esvai e fica o sombrio do entardecer,só se resta o que presta a dizer,as vezes vai o que si tem,olhos vai muito alem.
É preciso de muita fé,no físico, na alma,no pensamento,no deserto o relento,começa o que começa,haja presa para tentar,são meses tão longo e não passa o que não para de chegar,sinta o cheiro pelo ar,ao entardecer do amanhecer da brisa do nosso mar.
Te ver e não poder te tocar,
é como que estar no céu e não poder voar.
Te ver e não poder te tocar,
é como que estar no meio do mar e não conseguir nadar
Te ver e não poder te tocar, é como fugir de algo que não se consegue enxergar.
Te ver e não poder te tocar,
é como pedir perdão a não vai perdoar.
Por isso fecho meus olhos,
Para não te ver sem poder de tocar.
O silêncio
Dos gritos ao peito negado
e a boca que as mãos cega
dos beijos que nunca mais beijaram os lábios
em tão arbitrária censura padece.
Monossilábicas falas se apresentam
desaparecem das frases os verbos
subitamente silenciadas, somem também as palavras
logo desistem de compor tão pobre repertório.
E as palavras antes tão docemente pronunciadas
ao serem censurados por seu algoz censor
para todo o sempre cessam.
Murcham o peito sem os gritos
murcham os lábios sem os beijos
e as mãos murcham em cólera.
