Efemeridade do Tempo
Com a noção de eternidade, o sempre nem dura tanto tempo.
Ao ter esperança, sonhar é fagulha de desejo.
O que é errado, às vezes, auxilia.
E saber que o Sol sempre brilha é, das certezas, um lampejo.
Logo, seja simples ou complexo:
Relatividade não é física, é poesia.
Felicidade é momento, é instante e pode durar o tempo que você se permitir estar feliz! Permita-se Mais
Durante a vida, em grande parte do nosso tempo dizemos aos outros, e inclusive a nós mesmos: Naquela época tudo era mais fácil. E é compreensível de certa forma, mas não é uma verdade absoluta.
Dizemos isso porque hoje temos mais conhecimento que no passado, e assim é a vida. Hoje somos mais sábios que o ontem, e isso significa que não devemos nos prender ao passado imaginando como tudo aquilo poderia ter sido diferente e asfixiar o presente. Usemos o conhecimento adquirido ao invés de nos prender a um passado inalcançável.
Antes que a efemeridade do tempo, roube o que de mais precioso te dei, envolverei-o nesse sudário de encanto, e o sepultarei aos pés do sagrado altar, das minhas mais doces memórias.
Eu não sei dizer quanto tempo dura o amor, mas sei que ele pode ser infinito se infinito for o respeito.
O valor do casamento não está no tempo que dura, mas na profundidade com que transforma as vidas que se entrelaçam.
Essa noite tive um sonho que eu tinha saídas durante um tempo, mas me pegava em um lugar em que estava acompanhada de outra pessoa que me ajudava. Num determinado momento nos víamos sem saída. Aí andávamos e encontramos duas pessoas conhecidas. Uma foi receptiva. A outra só não foi comigo. Assim mesmo eu dei um beijo em meus dedos e coloquei na sua cabeça e disse-lhe que se sentisse beijada. Isso me mostrou que sou gentil até quando estou em situação difícil. Não havia saída da, até que uma delas disse que tinha a chave. Ficamos felizes. Era só girar a chave. Porém tinha outro obstáculo. Devíamos subir num parapeito e se pendurar para conseguir concluir a saída dali. Eu recolhi minhas coisas e me preparei para ir. O sonho acabou. Acordei pensativa.
A felicidade de hoje em dia só dura o lapso de tempo entre o "desejar e comprar", o fútil.
(Victor Antunes)
" A MORRER "
Durante o tempo todo já sabia
que ao fim, na apoteose, o seu enredo
não mais teria encanto e nem segredo
restando só manter a fantasia!
Fez de confete o anseio seu, o medo,
e a serpentina envolta na magia
foi toda essa paixão que lhe envolvia
que, bem sabia, acabaria cedo.
Mas desfilou seu sonho na avenida
completamente tendo, a alma, cingida
a congelar, o tempo, um só instante…
Viveu intensamente o seu momento
com todo o ardor real do sentimento
como a morrer pra tudo o mais restante.
Sinto medo da coragem que tenho
Me movia em meus pensamentos durante o tempo que me mantive estático.
O silêncio falava comigo, na noite daquele dia.
Expressei calmamente meu nervosismo o falei sem dizer nada.
Enfrentei os gigantes que eram pequenos diante da imensidão de meus pensamentos.
Venci, sem ter lutar, escapei, sem precisar fugir, pulei para baixo e alcancei o topo do desafio que me era impossível.
Encontrei coisas que não procurava sem perder o que já havia achado.
Me deparei com um lugar fechado que não havia paredes, onde a escuridão era a maior fonte de luz.
Então um abrigo descoberto, onde o fogo se encontrava apagado, percebi que o óbvio não fazia sentido, e a lógica era irracional, no mundo de coisas contrárias onde se acha o que nunca foi perdido.
Neste momento tive medo da minha coragem, de continuar percorrendo sem sair do lugar.
Um desassossego trazia paz, já que a guerra portava bandeira branca, e os inimigos eram meus aliados.
fui embora, mesmo permanecendo lá por momentos que me pareciam eternos.
Tive a coragem de sentir medo para saber a hora de recuar, e atacando fiz o caminho de volta a um lugar desconhecido, então senti medo da minha coragem de enfrentar tudo de novo, sem repetir o que já fora feito.
Voltei a ter vida, sem ter enfrentando a morte, lutei com ela em pensamentos e me esquivei antes que a visse.
Por isso tive medo da coragem, mas permanci vivo ao matar esse medo.
E hoje conto a história do futuro que passou em minha mente.
ENDENTEU TDUO?
Eis que em tudo há o princípio, o durante, e o fim –
estejamos preparados, o tempo todo.*
* [Lucas 21 : 36] "Vigiai, pois, em todo o tempo e orai, a fim de que vos
torneis dignos de escapar a todos esses males que hão de acontecer, e de
vos apresentar de pé diante do Filho do Homem.'"
Durante muito tempo procurei a felicidade sem saber que era impossível encontrá-lá em campo de constantes guerras.
Sinto-me como se estivesse ficado durante muito tempo debruçado na janela de minha alma vendo a vida ser vivida pelos outros.
Daiane & Diane — a história de mim em mim
Durante muito tempo, eu fui Daiane.
Daiane com “i”, de intensidade.
Daiane, a que mordia o mundo antes que ele me engolisse.
A menina que aprendeu a se defender muito antes de aprender a se amar.
Eu tive que ser forte.
Tive que crescer rápido.
Tive que virar mulher quando ainda nem sabia ser menina.
Fui afiada, direta, racional.
Eu falava o que pensava — sem pensar no que o outro sentia.
Não porque eu era má.
Mas porque eu não sabia como cuidar sem me machucar.
Daiane era inteligente, sedutora, estrategista.
Ela sabia sair de qualquer lugar —
mas não sabia ficar em nenhum.
Ela conquistava tudo, menos o direito de descansar.
Ela era potência pura…
mas se sentia sozinha demais para ser verdade.
Até que um dia, em silêncio, ela começou a cansar.
E foi aí que, sem fazer alarde, nasceu Diane.
Diane com "e", de essência.
A mulher que brotou da menina ferida.
A que não precisou apagar a dor,
mas resolveu transformá-la.
Diane é quem eu sou agora.
Não perfeita. Não pronta.
Mas mais leve.
Mais doce.
Mais inteira.
Eu não deixei de ser Daiane.
Só deixei de lutar contra ela.
Hoje, eu abraço.
Hoje, eu acolho.
Hoje, eu escrevo.
Porque escrever me ensinou a sentir sem medo.
Me ensinou a dizer com beleza o que antes eu dizia com dureza.
Me deu a chance de amar sem implorar.
E de me amar sem armadura.
A menina virou palavra.
A mulher virou ponte.
Entre o que fui e o que escolho ser todos os dias.
Eu sou Daiane quando preciso lembrar de onde vim.
E sou Diane quando escolho para onde vou.
No fundo, continuo sendo uma só:
essa mistura de cicatriz com luz,
de silêncio com verbo,
de lágrima com poder.
E hoje, no dia do renascimento,
eu não celebro só o que nasce —
eu celebro o que, dentro de mim, deixou de fugir e escolheu permanecer.