Educação e Valores Morais

Cerca de 18161 frases e pensamentos: Educação e Valores Morais

LOUCAMENTE

Fora de mim num
- Desassossego permanente


Desassossego em desapego
- Total desalinho


O meu corpo manifesta-se
- De variadas formas


Em sombras permanentes
- Talvez entenebrecido


Tolda as minhas loucuras
- Há muito dementes.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

SOBREVIVER

Nas paredes de pedra calcária da entrada
Esvoaçamos já pelas escadas de fragas
Acorrentamos os nossos nomes na hera
Inventamos traços onde nós nos amamos

Concordamos nas palavras como se fossem
De um último adeus, de um último comboio
Que partiu para longe sem, sem ti, sem mim
Janela de casa que dava para o florido jardim

Sente-se o cheiro de alcatrão numa velha canção
Ignoramos as sombras fingindo as mentiras soltas
Como uma voz que sussurra na secreta passagem
Olhar das minhas pálpebras num belo vestido roxo

Sobrevivemos a tudo a todos com coragem infinita.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

LUZ DO SOL

Como na manhã que brilha a luz solar
Ao amanhecer eu te darei a minha vida
Onde de luto esta o meu pobre coração
Deixei as minhas flores num túmulo roxo

De olhos abertos, no limiar do teu desejo
Eu sou a escrava, dos meus sofrimentos
De lágrimas nos olhos do esquecimento
Na sepultura do desejo, rasgo a mortalha

Como uma lâmpada acesa de óleo reflexos
Brasas de raízes, oliveira de madeira verde
De pérolas, do mar de uma viagem longa
Luz sol quente de ti, de mim, a cada manha.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

TERRA QUENTE FRIA

Estas fragas da serra que eu tanto amo
Estas estevas que me aquecem o peito
Este ar que os meus pulmões respiram
Esta terra que vive agarrada a minha pele

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

Abraço todos os teus sonhos
- Porque tudo em mim ama-te.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

O nosso grito no silêncio
É o aroma fresco da manhã.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

Uma mulher...
Deve ter a fragrância perfumada
Não deve cheirar a álcool, ou ainda a tabaco.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

ARDÓSIA DE FISGAS

A ardósia é cega de palavras
No crepúsculo dos teus sonhos
Despida de letras em corpo nu
Comi, bebi, do teu belo corpo

Amei, desejei também ser amada
Na entrega de quem já me amou
Que conseguiu ler as minha páginas
Do que sou, cheia de sentimentos

Com a humildade de todo o meu ser
É não querer, viver só, por viver
Numa necessidade louca de amar
Fisgas de tantos loucos momentos.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

O VENTO

É só o vento que me traz todos
Vestígios que me lembram de ti
O mar fala no horizonte já vago
O nevoeiro tece nuvens macias

Os suspiros de cores de aromas
Relata o inverno a tentar despertar
Não chove lá fora, chove dentro
Do peito profundo talvez molhado

De tantas memórias tuas já perdidas
Esquecidas de mim num sopro gelado
Para salvar a minha alma em ruínas
Afastei-me de todos os nossos silêncios.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

Fica amor
Enquanto houver
- Noite ou dia
Houver eu, tu, nós.

☆*゚ ☆*゚ ☆˜”°•☆ ☆˜”°☆

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

É só o vento que me traz todos

- Os vestígios que me lembram de ti.

ᶫᵒᵛᵉ♥ ᶫᵒᵛᵉ♥ ᶫᵒᵛᵉ♥ ᶫᵒᵛᵉ♥

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

Temos de dar graças à força
- De Deus que nos chama
Para a vida
- Para o amor
- Para esquecer a mágoa.

ᶫᵒᵛᵉ♥ ᶫᵒᵛᵉ♥ ᶫᵒᵛᵉ♥ ᶫᵒᵛᵉ♥

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

MORTALHA NAS ONDAS DO MAR
I
O mar de mortalha, embalada por gemidos
Que rasgas a carne de uma dor, dilacerante
Embalsas, todas as dores, entre murmúrios
Desfalece, misteriosamente num total afligir
II
Martírio transfigurado já pela sua angústia
Sombra das noites pesadas de tanta agonia
De tanto pavor da morte, desaparecia longe
Madrugada desses pensamentos impacientes
III
Os corvos voavam ao seu redor já famintos
Enroscados a sua negra fria mortalha de dor
Desespero, na agonia da carne que se dilacera
Entre gemidos de chagas abertas sangue podre
IV
No chão que a carne se rasga, que se despedaça
Soberbo sol, assombro das lágrimas recalcadas
Dolorosa alma torcida num espasmo de angústia
Amargamente numa aflitiva treva de dilaceramento
V
O mar observara tudo, descida subterrâneos fatais
Era uma mortalha para tantos homens um túmulo
Criptas infernais onde trêmula derrama a sonolenta
Claridade de augúrios medonhos, indefiníveis sem
VI
Nomes nos túmulos tapados pelas ondas do mar - - Contemplativo.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

"BRINCAR COM AS PALAVRAS"

Brincar com as palavras
Por caminhos sinuosos
Confusos os sonhos
Perdidos e achados
Trevas de luzes
Escondidos e difusos
Nas dores do amor
Os sentidos, os suores
As paixões nascem da esperança
Renascida de uma herança
Outrora perdida, agora encontrada
Palavras que confortam como um beijo
Delicado, contido, desejado
Profano pelos segredos escondidos
Agora despertos e acordados
Beijo que desnuda-se sem excessos
Pela crença mantida
Um corpo dormente, anestesiado.
Na força celestial, que une os astros, os corpos
Ao amor eterno de um poeta que viu a luz
Traduzem-se os sentimentos, que brincam com as palavras
Onde desnudam-se as letras suavemente.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

ANOITECE DEVAGAR

Anoitece devagar esta noite já tão longa
Sobre os meus ombros onde não estou
Em redor do teu corpo vejo-te a dormir
A penumbra invade a nossa velha cama
Corroendo tudo que é da própria solidão
Ela vergava-me, com o passar do tempo
Escrevo-te nesta noite, sinto um arrepio
Vertigem que enche o coração de pavor
Povoei-a com sorrisos e muitas saudades
Aderiram à memória com pequenos gestos
Onde vivo e pressinto o coração a arder
Anoitece e estás constantemente presente
Vibras sob a luminosidade imperceptível
O teu corpo vive hoje dentro do espelho
Uma sombra refletida onde se perdeu o meu.
Se morresse agora não deixava nada ser eterno
Bebia toda a minha sede, devoraria as noites amargas.

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"QUIS NADA"

Quis ler sem saber
Quis ter a beleza eterna
Quis a trama ser insana
Quis o silêncio cortar a alma
Quis o mosaico ser de cor
Quis as letras serem desconcertadas
Quis a liberdade ficar presa por fios
Quis os olhos serem frios
Quis o coração ser calculista
Quis a boca permanecer calada
Quis os movimentos ficarem ansiosos
Quis desafiar os sorrisos falsos
Quis amar sem dó nem piedade
Quis romper as teias que nos cercam
Quis parir o verso nas asas do vento
Quis sentir o coração no sonho a arder
Quis ter a liberdade de voar como um pássaro
Quis viver uma paixão assolapada
Quis escrever sedentas palavras
Quis tudo e com nada fiquei, mesmo sem nada

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"QUERO TUDO"

Meu amor de ti
De ti quero tudo
Quero as nossas horas
De um beijo apressado
Os nossos momentos
De um abraço apertado
Os nossos minutos
De um olhar sentido
Tu e eu não somos fáceis
Somos a tempestade e a calmaria
O sossego e o desassossego
O amor e a paixão
É como se tu e eu fôssemos "só nós"

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

FIZ DA DOR UM POEMA

Fiz da dor um poema
Do vento fiz um verso
Da tempestade um amor
Do teu corpo a minha casa
Dos teus ramos os meu braços
Das tuas folhas a minha pele
Das minhas lágrimas um rio
Dos meus sonhos a saudade
Da minha liberdade as palavras
Das letras escritas uma poesia
Do meu solto coração o tempo
Do teu amor uma louca paixão
Fiz da tua, da minha vida, uma aventura.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"LÍRIOS E ROSAS"

No peito saltam as pétalas de lírios
Sei que secaram o musgo
As trepadeiras
Onde nutrem as palavras desfolhadas
Das carícias do vento
Dos beijos
Feitas, refeitas dos sentidos esquecidos
Perfume das rosas
Plantadas no deserto
Sede que se mata de palavras
Em cada manhã
Estremeço com o teu cheiro
Respiro a tua alma
Na ponta dos meus dedos
Invento as tuas palavras
Como me fazes falta
Quando a solidão me procura à noite
Simples melodia da tua voz
Que encharcaram os ouvidos
No peito saltam pétalas de lírios
Adormeço meu amor
No aconchego de um colo que conheço, o teu.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

"CRISPA A DOR"

Invento ventos, tempestades
Acordo entre os lençóis na escuridão
Ofereço o corpo aos famintos lobos
As rimas, a poesia e aos sonhos
Perdem-se no longínquo horizonte
Na chuva canto e danço à volta do fogo
Transformo as minhas veias em vinho
No amor crispa a dor que se abre em flor
Entre as esperanças e o desengano
Nascem no jardim os espinhos desinteressados
O mundo deu-me um amor de céus irados
Um amor feito de pranto, um riso no cume do paraíso.
2015

Inserida por IsabelMoraisRibeiro